Ainda há lodo no cais: Sectários do estrado

01-10-2009
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Passados alguns dias, podemos pensar melhor sobre a "sugestão-que-não-foi-sugestão" de Cavaco Silva, para que se contemplasse, na orgânica do Governo, um Secretário de Estado que acompanhasse as empresas estrangeiras, assim se procurando evitar a sua busca de outras paragens mais rentáveis.Depois de várias nuances do próprio sobre o que queria e não queria dizer, fica-me a sensação de que só sendo "anjinho" se não conclui que se tratou de um tiro à proa do Executivo.Vendo o percurso de Cavaco Silva, diria que é expectável que, nas reuniões com o Primeiro-Ministro, venha a dar sugestões do género, embora, respeitando o seu institucionalismo espartano, não venhamos a saber das mesmas.Entendido que é em questões económicas, o mais do que provável Presidente da República tudo fará para, na sua óptica, ajudar a relançar o País, e o Governo ganhará um aliado que, desde logo por impreparação ou extremismo, não teria em qualquer dos challangers do Professor.Mas vamos ao alarido oportunista das outras candidaturas: pode ou não um Presidente sugerir tal coisa?Não só pode como deve, dado que não temos um sistema parlamentarista, mas sim semi-presidencialista, onde o mesmo Chefe de Estado que pode dirigir mensagens ao País e à Assembleia da República, e fazer juizos políticos sobre diplomas do Governo, através do veto(a meu ver trata-se de um poder excessivo, mas que a tão "amada" Constituição consagra), deve poder dar sugestões, claro está, com a reserva devida.Cavaco avisou Sócrates e Mendes do que podem esperar e, sem querer armar-me em psicanalista, entendo que fez bem, jogando "limpo".E, já agora, que mal tem, se o objectivo é buscar soluções para o desemprego?Triste País este em que os candidatos se reduzem a comentadores e em que os media não vão ao cerne das questões, limitando-se a amplificar o ruído...


Passados alguns dias, podemos pensar melhor sobre a "sugestão-que-não-foi-sugestão" de Cavaco Silva, para que se contemplasse, na orgânica do Governo, um Secretário de Estado que acompanhasse as empresas estrangeiras, assim se procurando evitar a sua busca de outras paragens mais rentáveis.Depois de várias nuances do próprio sobre o que queria e não queria dizer, fica-me a sensação de que só sendo "anjinho" se não conclui que se tratou de um tiro à proa do Executivo.Vendo o percurso de Cavaco Silva, diria que é expectável que, nas reuniões com o Primeiro-Ministro, venha a dar sugestões do género, embora, respeitando o seu institucionalismo espartano, não venhamos a saber das mesmas.Entendido que é em questões económicas, o mais do que provável Presidente da República tudo fará para, na sua óptica, ajudar a relançar o País, e o Governo ganhará um aliado que, desde logo por impreparação ou extremismo, não teria em qualquer dos challangers do Professor.Mas vamos ao alarido oportunista das outras candidaturas: pode ou não um Presidente sugerir tal coisa?Não só pode como deve, dado que não temos um sistema parlamentarista, mas sim semi-presidencialista, onde o mesmo Chefe de Estado que pode dirigir mensagens ao País e à Assembleia da República, e fazer juizos políticos sobre diplomas do Governo, através do veto(a meu ver trata-se de um poder excessivo, mas que a tão "amada" Constituição consagra), deve poder dar sugestões, claro está, com a reserva devida.Cavaco avisou Sócrates e Mendes do que podem esperar e, sem querer armar-me em psicanalista, entendo que fez bem, jogando "limpo".E, já agora, que mal tem, se o objectivo é buscar soluções para o desemprego?Triste País este em que os candidatos se reduzem a comentadores e em que os media não vão ao cerne das questões, limitando-se a amplificar o ruído...

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