Apontamentos Sem Nome: Triste episódio...

30-09-2009
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Jaime Gama, o Presidente da Assembleia da República, um ilustre socialista, esteve na Madeira para o encerramento do congresso da ANAFRE. Não conheço pessoalmente esta importante figura nacional mas depois do que ouvi confesso, com toda a sinceridade, ter muito pouca vontade para o conhecer.O que ouvi, arrepiando-me só de imaginar que podia estar a vê-lo, é mau demais, configura uma realidade intolerável, merece uma reflexão objectiva e deve servir para colocar os pontos em todos os i's, de uma vez por todas. Pelo menos, da minha parte, assim o farei.Em 1992, Jaime Gama disse: "nós não temos medo…” depois repetiu “nós não temos medo do Bokassa da Madeira". A partir daí, o seu pensamento, e sobretudo a sua atitude, sobre o homem que governa a nossa Região mudou radicalmente. De Bokassa, passou, a partir de hoje, passados 16 anos, a «exemplo supremo da vida democrática...". Imaginem! Mais. Jaime Gama considera que AJJ deve ser “reconhecido e valorizado”. Porquê? “Pela obra, pelo grande talento”. Não me esquecerei disto para me defender dos ataques na Assembleia Legislativa da Madeira ao Sócrates, à Assembleia da República, ao PS. Parece que a Travessa teve efeitos estranhos em Jaime Gama. Um bocadinho à semelhança do que se passa com o triângulo das Bermudas, o ícone dos mares alterados da Madeira, sugou alguma coisa (concerteza a parte mais equilibrada) ao raciocínio de Jaime Gama e fê-lo ver coisas hilariantes. Uma tragédia humana. Tenham medo de passar a travessa. Socialistas de Lisboa venham via Canárias. É mais seguro, mais prudente e sempre se garante um raciocínio coerente!Nem por acaso, poucas horas antes Jaime Ramos, Secretário-geral do PSD da Madeira, afirmava, em declarações à impressa, que Sócrates era um ladrão (nada que AJJ já não tivesse dito de Sócrates, de Gama, de Almeida, de Teixeira, de Pinho, de todos…). É, também por isso, que “agachar-se” desta forma é humilhante. Esta desonra encaixa naqueles que partilham ideias e convicções de liberdade de democracia e de respeito pelo trabalho dos outros. Mas destoa noutros que gostam de se curvar, a troco de nada, mesmo deixando que outros paguem muito!O PS Madeira tem um problema para resolver: tem de equilibrar, amadurecer e tornar clara a sua relação com o PS Nacional. Este objectivo tem de ser concretizado muito antes de colocar na ordem do dia o desafio de lutar, legitimamente, contra este regime antidemocrático e incompetente de AJJ. Esquecer isto ou ignorar esta situação óbvia, que nos perturba de forma sistemática e profunda, é manter uma fragilidade intolerável e insuportável. Não fico calado nem mais um minuto para contribuir para uma solidariedade partidária que desconheço e que, sinceramente, não encontro, nunca encontrei, para com o PS Madeira. Mantenho fé nas minhas convicções. Por isso, mantenho reservas significativas face ao regime de AJJ. Mas, Estou despido de argumentos para lutar pela defesa de um PS que quero que seja alternativa.Não estou a pedir ajuda. Estou a constatar um facto e a atrever-me a afirmar que se fosse governante, neste governo do PS, demitia-me, nem que seja pelo silêncio ensurdecedor de Silva Pereira, mesmo que me faltasse legitimidade pelo facto do episódio hediondo, sórdido e repugnante ter sido protagonizado por Jaime Gama, o apenas Presidente da Assembleia da República.Quero dizer, sem rodeios, que Jaime Gama não é um Senhor, ou não foi um Senhor, para me agarrar à esperança vaga e quase imperceptível de que o caso em apreço foi pontual, espontâneo e inesperado. Que não foi propositado! Um Senhor no sentido que é educado, que se porta bem na casa dos outros, que não ofende, como pode querer