Ainda há lodo no cais: Made in China

27-06-2009
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"Made in China" é a etiqueta mais comum nos produtos que compramos.Mas é também a origem de mais de metade dos produtos falsos apreendidos na UE. Números relativamente recentes apontam que 54% das falsificações de produtos na UE são provenientes da potência económica que é hoje a China. A gravidade dos números é tanto maior quando estamos a falar de um regime de escravatura por mulheres e crianças sem direitos. E sem vida.Na nossa eterna cegueira, compramos uma reles Louis Vuitton por uma pechincha, sem nos ocorrer que os direitos mais básicos de milhares de pessoas foram violados a pensar na nossa satisfação fútil de levar em mãos uma carteira que se calhar até nem apreciamos lá muito, mas "como toda a gente tem"...Regra geral, as fakes atingem as marcas mais apetitosas aos consumidores, aquelas cuja aquisição está longe de ser acessível a muitos de nós."Solução": a baixo custo é-nos impingido um produto que sabemos claramente ser falsificado e cujo valor irrisório se obteve à custa dos direitos de muitos trabalhadores.Ignorar a gravidade que se esconde por de trás de uma carteira, de uns ténis ou de um simples brinquedo falso é alimentar a violação de direitos humanos, mas não só.É ignorar a perigosidade que esses produtos podem trazer consigo - com influência directa na saúde, é aniquilar os direitos de propriedade intelectual, é menosprezar o valor de lealdade na concorrência, é lesar os comerciantes que trabalham legalmente e pagam impostos..., é coadjuvar o crime organizado, é prejudicar a economia nacional, etc, etc.O primeiro passo no combate à falsificação de produtos está nas nossas mãos. Enquanto cidadãos responsáveis, um pequeno gesto como deixar de comprar fakes é um pequeno primeiro passo no combate a esta problemática do séc. XXI.Depois, é claro que cabe às autoridades aumentar a luta contra a falsificação e pirataria, rever as leis e aplicá-las efectivamente.Finalmente, quanto às empresas, estas pouco podem fazer. Mais do que vender, têm que se preocupar com a falsificação dos seus produtos, que não prejudica somente as vendas mas também a sua imagem e os próprios compradores.Um excelente passo partiu da marca desportiva Adidas, que lançou uma campanha a alertar para esta problemática, utilizando o slogan "Fakes hurts real. Imitations are poorly made, giving you no protection".Um primeiro passo de um grande caminho, que é o de pôr rédeas ao capitalismo selvagem da China....


"Made in China" é a etiqueta mais comum nos produtos que compramos.Mas é também a origem de mais de metade dos produtos falsos apreendidos na UE. Números relativamente recentes apontam que 54% das falsificações de produtos na UE são provenientes da potência económica que é hoje a China. A gravidade dos números é tanto maior quando estamos a falar de um regime de escravatura por mulheres e crianças sem direitos. E sem vida.Na nossa eterna cegueira, compramos uma reles Louis Vuitton por uma pechincha, sem nos ocorrer que os direitos mais básicos de milhares de pessoas foram violados a pensar na nossa satisfação fútil de levar em mãos uma carteira que se calhar até nem apreciamos lá muito, mas "como toda a gente tem"...Regra geral, as fakes atingem as marcas mais apetitosas aos consumidores, aquelas cuja aquisição está longe de ser acessível a muitos de nós."Solução": a baixo custo é-nos impingido um produto que sabemos claramente ser falsificado e cujo valor irrisório se obteve à custa dos direitos de muitos trabalhadores.Ignorar a gravidade que se esconde por de trás de uma carteira, de uns ténis ou de um simples brinquedo falso é alimentar a violação de direitos humanos, mas não só.É ignorar a perigosidade que esses produtos podem trazer consigo - com influência directa na saúde, é aniquilar os direitos de propriedade intelectual, é menosprezar o valor de lealdade na concorrência, é lesar os comerciantes que trabalham legalmente e pagam impostos..., é coadjuvar o crime organizado, é prejudicar a economia nacional, etc, etc.O primeiro passo no combate à falsificação de produtos está nas nossas mãos. Enquanto cidadãos responsáveis, um pequeno gesto como deixar de comprar fakes é um pequeno primeiro passo no combate a esta problemática do séc. XXI.Depois, é claro que cabe às autoridades aumentar a luta contra a falsificação e pirataria, rever as leis e aplicá-las efectivamente.Finalmente, quanto às empresas, estas pouco podem fazer. Mais do que vender, têm que se preocupar com a falsificação dos seus produtos, que não prejudica somente as vendas mas também a sua imagem e os próprios compradores.Um excelente passo partiu da marca desportiva Adidas, que lançou uma campanha a alertar para esta problemática, utilizando o slogan "Fakes hurts real. Imitations are poorly made, giving you no protection".Um primeiro passo de um grande caminho, que é o de pôr rédeas ao capitalismo selvagem da China....

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