** *1917 e 1919 – Textos surrealistas do modernista Almada Negreiros: a narrativa A Engomadeira e o poema Os Ingleses Fumam Cachimbo.1932 – Primeiras pinturas surrealistas do presencista Julio.1934 – Primeira pintura surrealista de António Pedro: Le Crachat Embelli.1934-1940 – O presencista Edmundo de Bettencourt escreve os poemas surrealistas de um livro, Poemas Surdos, que só em 1963 vem a ser publicado.1935 – António Pedro assina em Paris um Manifesto Dimensionista, figurando entre nomes como Duchamp, Miró, Picabia, Robert e Sonia Delaunay.Primeira exposição de pintura de Vieira da Silva em Lisboa, na qual certas telas se relacionam com o Surrealismo.Primeira exposição de Julio (outro nome do poeta presencista Saúl Dias), na SNBA, com quadros surrealistas e expressionistas, incluindo uma apresentação de João Gaspar Simões intitulada «Deformação, Génese de Toda a Arte».1936 – São publicados no Diário de Lisboa de 8 de Maio os primeiros cadavres exquis, realizados por António Pedro e alguns amigos.1940 – Exposição de pintura de António Pedro, António Dacosta e Pamela Boden na casa de móveis Repe, no Chiado, em Lisboa.1942 – Os dois primeiros volumes da obra poética de Fernando Pessoa são publicados pela Ática: a poesia do ortónimo e a de Alberto Caeiro.António Pedro publica Apenas uma Narrativa, texto automático.António Dacosta ganha o prémio Amadeo de Souza-Cardoso com o quadro A Festa.Jorge de Sena publica o seu primeiro livro de poemas, Perseguição.1944 - Mais dois volumes de Fernando Pessoa na Ática: Álvaro de Campos e Ricardo Reis.Um Homem de Barbas, romance de Manuel de Lima.Mário Cesariny situa neste ano o aparecimento do Abjeccionismo.1945 – Mário Cesariny, Marcelino Vespeira e Pedro Oom defendem, no jornal do Porto A Tarde, posições próximas do Neo-Realismo.António Pedro participa na exposição Surrealist Diversity, em Londres.1946 – Mário Cesariny publica um artigo, na revista de Lisboa Aqui e Além, criticando o Neo-Realismo.1947 – Formação do Grupo Surrealista de Lisboa, de que fazem parte: Alexandre O’Neill, António Dacosta, António Domingues, António Pedro, Fernando de Azevedo, José-Augusto França, Marcelino Vespeira, Mário Cesariny, Moniz Pereira.A polícia apreende alguns quadros da 2ª Exposição Geral de Artes Plásticas, em que participam António Pedro e Cândido Costa Pinto com quadros surrealistas.António Dacosta parte para Paris como bolseiro do governo francês.1948 – Aparecimento público do Grupo Surrealista de Lisboa, com um comunicado na imprensa a propósito do centenário de Gomes Leal, o «Mago Lesel».Mário Cesariny e Moniz Pereira abandonam o Grupo Surrealista de Lisboa. A eles se juntam Pedro Oom, António Maria Lisboa, Cruzeiro Seixas, Mário Henrique Leiria, Henrique Risques Pereira, Carlos Eurico da Costa e formam um outro grupo: Os Surrealistas.1949 – Numa carta a Mário Cesariny e a Mário Henrique Leiria, Pedro Oom afirma acreditar que um Movimento Surrealista «não é possível» em Portugal (MARINHO 1987: 642).Janeiro: Exposição do Grupo Surrealista de Lisboa num atelier da Travessa da Trindade: António Pedro, António Dacosta, Alexandre O’Neill, Moniz Pereira, José-Augusto França e outros.Publicam-se dos Cadernos Surrealistas três números: A Ampola Miraculosa, de Alexandre O’Neill, Proto-Poema da Serra d’Arga, de António Pedro e Balanço das Actividades Surrealistas, de José-Augusto França.Maio: Os Surrealistas realizam as sessões do J.U.B.A., na Casa do Alentejo: é lido o manifesto Afixação Proibida.Junho-Julho: I Exposição dos Surrealistas, na antiga sala de projecções da «Pathé Baby», Rua Augusto Rosa: Henrique Risques Pereira, Pedro Oom, António Maria Lisboa, Fernando Alves dos Santos, Carlos Eurico da Costa, Mário Henrique Leiria, João Artur Silva, António Paulo Tomás, Artur do Cruzeiro Seixas, Carlos Calvet.1950 – O manifesto