parecer o seu comportamento no Tecnopolo, aquando a sua desastrada intervenção: desvirtuada, desviante, manipuladora, interesseira e recheada de enormidades erradas ou sem verdades ou simplesmente com algumas mentiras. Isto tudo, ou apenas uma parte disto mas, em qualquer caso, suficiente para indispor qualquer um que anda numa “lufa-lufa” infernal, procurando energia, paciência e motivação, aqui e ali, para aguentar o que resta da democracia que há muito deixou de ser só deficitária.Mas não é só. Jaime Gama não tem responsabilidade institucional. O Jaime Gama que ouvi parecia um pequeno, daqueles putos maravilha entretidos com um brinquedo, vestido de fato escuro e gravata, deliciando-se com uma das figuras nacionais que mais devia entristecer gente séria, gente com padrões morais respeitáveis, gente com adequado sentido de oportunidade, gente que respeita aqueles que todos os dias lutam pela liberdade, pela democracia. A “sua família”, mesmo que distante do seu olhar.Jaime Gama quer olhar para o futuro mas não está preocupado com o futuro dos madeirenses: uma economia fraca, assente num PIB empolado, monolítica com a pior distribuição de riqueza do país, com 22% da população no limiar da pobreza, com os piores resultados na educação e com uma dívida pública que já atinge 75% do PIB. Uma grande obra, na opinião deste grande político e atento observador à propaganda de AJJ.O que Jaime Gama disse foi uma vergonha, uma ofensa, uma facada e uma total desconsideração. Mas corou AJJ e deu-lhe mais fôlego para patinhar, mais ainda, o rosto da oposição que este “digno” Senhor devia acautelar, defender e, se nada disso lhe interessava, pelo menos respeitar.O pacote de lembranças oferecido a AJJ por Jaime Gama não foge muito àquele que Almeida Santos também já ofereceu: um homem com obra. Pelo menos 145 Km de estradas num território de 800km2. Digo eu!Tenho pena de ter de escrever isto!


Jaime Gama, o Presidente da Assembleia da República, um ilustre socialista, esteve na Madeira para o encerramento do congresso da ANAFRE. Não conheço pessoalmente esta importante figura nacional mas depois do que ouvi confesso, com toda a sinceridade, ter muito pouca vontade para o conhecer.O que ouvi, arrepiando-me só de imaginar que podia estar a vê-lo, é mau demais, configura uma realidade intolerável, merece uma reflexão objectiva e deve servir para colocar os pontos em todos os i's, de uma vez por todas. Pelo menos, da minha parte, assim o farei.Em 1992, Jaime Gama disse: "nós não temos medo…” depois repetiu “nós não temos medo do Bokassa da Madeira". A partir daí, o seu pensamento, e sobretudo a sua atitude, sobre o homem que governa a nossa Região mudou radicalmente. De Bokassa, passou, a partir de hoje, passados 16 anos, a «exemplo supremo da vida democrática...". Imaginem! Mais. Jaime Gama considera que AJJ deve ser “reconhecido e valorizado”. Porquê? “Pela obra, pelo grande talento”. Não me esquecerei disto para me defender dos ataques na Assembleia Legislativa da Madeira ao Sócrates, à Assembleia da República, ao PS. Parece que a Travessa teve efeitos estranhos em Jaime Gama. Um bocadinho à semelhança do que se passa com o triângulo das Bermudas, o ícone dos mares alterados da Madeira, sugou alguma coisa (concerteza a parte mais equilibrada) ao raciocínio de Jaime Gama e fê-lo ver coisas hilariantes. Uma tragédia humana. Tenham medo de passar a travessa. Socialistas de Lisboa venham via Canárias. É mais seguro, mais prudente e sempre se garante um raciocínio coerente!Nem por acaso, poucas horas antes Jaime Ramos, Secretário-geral do PSD da Madeira, afirmava, em declarações à impressa, que Sócrates era um ladrão (nada que AJJ já não tivesse dito de Sócrates, de Gama, de Almeida, de Teixeira, de Pinho, de todos…). É, também