POBREZA NA IMPRENSA: Portugal desce três posições no ranking da competitividade global

19-07-2009
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Ana Rute Silva, in Jornal PúblicoA facilidade na criação de empresas é um dos pontos positivos sublinhados pelo Fórum Económico Mundial em relação a PortugalPortugal desceu três posições no Índice de Competitividade Global do Fórum Económico Mundial, ocupando o 43.º lugar num ranking de 134 países, liderado pelos Estados Unidos. Na Europa a 27 manteve a 17.ª posição, à frente da Itália e da Grécia. Para os autores do Relatório de Competitividade Global, dividido em 12 pilares e mais de 110 variáveis, o principal obstáculo à competitividade mantém-se: é na eficiência do mercado laboral que Portugal tem a pior nota. Do 83º lugar conquistado neste indicador o ano passado desceu para 87.º. As práticas de contratação e despedimento colocam o país na 125.ª posição (a mesma classificação obtida em 2007) e os custos com os despedimentos foram, uma vez mais, apontados pelos autores do estudo como uma desvantagem. Houve melhorias no indicador relativo à flexibilidade de salários: subiu de 104.º para 96.º. No geral, as variáveis que mais prejudicam a competitividade são as práticas de contratação e despedimento, o nível de poupança nacional e os custos com a dispensa de trabalhadores. Os cerca de 12 mil gestores que responderam ao inquérito do Fórum Económico Mundial, identificam a lei laboral "restritiva", a "burocracia governamental ineficiente" e as políticas fiscais como os maiores obstáculos à realização de negócios. Para 12,6 por cento dos inquiridos, a formação inadequada dos trabalhadores também é uma dificuldade. Na inovação, Portugal recuou da 38.ª posição conquistada em 2007 para a 43.ª. Em declarações à Lusa, Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico, lembrou que Portugal "consolidou no último ano a posição competitiva e está a actuar estruturalmente em áreas, por exemplo ao nível do código laboral, que lhe vão permitir melhorar e ter um ambiente mais favorável ao nível aos negócios". Das 134 economias analisadas - e que incluíram pela primeira vez o Brunei, a Costa do Marfim, o Gana e o Malawi - Portugal é o país com a quinta melhor tarifa comercial e um dos dez melhores a facilitar a criação de empresas. A elevada taxa de penetração dos telemóveis e a qualidade das estradas destacam-se como vantagens competitivas. No Índice Global de Competitividade, a melhor pontuação é obtida nas infra-estruturas (26.ª posição), na saúde e educação (33.º lugar), na utilização de tecnologia e na transparência das instituições (35.ª posição).Estados UnidosMesmo num contexto de crise mundial, a competitividade dos Estados Unidos parece não estar em causa. Continua a liderar o ranking geral graças a uma economia produtiva e à capacidade para ultrapassar ciclos e mudanças económicas. Suíça, Dinamarca, Suécia e Singapura seguem-lhe o rasto, demonstrando capacidade de inovação e bom ambiente para os negócios. As economias europeias dominam as primeiras dez posições, mas o Reino Unido está fora da tabela, caindo da nona posição para a 12.ª. "Embora muito competitivo caiu três lugares e não está no top ten, sobretudo devido à instabilidade dos seus mercados financeiros", refere o comunicado do Fórum Económico Mundial, que publica este relatório desde 1979. A China continua a marcar pontos: subiu quatro lugares, colocando-se pela primeira vez entre os 30 melhores. Xavier Sala-i-Martin, um dos autores do relatório, defende que a competitividade pode ajudar as economias a enfrentar períodos de incerteza. "O aumento do preço dos alimentos e da energia, uma grande crise financeira e a consequente desaceleração das principais economias globais estão a confrontar os governos com novos desafios de gestão económica", refere.A classificação das 134 economias analisadas no Relatório de Competitividade Global é calculada a partir de dados públicos e de uma sondagem de opinião.


Ana Rute Silva, in Jornal PúblicoA facilidade na criação de empresas é um dos pontos positivos sublinhados pelo Fórum Económico Mundial em relação a PortugalPortugal desceu três posições no Índice de Competitividade Global do Fórum Económico Mundial, ocupando o 43.º lugar num ranking de 134 países, liderado pelos Estados Unidos. Na Europa a 27 manteve a 17.ª posição, à frente da Itália e da Grécia. Para os autores do Relatório de Competitividade Global, dividido em 12 pilares e mais de 110 variáveis, o principal obstáculo à competitividade mantém-se: é na eficiência do mercado laboral que Portugal tem a pior nota. Do 83º lugar conquistado neste indicador o ano passado desceu para 87.º. As práticas de contratação e despedimento colocam o país na 125.ª posição (a mesma classificação obtida em 2007) e os custos com os despedimentos foram, uma vez mais, apontados pelos autores do estudo como uma desvantagem. Houve melhorias no indicador relativo à flexibilidade de salários: subiu de 104.º para 96.º. No geral, as variáveis que mais prejudicam a competitividade são as práticas de contratação e despedimento, o nível de poupança nacional e os custos com a dispensa de trabalhadores. Os cerca de 12 mil gestores que responderam ao inquérito do Fórum Económico Mundial, identificam a lei laboral "restritiva", a "burocracia governamental ineficiente" e as políticas fiscais como os maiores obstáculos à realização de negócios. Para 12,6 por cento dos inquiridos, a formação inadequada dos trabalhadores também é uma dificuldade. Na inovação, Portugal recuou da 38.ª posição conquistada em 2007 para a 43.ª. Em declarações à Lusa, Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico, lembrou que Portugal "consolidou no último ano a posição competitiva e está a actuar estruturalmente em áreas, por exemplo ao nível do código laboral, que lhe vão permitir melhorar e ter um ambiente mais favorável ao nível aos negócios". Das 134 economias analisadas - e que incluíram pela primeira vez o Brunei, a Costa do Marfim, o Gana e o Malawi - Portugal é o país com a quinta melhor tarifa comercial e um dos dez melhores a facilitar a criação de empresas. A elevada taxa de penetração dos telemóveis e a qualidade das estradas destacam-se como vantagens competitivas. No Índice Global de Competitividade, a melhor pontuação é obtida nas infra-estruturas (26.ª posição), na saúde e educação (33.º lugar), na utilização de tecnologia e na transparência das instituições (35.ª posição).Estados UnidosMesmo num contexto de crise mundial, a competitividade dos Estados Unidos parece não estar em causa. Continua a liderar o ranking geral graças a uma economia produtiva e à capacidade para ultrapassar ciclos e mudanças económicas. Suíça, Dinamarca, Suécia e Singapura seguem-lhe o rasto, demonstrando capacidade de inovação e bom ambiente para os negócios. As economias europeias dominam as primeiras dez posições, mas o Reino Unido está fora da tabela, caindo da nona posição para a 12.ª. "Embora muito competitivo caiu três lugares e não está no top ten, sobretudo devido à instabilidade dos seus mercados financeiros", refere o comunicado do Fórum Económico Mundial, que publica este relatório desde 1979. A China continua a marcar pontos: subiu quatro lugares, colocando-se pela primeira vez entre os 30 melhores. Xavier Sala-i-Martin, um dos autores do relatório, defende que a competitividade pode ajudar as economias a enfrentar períodos de incerteza. "O aumento do preço dos alimentos e da energia, uma grande crise financeira e a consequente desaceleração das principais economias globais estão a confrontar os governos com novos desafios de gestão económica", refere.A classificação das 134 economias analisadas no Relatório de Competitividade Global é calculada a partir de dados públicos e de uma sondagem de opinião.

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