de António Maria Lisboa Erro Próprio é apresentado em conferências em Lisboa e Porto, acompanhadas por leituras de poemas por Mário Cesariny.Mário Cesariny publica Corpo Visível.II Exposição dos Surrealistas, na Livraria Bibliófila em Lisboa, em que Alexandre O’Neill também participa.A Razão Ardente, conferência de Nora Mitrani traduzida por O’Neill, é o quarto número dos Cadernos Surrrealistas.1951 – Alexandre O’Neill publica Tempo de Fantasmas, em cujo prefácio se desliga do Surrealismo.Os Surrealistas publicam em resposta o panfleto Do Capítulo da Probidade.Mário Henrique Leiria e Henrique Risques Pereira publicam o manifesto contra João Gaspar Simões Mais um Cadáver.Sai a 2ª série de Cadernos de Poesia, organizada por José-Augusto França e Jorge de Sena.1952 – Exposição surrealista na Casa Jalco: Fernando de Azevedo, Fernando Lemos, Vespeira.Na Galeria de Março abre uma retrospectiva de António Dacosta.Mário Cesariny publica Discurso sobre a Reabilitação do Real Quotidiano.1953 – Morre António Maria Lisboa, saindo postumamente Isso Ontem Único e Afixação Proibida.Mário Cesariny publica Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos.1954 – Mário Henrique Leiria parte para o estrangeiro.Dante Júlio e Eurico Gonçalves realizam na Galeria de Março uma exposição surrealista.1958 – Primeira exposição individual de Mário Cesariny, na Galeria Diário de Notícias.Reúne-se em Lisboa, no Café Gelo, uma segunda geração do Surrealismo, mais directamente conotada com o Abjeccionismo, de que os nomes mais importantes são António José Forte e Luiz Pacheco.1961 – Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito, organizada por Mário Cesariny.1963 – Surreal/Abjeccion(ismo), antologia organizada por Mário Cesariny.1966 – A Intervenção Surrealista, cronologia e antologia de textos da acção surrealista em Portugal com organização de Mário Cesariny.
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** *1917 e 1919 – Textos surrealistas do modernista Almada Negreiros: a narrativa A Engomadeira e o poema Os Ingleses Fumam Cachimbo.1932 – Primeiras pinturas surrealistas do presencista Julio.1934 – Primeira pintura surrealista de António Pedro: Le Crachat Embelli.1934-1940 – O presencista Edmundo de Bettencourt escreve os poemas surrealistas de um livro, Poemas Surdos, que só em 1963 vem a ser publicado.1935 – António Pedro assina em Paris um Manifesto Dimensionista, figurando entre nomes como Duchamp, Miró, Picabia, Robert e Sonia Delaunay.Primeira exposição de pintura de Vieira da Silva em Lisboa, na qual certas telas se relacionam com o Surrealismo.Primeira exposição de Julio (outro nome do poeta presencista Saúl Dias), na SNBA, com quadros surrealistas e expressionistas, incluindo uma apresentação de João Gaspar Simões intitulada «Deformação, Génese de Toda a Arte».1936 – São publicados no Diário de Lisboa de 8 de Maio os primeiros cadavres exquis, realizados por António Pedro e alguns amigos.1940 – Exposição de pintura de António Pedro, António Dacosta e Pamela Boden na casa de móveis Repe, no Chiado, em Lisboa.1942 – Os dois primeiros volumes da obra poética de Fernando Pessoa são publicados pela Ática: a poesia do ortónimo e a de Alberto Caeiro.António Pedro publica Apenas uma Narrativa, texto automático.António Dacosta ganha o prémio Amadeo de Souza-Cardoso com o quadro A Festa.Jorge de Sena publica o seu primeiro livro de poemas, Perseguição.1944 - Mais dois volumes de Fernando Pessoa na Ática: Álvaro de Campos e Ricardo Reis.Um Homem de Barbas, romance de Manuel de Lima.Mário Cesariny situa neste ano o aparecimento do Abjeccionismo.1945 – Mário Cesariny, Marcelino Vespeira e Pedro Oom defendem, no jornal do Porto A Tarde, posições próximas do Neo-Realismo.António Pedro participa na exposição Surrealist Diversity, em Londres.1946 – Mário