Um dos instrumentos de publicidade deste governo tem sido a quantidade de produção legislativa e de tomada de decisões [fogo de artifício, na maior parte dos casos -- mas o fogo de artifício ajuda à festa]. Nos últimos dias, a habitual diarreia legislativa, no domínio da educação, foi de esguicho: o governo esguichou diplomas a um ritmo alucinante [possivelmente para que o impacto de um diploma amortecesse o do anterior].Resultado: diplomas com aplicação inexequível, como justificam as várias reacções de vários Conselhos Pedagógicos por todo o país, designadamente, em relação ao diploma da avaliação dos professores [alegro-me com a constatação de que são cada vez menos os professores que põem o cu a jeito]. E são cada vez mais as confirmações: agora, foi o próprio Conselho das Escolas (CE), [cito o Público] órgão consultivo do Ministério da Educação criado pela actual equipa, que "entende que é "manifestamente inexequível" a aplicação do novo modelo de avaliação dos professores "nos termos, prazos e procedimentos com que está actualmente a ser aplicado". Por isso, pede à tutela que suspenda o processo até que sejam publicados "todos os documentos, regras e normas legais" previstos na legislação". Esta equipa é tão cega, que, contra todos os conselhos e avisos, promete o que visivelmente não pode [por impedimento legal ou temporal] cumprir, como foi o caso das fichas de avaliação dos docentes que o ministério prometeu, sem cumprir, divulgar ontem. Ou como é a sua insistência no prazo de 20 dias para operacionalizar a avaliação, quando o Conselho Científico [de cujas orientações o processo legalmente depende]não está sequer constituído.A contestação à arrogância do governo pê-èsse parece ser cada vez maior também dentro do grupo parlamentar do pê-èsse, que, em reunião, terá sido acusado pelo mistério da educação de estar a defender os "professorzecos". "Professorzecos", sic!.Esta semana, uma sondagem fez-nos saber que os professorzecos estão no topo da confiança dos portugueses e os senhores políticos, na base -- e que estas são também as posições a nível internacional. Será isso que tem originado as investidas dos políticos pê-èsse contra os professorzecos, na tentativa de trocar as percentagens respectivas?Em suma, começo a retocar a minha auto-imagem. Ao longo do domínio deste governo pê-èsse, tenho passado por maus momentos, em que cheguei a pensar que não estava no meu perfeito juízo por me achar pouco acompanhado na péssima ideia que tinha desta equipa governamental. Começo a sentir-me menos só...escrito por ai.valhamedeus
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Um dos instrumentos de publicidade deste governo tem sido a quantidade de produção legislativa e de tomada de decisões [fogo de artifício, na maior parte dos casos -- mas o fogo de artifício ajuda à festa]. Nos últimos dias, a habitual diarreia legislativa, no domínio da educação, foi de esguicho: o governo esguichou diplomas a um ritmo alucinante [possivelmente para que o impacto de um diploma amortecesse o do anterior].Resultado: diplomas com aplicação inexequível, como justificam as várias reacções de vários Conselhos Pedagógicos por todo o país, designadamente, em relação ao diploma da avaliação dos professores [alegro-me com a constatação de que são cada vez menos os professores que põem o cu a jeito]. E são cada vez mais as confirmações: agora, foi o próprio Conselho das Escolas (CE), [cito o Público] órgão consultivo do Ministério da Educação criado pela actual equipa, que "entende que é "manifestamente inexequível" a aplicação do novo modelo de avaliação dos professores "nos termos, prazos e procedimentos com que está actualmente a ser aplicado". Por isso, pede à tutela que suspenda o processo até que sejam publicados "todos os documentos, regras e normas legais" previstos na legislação". Esta equipa é tão cega, que, contra todos os conselhos e avisos, promete o que visivelmente não pode [por impedimento legal ou temporal] cumprir, como foi o caso das fichas de avaliação dos docentes que o ministério prometeu, sem cumprir, divulgar ontem. Ou como é a sua insistência no prazo de 20 dias para operacionalizar a avaliação, quando o Conselho Científico [de cujas orientações o processo legalmente depende]não está sequer constituído.A contestação à arrogância do governo pê-èsse parece ser cada vez maior também dentro do grupo parlamentar do pê-èsse, que, em reunião, terá sido acusado pelo mistério da educação de estar a defender os "professorzecos". "Professorzecos", sic!.Esta semana, uma sondagem fez-nos saber que os professorzecos estão no topo da confiança dos portugueses e os senhores políticos, na base -- e que estas são também as posições a nível internacional. Será isso que tem originado as investidas dos políticos pê-èsse contra os professorzecos, na tentativa de trocar as percentagens respectivas?Em suma, começo a retocar a minha auto-imagem. Ao longo do domínio deste governo pê-èsse, tenho passado por maus momentos, em que cheguei a pensar que não estava no meu perfeito juízo por me achar pouco acompanhado na péssima ideia que tinha desta equipa governamental. Começo a sentir-me menos só...escrito por ai.valhamedeus