Tempo de viagem: IVG – Tribunal de Setúbal

23-11-2005
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Como era de esperar, as duas mulheres que estavam em julgamento, no Tribunal de Setúbal, acusadas da prática de aborto, foram absolvidas.Afinal, parece que o Tribunal não encontrou motivos (provas) que fundamentassem a acusação. Parece, até, que o próprio Procurador (acusação) terá pedido igualmente a absolvição para aquelas mulheres.Ainda bem. Do mal, o menos. Mas é com agrura, com tristeza, quase com raiva, que o digo. Ainda bem. Pelo menos, parece-me que o bom senso ainda não desapareceu de todo. Ainda bem.Já agora, e não querendo, aqui e agora, fazer qualquer defesa de posição sobre o assunto em questão (posição que, obviamente, tenho, firme e concreta), porque é que não nos deixamos todos – mas mesmo todos – de andar para aqui a “brincar” com tudo isto e não resolvemos de uma vez por todas esta questão? Com ou sem referendo. Mas, certamente, pondo um ponto final neste assunto. (E já vai tarde, certamente.)É que há demasiada gente a sofrer, e muito, com esta questão. Sobretudo as mulheres. (Que me desculpem as feministas mais dogmáticas e fundamentalistas, mas creio que esta é uma questão que diz respeito a todos: mulheres e homens. Com as devidas e óbvias proporções.)Mas sinceramente, ver os Tribunais (com tudo o que os envolve, juízes, procuradores, advogados, funcionários judiciais…) servirem para tão tristes figuras, parece-me demais. Tenho demasiado respeito pela Justiça Portuguesa. Talvez seja hora de também os juízes (e já agora os outros intervenientes judiciais) poderem exercer o seu direito de objecção de consciência, que neste caso se poderia chamar o direito de defesa do bom senso. Afinal da Justiça, ela própria.

Como era de esperar, as duas mulheres que estavam em julgamento, no Tribunal de Setúbal, acusadas da prática de aborto, foram absolvidas.Afinal, parece que o Tribunal não encontrou motivos (provas) que fundamentassem a acusação. Parece, até, que o próprio Procurador (acusação) terá pedido igualmente a absolvição para aquelas mulheres.Ainda bem. Do mal, o menos. Mas é com agrura, com tristeza, quase com raiva, que o digo. Ainda bem. Pelo menos, parece-me que o bom senso ainda não desapareceu de todo. Ainda bem.Já agora, e não querendo, aqui e agora, fazer qualquer defesa de posição sobre o assunto em questão (posição que, obviamente, tenho, firme e concreta), porque é que não nos deixamos todos – mas mesmo todos – de andar para aqui a “brincar” com tudo isto e não resolvemos de uma vez por todas esta questão? Com ou sem referendo. Mas, certamente, pondo um ponto final neste assunto. (E já vai tarde, certamente.)É que há demasiada gente a sofrer, e muito, com esta questão. Sobretudo as mulheres. (Que me desculpem as feministas mais dogmáticas e fundamentalistas, mas creio que esta é uma questão que diz respeito a todos: mulheres e homens. Com as devidas e óbvias proporções.)Mas sinceramente, ver os Tribunais (com tudo o que os envolve, juízes, procuradores, advogados, funcionários judiciais…) servirem para tão tristes figuras, parece-me demais. Tenho demasiado respeito pela Justiça Portuguesa. Talvez seja hora de também os juízes (e já agora os outros intervenientes judiciais) poderem exercer o seu direito de objecção de consciência, que neste caso se poderia chamar o direito de defesa do bom senso. Afinal da Justiça, ela própria.

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