Cesariny publica um artigo, na revista de Lisboa Aqui e Além, criticando o Neo-Realismo.1947 – Formação do Grupo Surrealista de Lisboa, de que fazem parte: Alexandre O’Neill, António Dacosta, António Domingues, António Pedro, Fernando de Azevedo, José-Augusto França, Marcelino Vespeira, Mário Cesariny, Moniz Pereira.A polícia apreende alguns quadros da 2ª Exposição Geral de Artes Plásticas, em que participam António Pedro e Cândido Costa Pinto com quadros surrealistas.António Dacosta parte para Paris como bolseiro do governo francês.1948 – Aparecimento público do Grupo Surrealista de Lisboa, com um comunicado na imprensa a propósito do centenário de Gomes Leal, o «Mago Lesel».Mário Cesariny e Moniz Pereira abandonam o Grupo Surrealista de Lisboa. A eles se juntam Pedro Oom, António Maria Lisboa, Cruzeiro Seixas, Mário Henrique Leiria, Henrique Risques Pereira, Carlos Eurico da Costa e formam um outro grupo: Os Surrealistas.1949 – Numa carta a Mário Cesariny e a Mário Henrique Leiria, Pedro Oom afirma acreditar que um Movimento Surrealista «não é possível» em Portugal (MARINHO 1987: 642).Janeiro: Exposição do Grupo Surrealista de Lisboa num atelier da Travessa da Trindade: António Pedro, António Dacosta, Alexandre O’Neill, Moniz Pereira, José-Augusto França e outros.Publicam-se dos Cadernos Surrealistas três números: A Ampola Miraculosa, de Alexandre O’Neill, Proto-Poema da Serra d’Arga, de António Pedro e Balanço das Actividades Surrealistas, de José-Augusto França.Maio: Os Surrealistas realizam as sessões do J.U.B.A., na Casa do Alentejo: é lido o manifesto Afixação Proibida.Junho-Julho: I Exposição dos Surrealistas, na antiga sala de projecções da «Pathé Baby», Rua Augusto Rosa: Henrique Risques Pereira, Pedro Oom, António Maria Lisboa, Fernando Alves dos Santos, Carlos Eurico da Costa, Mário Henrique Leiria, João Artur Silva, António Paulo Tomás, Artur do Cruzeiro Seixas, Carlos Calvet.1950 – O manifesto de António Maria Lisboa Erro Próprio é apresentado em conferências em Lisboa e Porto, acompanhadas por leituras de poemas por Mário Cesariny.Mário Cesariny publica Corpo Visível.II Exposição dos Surrealistas, na Livraria Bibliófila em Lisboa, em que Alexandre O’Neill também participa.A Razão Ardente, conferência de Nora Mitrani traduzida por O’Neill, é o quarto número dos Cadernos Surrrealistas.1951 – Alexandre O’Neill publica Tempo de Fantasmas, em cujo prefácio se desliga do Surrealismo.Os Surrealistas publicam em resposta o panfleto Do Capítulo da Probidade.Mário Henrique Leiria e Henrique Risques Pereira publicam o manifesto contra João Gaspar Simões Mais um Cadáver.Sai a 2ª série de Cadernos de Poesia, organizada por José-Augusto França e Jorge de Sena.1952 – Exposição surrealista na Casa Jalco: Fernando de Azevedo, Fernando Lemos, Vespeira.Na Galeria de Março abre uma retrospectiva de António Dacosta.Mário Cesariny publica Discurso sobre a Reabilitação do Real Quotidiano.1953 – Morre António Maria Lisboa, saindo postumamente Isso Ontem Único e Afixação Proibida.Mário Cesariny publica Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos.1954 – Mário Henrique Leiria parte para o estrangeiro.Dante Júlio e Eurico Gonçalves realizam na Galeria de Março uma exposição surrealista.1958 – Primeira exposição individual de Mário Cesariny, na Galeria Diário de Notícias.Reúne-se em Lisboa, no Café Gelo, uma segunda geração do Surrealismo, mais directamente conotada com o Abjeccionismo, de que os nomes mais importantes são António José Forte e Luiz Pacheco.1961 – Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito, organizada por Mário Cesariny.1963 – Surreal/Abjeccion(ismo), antologia organizada por Mário Cesariny.1966 – A Intervenção Surrealista, cronologia e antologia de textos da acção surrealista em Portugal com organização de Mário Cesariny.