Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74

01-10-2009
marcar artigo


Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > Na fronteira com o Senegal, a nordeste de Farim, longe de Lisboa e ainda mais do Porto (e do RAP2)... Junto à árvore, o 1º Cabo Vitor Silva. Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > "Todas as manhãs bem cedo Cuntima tinha visitantes do Senegal. Uns para fazerem comércio, outros para partir mantenhas com familiares e amigos e muitos outros para serem assistidos no Posto de Socorros pelo Médico e Enfermeiros da Companhia. Estas duas bajudas senegalesas prestaram-se para a fotografia à distância conveniente, da máquina e dos militares". Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > "Posto avançado nº 9. Estive lá de serviço no dia 31 de maio de 1971, no que foi considerado o maior flagelamento IN a Cuntima. As tropas do IN vieram mesmo ao arame farpado". Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) >"Um dos três obuses que existiam em Cuntima". Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) >"Vista panorâmica de Cuntima. Uma povoação com gentes de várias origens (não faltavam os comerciantes libaneses e os gilas)". Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) >"Cuntima: Reservatórios de água, as duas professoras ao fundo e a casa do agente da PIDE/DGS"Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > Instalações civis ocupadas pela tropa. Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > À hora do rancho...Fotos e legendas: © Vitor Silva (2008). Direitos reservados.Breve historial da CART 3331 (Os Tigres de Cuntima, Cuntima, 1970/72):(i) Mobilizada pelo RAP 2 (Vila Nova de Gaia), chega à Guiné a 19 de Dezembro de 1970;(ii) No dia 21 de Dezembro embarcou na LDG Alfange com destino ao Centro de Instrução Militar de Bolama, para treino de adaptação ao mato e 2ª parte da Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (IAO);(iii) A 25 de Janeiro de 1971, de novo na Alfange, ruma para Farim onde chegou no dia 28 de Janeiro;(iv) Em Farim participa em algumas acções no mato e na estrada Farim-Jumbembem.(v) A 20 de Fevereiro, desloca-se em coluna-auto, rumo a Cuntima, dependente do BCAÇ 2879, onde vai render a CCAÇ 14;(vi) A ZA do subsector de Cuntima era extenso: delimitada a Norte, numa extensão de aproximadamente 30 km, pela República do Senegal, a Este pelo rio Corlá (Sare Dambé Badoral, Sitató, Sinchã Fogã e Sare Tombom), pela bolanha de Sinchã Massa e a Sul pela bolanha de Sinchã Massa e bolanha do rio Norobanta e pelo marco 107(vii) Na sua maioria a população era de etnia Fula, de religião muçulmana; havia uma pequena minoria Mandinga;(viii) As acções do IN não irradiavam sempre do Senegal, pelo tradicional corredor de Sitató;(ix) As acções contra as NT manifestavam-se especialmente por ataques ou flagelações ao aquartelamento, implantação de minas na estrada Farim-Cuntima e, esporadicamente às colunas de reabastecimentos;(x)Havia duas unidades de quadrícula no Sector, a CART 3331 e a CCAÇ 2547, ambas instaladas em Cuntima. Para além da ocupação e defesa do Sector, a sua missão princiapl era evitar a infiltração do IN para dentro do TO da Guiné;(xi) A CART 3331 regressou, num avião dos TAM à Metrópole no dia 25 de Novembro de 1972, com orgulho do dever cumprido;(xii) Teve três comandantes: Cap Mil Art Manuel Sena Boleo, Cap Inf Máriop José Fernandes Jorge Rodrigues, e Cap Mil Art Armando Pimenta Cristóvão.Letra da canção Soldado:Partiu num qualquer navio,Numa leva de soldados,Ia calado e sombrioEntre prantos desolados.Sabia o itinerárioE o rumo antecipado,Mas ignorava o fadárioQue lhe estava reservado.Desembarcou na Guiné,Em manhã enevoada,E sentiu, ao pôr do péNaquela terra molhada,Que o destino o lançavaRumo ao desconhecido,Sem uma ideia formada,Numa guerra sem sentido.Fio destacado p’ró mato,Lá p’ra terra de Cuntima,Tinha a fronteira a um passoE os guerrilheiros em cima.Sofreu ataques cerrados,Abafou medo em trincheira,Sentiu os dias contados,Viu a hora derradeira.Fez desumanas picadas,Padeceu de sede e fome,Viu cair em emboscadasCamaradas de uniforme.Chupou água na bolanha,Rebolou-se em pó ardente,Deixou sangue em terra estranha,Veio-se embora doente!E depois de tal fadárioDeram-lhe o golpe final:- Chamaram-lhe Mercenário,Soldado colonial.Versos enviados pelo Vitor SilvaRevisão de texto: L.G.Autor desconhecido,presumivelmente um militar da CART 3331 (Cuntima, 1970/72).[Fotos seleccionadas e reeditadas por L.G.; enviadas em Maio de 2007, num lote de 27] (*)____________Nota de L.G.:(*) Vd. postes de:17 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2657: Cuntima nos tempos da CART 3331 (1970/72) (Vítor Silva)6 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2245: Cancioneiro de Cuntima (Vitor Silva, CART 3331, 1970/72)


Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > Na fronteira com o Senegal, a nordeste de Farim, longe de Lisboa e ainda mais do Porto (e do RAP2)... Junto à árvore, o 1º Cabo Vitor Silva. Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > "Todas as manhãs bem cedo Cuntima tinha visitantes do Senegal. Uns para fazerem comércio, outros para partir mantenhas com familiares e amigos e muitos outros para serem assistidos no Posto de Socorros pelo Médico e Enfermeiros da Companhia. Estas duas bajudas senegalesas prestaram-se para a fotografia à distância conveniente, da máquina e dos militares". Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > "Posto avançado nº 9. Estive lá de serviço no dia 31 de maio de 1971, no que foi considerado o maior flagelamento IN a Cuntima. As tropas do IN vieram mesmo ao arame farpado". Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) >"Um dos três obuses que existiam em Cuntima". Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) >"Vista panorâmica de Cuntima. Uma povoação com gentes de várias origens (não faltavam os comerciantes libaneses e os gilas)". Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) >"Cuntima: Reservatórios de água, as duas professoras ao fundo e a casa do agente da PIDE/DGS"Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > Instalações civis ocupadas pela tropa. Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 (1970/72) > À hora do rancho...Fotos e legendas: © Vitor Silva (2008). Direitos reservados.Breve historial da CART 3331 (Os Tigres de Cuntima, Cuntima, 1970/72):(i) Mobilizada pelo RAP 2 (Vila Nova de Gaia), chega à Guiné a 19 de Dezembro de 1970;(ii) No dia 21 de Dezembro embarcou na LDG Alfange com destino ao Centro de Instrução Militar de Bolama, para treino de adaptação ao mato e 2ª parte da Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (IAO);(iii) A 25 de Janeiro de 1971, de novo na Alfange, ruma para Farim onde chegou no dia 28 de Janeiro;(iv) Em Farim participa em algumas acções no mato e na estrada Farim-Jumbembem.(v) A 20 de Fevereiro, desloca-se em coluna-auto, rumo a Cuntima, dependente do BCAÇ 2879, onde vai render a CCAÇ 14;(vi) A ZA do subsector de Cuntima era extenso: delimitada a Norte, numa extensão de aproximadamente 30 km, pela República do Senegal, a Este pelo rio Corlá (Sare Dambé Badoral, Sitató, Sinchã Fogã e Sare Tombom), pela bolanha de Sinchã Massa e a Sul pela bolanha de Sinchã Massa e bolanha do rio Norobanta e pelo marco 107(vii) Na sua maioria a população era de etnia Fula, de religião muçulmana; havia uma pequena minoria Mandinga;(viii) As acções do IN não irradiavam sempre do Senegal, pelo tradicional corredor de Sitató;(ix) As acções contra as NT manifestavam-se especialmente por ataques ou flagelações ao aquartelamento, implantação de minas na estrada Farim-Cuntima e, esporadicamente às colunas de reabastecimentos;(x)Havia duas unidades de quadrícula no Sector, a CART 3331 e a CCAÇ 2547, ambas instaladas em Cuntima. Para além da ocupação e defesa do Sector, a sua missão princiapl era evitar a infiltração do IN para dentro do TO da Guiné;(xi) A CART 3331 regressou, num avião dos TAM à Metrópole no dia 25 de Novembro de 1972, com orgulho do dever cumprido;(xii) Teve três comandantes: Cap Mil Art Manuel Sena Boleo, Cap Inf Máriop José Fernandes Jorge Rodrigues, e Cap Mil Art Armando Pimenta Cristóvão.Letra da canção Soldado:Partiu num qualquer navio,Numa leva de soldados,Ia calado e sombrioEntre prantos desolados.Sabia o itinerárioE o rumo antecipado,Mas ignorava o fadárioQue lhe estava reservado.Desembarcou na Guiné,Em manhã enevoada,E sentiu, ao pôr do péNaquela terra molhada,Que o destino o lançavaRumo ao desconhecido,Sem uma ideia formada,Numa guerra sem sentido.Fio destacado p’ró mato,Lá p’ra terra de Cuntima,Tinha a fronteira a um passoE os guerrilheiros em cima.Sofreu ataques cerrados,Abafou medo em trincheira,Sentiu os dias contados,Viu a hora derradeira.Fez desumanas picadas,Padeceu de sede e fome,Viu cair em emboscadasCamaradas de uniforme.Chupou água na bolanha,Rebolou-se em pó ardente,Deixou sangue em terra estranha,Veio-se embora doente!E depois de tal fadárioDeram-lhe o golpe final:- Chamaram-lhe Mercenário,Soldado colonial.Versos enviados pelo Vitor SilvaRevisão de texto: L.G.Autor desconhecido,presumivelmente um militar da CART 3331 (Cuntima, 1970/72).[Fotos seleccionadas e reeditadas por L.G.; enviadas em Maio de 2007, num lote de 27] (*)____________Nota de L.G.:(*) Vd. postes de:17 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2657: Cuntima nos tempos da CART 3331 (1970/72) (Vítor Silva)6 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2245: Cancioneiro de Cuntima (Vitor Silva, CART 3331, 1970/72)

marcar artigo