O suplemento P2 da edição de hoje do Público traz um artigo versando sobre esse fenómeno de democratização que ao longo dos tempos se abateu sobre a vila de São Martinho do Porto. Outrora refúgio das elites, a baía é hoje indispensável local de romaria nesta época estival, com invariáveis picos de peregrinação a partir da segunda quinzena do mês de Agosto. Nada há de errado nisto, bem sei. Mas para aqueles que desde sempre abraçaram a baía, polvilharam os corpos daquela areia fina, mergulharam na tranquilidade do azul, palmilharam aquelas ruas estreitas e íngremes, rebolaram como crianças pelo monte de Salir abaixo, adormeceram exaustos resguardados pelas barraquinhas de pano às riscas, devoraram gelados nos escarlates fins de tarde, vaguearam pelo cais e se habituaram aos omnipresentes risos das crianças... sabe um bocadinho a invasão. * foto de Pedro Libório
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O suplemento P2 da edição de hoje do Público traz um artigo versando sobre esse fenómeno de democratização que ao longo dos tempos se abateu sobre a vila de São Martinho do Porto. Outrora refúgio das elites, a baía é hoje indispensável local de romaria nesta época estival, com invariáveis picos de peregrinação a partir da segunda quinzena do mês de Agosto. Nada há de errado nisto, bem sei. Mas para aqueles que desde sempre abraçaram a baía, polvilharam os corpos daquela areia fina, mergulharam na tranquilidade do azul, palmilharam aquelas ruas estreitas e íngremes, rebolaram como crianças pelo monte de Salir abaixo, adormeceram exaustos resguardados pelas barraquinhas de pano às riscas, devoraram gelados nos escarlates fins de tarde, vaguearam pelo cais e se habituaram aos omnipresentes risos das crianças... sabe um bocadinho a invasão. * foto de Pedro Libório