por isso, que “agachar-se” desta forma é humilhante. Esta desonra encaixa naqueles que partilham ideias e convicções de liberdade de democracia e de respeito pelo trabalho dos outros. Mas destoa noutros que gostam de se curvar, a troco de nada, mesmo deixando que outros paguem muito!O PS Madeira tem um problema para resolver: tem de equilibrar, amadurecer e tornar clara a sua relação com o PS Nacional. Este objectivo tem de ser concretizado muito antes de colocar na ordem do dia o desafio de lutar, legitimamente, contra este regime antidemocrático e incompetente de AJJ. Esquecer isto ou ignorar esta situação óbvia, que nos perturba de forma sistemática e profunda, é manter uma fragilidade intolerável e insuportável. Não fico calado nem mais um minuto para contribuir para uma solidariedade partidária que desconheço e que, sinceramente, não encontro, nunca encontrei, para com o PS Madeira. Mantenho fé nas minhas convicções. Por isso, mantenho reservas significativas face ao regime de AJJ. Mas, Estou despido de argumentos para lutar pela defesa de um PS que quero que seja alternativa.Não estou a pedir ajuda. Estou a constatar um facto e a atrever-me a afirmar que se fosse governante, neste governo do PS, demitia-me, nem que seja pelo silêncio ensurdecedor de Silva Pereira, mesmo que me faltasse legitimidade pelo facto do episódio hediondo, sórdido e repugnante ter sido protagonizado por Jaime Gama, o apenas Presidente da Assembleia da República.Quero dizer, sem rodeios, que Jaime Gama não é um Senhor, ou não foi um Senhor, para me agarrar à esperança vaga e quase imperceptível de que o caso em apreço foi pontual, espontâneo e inesperado. Que não foi propositado! Um Senhor no sentido que é educado, que se porta bem na casa dos outros, que não ofende, como pode querer parecer o seu comportamento no Tecnopolo, aquando a sua desastrada intervenção: desvirtuada, desviante, manipuladora, interesseira e recheada de enormidades erradas ou sem verdades ou simplesmente com algumas mentiras. Isto tudo, ou apenas uma parte disto mas, em qualquer caso, suficiente para indispor qualquer um que anda numa “lufa-lufa” infernal, procurando energia, paciência e motivação, aqui e ali, para aguentar o que resta da democracia que há muito deixou de ser só deficitária.Mas não é só. Jaime Gama não tem responsabilidade institucional. O Jaime Gama que ouvi parecia um pequeno, daqueles putos maravilha entretidos com um brinquedo, vestido de fato escuro e gravata, deliciando-se com uma das figuras nacionais que mais devia entristecer gente séria, gente com padrões morais respeitáveis, gente com adequado sentido de oportunidade, gente que respeita aqueles que todos os dias lutam pela liberdade, pela democracia. A “sua família”, mesmo que distante do seu olhar.Jaime Gama quer olhar para o futuro mas não está preocupado com o futuro dos madeirenses: uma economia fraca, assente num PIB empolado, monolítica com a pior distribuição de riqueza do país, com 22% da população no limiar da pobreza, com os piores resultados na educação e com uma dívida pública que já atinge 75% do PIB. Uma grande obra, na opinião deste grande político e atento observador à propaganda de AJJ.O que Jaime Gama disse foi uma vergonha, uma ofensa, uma facada e uma total desconsideração. Mas corou AJJ e deu-lhe mais fôlego para patinhar, mais ainda, o rosto da oposição que este “digno” Senhor devia acautelar, defender e, se nada disso lhe interessava, pelo menos respeitar.O pacote de lembranças oferecido a AJJ por Jaime Gama não foge muito àquele que Almeida Santos também já ofereceu: um homem com obra. Pelo menos 145 Km de estradas num território de 800km2. Digo eu!Tenho pena de ter de escrever isto!

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