Qual medo, qual merda?!Quanta poesia terá de verter-se em fio de melaté que esplenda em todos a mais dulcifundamentada esperança?!lkjUma esperança que há-de engolir, destruindo-a, a vida miserável das crianças recolectoras de lixonos arrebaldes de Manila!Uma esperança que há-de espancar, pacífica, os ventres inflados da fomeentre as crianças africanas lá, onde a abundância da inanidade rivaliza com a fecundidade mortal das minas anti-pessoais,dos lança-rockets e demais parafrenália bélica!çljkUma esperança tão Outra-Coisaque há-de ridicularizar as paneleirices sociais mortas da esquerdae o frigorífico dos valores arcaicos da direita!Uma esperança que há-de cilindrar num grande nulo a minha retórica que aspira a Cícero e a Árquias, a Camões e a Pessoa, e há-de de igual modo cilindrar a tua que aspira ao confronto com a minha!Uma esperança que há-de celestificar as mentes e os corpos,reduzir a nada-nihil a íntima mesquinhez dos mega-investidores,novos deuses mediáticos, os el-rei Berardo, os donos de Portugal,dos que poupam todos os cêntimos-razão-de-viver, causa de vida única!çlkUma esperança inengendrável por gente,uma esperança que nada nunca pôde sufocar;que nada pôde distorcer,que nada pôde destruir!Uma esperança que é o Menino que fica,quando a água do banho vai!Uma esperança!Uma esperança!Uma esperança!
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Qual medo, qual merda?!Quanta poesia terá de verter-se em fio de melaté que esplenda em todos a mais dulcifundamentada esperança?!lkjUma esperança que há-de engolir, destruindo-a, a vida miserável das crianças recolectoras de lixonos arrebaldes de Manila!Uma esperança que há-de espancar, pacífica, os ventres inflados da fomeentre as crianças africanas lá, onde a abundância da inanidade rivaliza com a fecundidade mortal das minas anti-pessoais,dos lança-rockets e demais parafrenália bélica!çljkUma esperança tão Outra-Coisaque há-de ridicularizar as paneleirices sociais mortas da esquerdae o frigorífico dos valores arcaicos da direita!Uma esperança que há-de cilindrar num grande nulo a minha retórica que aspira a Cícero e a Árquias, a Camões e a Pessoa, e há-de de igual modo cilindrar a tua que aspira ao confronto com a minha!Uma esperança que há-de celestificar as mentes e os corpos,reduzir a nada-nihil a íntima mesquinhez dos mega-investidores,novos deuses mediáticos, os el-rei Berardo, os donos de Portugal,dos que poupam todos os cêntimos-razão-de-viver, causa de vida única!çlkUma esperança inengendrável por gente,uma esperança que nada nunca pôde sufocar;que nada pôde distorcer,que nada pôde destruir!Uma esperança que é o Menino que fica,quando a água do banho vai!Uma esperança!Uma esperança!Uma esperança!