Hoje depois de jantar decidi sentar-me no sofá para ver as noticias das 20. Ritual aliás que repito, regra geral, todos os dias. Habitualmente vejo os blocos noticiosos da RTP 1 porque ao contrário do que muitos têm vindo a apregoar, considero que dentro da mediocridade que caracteriza a nossa comunicação social, esse canal assume-se como o menos populista e mais fiável na informação que transmite.Por esta hora e porque o bloco noticioso da RTP fez um intervalo decidi mudar de canal e comecei a assistir ao Jornal da TVI. Vejo muito pouco esse canal porque não oferece, em aspecto nenhum, qualquer oferta que se enquadre nos meus gostos televisivos. Apesar disso, fiquei a ver o noticiário apresentado por Manuela Moura Guedes. Antes o não tivesse feito. Fiquei pasmado que em tão pouco tempo pudesse ser dita tanta mentira, de forma tão vergonhosa e passando um atestado de burrice aos espectadores. Enfim, nunca pensei que fosse possível que um canal de televisão pudesse debitar tanto lixo em tão pouco tempo.As notícias apresentadas nos blocos noticiosos dos três canais generalistas em sinal aberto são, regra geral e segundo percebi, as mesmas. O seu tratamento é que é muito díspar.Não me estando a assumir como defensor da RTP ou mesmo da SIC, acho lamentável o tipo de jornalismo feito em cima do joelho que se caracteriza pelos juízos de valor formulados pelos próprios jornalistas que se assumem como garantes da moralidade e da vontade dos portugueses. Refiro-me concretamente a uma reportagem sobre o Rendimento Social de Inserção. Essa reportagem começou nada mais nada menos com a jornalista (desculpem mas não sei o nome) a admoestar um cidadão nacional, beneficiário do RSI, por não trabalhar e por beber uma cerveja com o dinheiro do RSI. Mas quem é essa senhora para de forma leviana apresentar aquele cidadão como o exemplo dos beneficiários do RSI? E foi isso que ela fez. Considero isso inaceitável, mais ainda quando o resto das reportagens seguíram a mesma linha.Já aqui escrevi que os jornalistas têm opinião e que considero natural que essa opinião esteja patente, de alguma forma, nas peças que produzem mas não é isso que acontece na TVI. Na TVI existe uma linha editorial que prima pela falta de qualidade e pelo sensacionalismo, independentemente de ser verdade ou não.Não defendo qualquer tipo de censura mas no momento de avaliação das licenças de televisão concedidas pelo Estado, a qualidade do serviço prestado deveria ser objecto de análise. Também por esse motivo considero inadmissível a proposta de Pinto Balsemão de auto regulação do sector. Isso era estar a fazer nesse sector aquilo que foi feito no sector financeiro nos Estados Unidos nas últimas décadas e que hoje é amplamente criticado.
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Hoje depois de jantar decidi sentar-me no sofá para ver as noticias das 20. Ritual aliás que repito, regra geral, todos os dias. Habitualmente vejo os blocos noticiosos da RTP 1 porque ao contrário do que muitos têm vindo a apregoar, considero que dentro da mediocridade que caracteriza a nossa comunicação social, esse canal assume-se como o menos populista e mais fiável na informação que transmite.Por esta hora e porque o bloco noticioso da RTP fez um intervalo decidi mudar de canal e comecei a assistir ao Jornal da TVI. Vejo muito pouco esse canal porque não oferece, em aspecto nenhum, qualquer oferta que se enquadre nos meus gostos televisivos. Apesar disso, fiquei a ver o noticiário apresentado por Manuela Moura Guedes. Antes o não tivesse feito. Fiquei pasmado que em tão pouco tempo pudesse ser dita tanta mentira, de forma tão vergonhosa e passando um atestado de burrice aos espectadores. Enfim, nunca pensei que fosse possível que um canal de televisão pudesse debitar tanto lixo em tão pouco tempo.As notícias apresentadas nos blocos noticiosos dos três canais generalistas em sinal aberto são, regra geral e segundo percebi, as mesmas. O seu tratamento é que é muito díspar.Não me estando a assumir como defensor da RTP ou mesmo da SIC, acho lamentável o tipo de jornalismo feito em cima do joelho que se caracteriza pelos juízos de valor formulados pelos próprios jornalistas que se assumem como garantes da moralidade e da vontade dos portugueses. Refiro-me concretamente a uma reportagem sobre o Rendimento Social de Inserção. Essa reportagem começou nada mais nada menos com a jornalista (desculpem mas não sei o nome) a admoestar um cidadão nacional, beneficiário do RSI, por não trabalhar e por beber uma cerveja com o dinheiro do RSI. Mas quem é essa senhora para de forma leviana apresentar aquele cidadão como o exemplo dos beneficiários do RSI? E foi isso que ela fez. Considero isso inaceitável, mais ainda quando o resto das reportagens seguíram a mesma linha.Já aqui escrevi que os jornalistas têm opinião e que considero natural que essa opinião esteja patente, de alguma forma, nas peças que produzem mas não é isso que acontece na TVI. Na TVI existe uma linha editorial que prima pela falta de qualidade e pelo sensacionalismo, independentemente de ser verdade ou não.Não defendo qualquer tipo de censura mas no momento de avaliação das licenças de televisão concedidas pelo Estado, a qualidade do serviço prestado deveria ser objecto de análise. Também por esse motivo considero inadmissível a proposta de Pinto Balsemão de auto regulação do sector. Isso era estar a fazer nesse sector aquilo que foi feito no sector financeiro nos Estados Unidos nas últimas décadas e que hoje é amplamente criticado.