Eu canto para ti Lisboa à tua esperateu nome escrito com ternura sobre as águase o teu retrato em cada rua onde não passastrazendo no sorriso a flor do mês de MaioPraça da Canção, Canção com Lágrimas e Sol, Manuel Alegreo que sei de abril em nós Inão há razões perfeitas nem este é um mundo completodesconheço amor onde o afecto igualmente se mantenhanem sei de horários sempre desejáveiso que sei é um saber de coisas por saber lançadas na minha descobertapor isso hoje em abril na escola alfredo da silvacom a arma das palavras e o sentido da cantigarecordo o tempo em que esperava ver surgir esta naçãoIIviemos expor-nos nas palavras e traçar o quadro do percursometeoritos descendo sobre a terra e produzindo rápida claridadeviemos de passagem falámos da viagemnem todas as fontes iniciam rios mas todos os rios nascem de uma fonteimportante é que deixem no seu rasto de águas renovadaso caminho vegetal da alegriaassim em abril as coisas acontecem além das intenções epensar que é possível parar o movimento é comotapar com panos pretos as janelaspara cortar o diaque a revolução é sentimento de mudançahá muito arquitectada no coração das gentesmais que um corpo é paixãomais descoberta que semprequero dizerfazer a revolução é diferente de criar uma liturgiaque em abril semente de actos novos em campos de imprevistonão se admitem tréguas nem hipótesesmas um corpo de mulher por sobre as ondaspara o qual as nossas vidas tendemIIIsuponhamos que num acaso que nada deve ao acasose abriam nas janelas rasgos de verdades e deslumbradosnos olhos surgia uma cidade que sendo a mesma outra transpareciapensemos um dia em que por cima do sorrisoos homens prolongassem em festa a primavera que andava recolhidae súbita rebentasse em seiva de florespor sobre os açosimaginemos o momento de tudo ser possívelmesmo a bandeira do vento no rubro da paixãoentãoera uma vez um povo com um rio carregado de tristezaera uma vez uma pátria de marinheiros e sem naviosque plantara uma praia inteirinha de viúvas com olhos de gaivotase coração de rochaera uma vez um povo com a noite sobre a nucaera uma vez um frioIVnão há razões perfeitas nem este é um mundo completoe estamos de passagemsó o povo flui constantemente se conserva e é diferentenós somos uma parte da viagemum porto a encontrarjuntos aqui em abril tentemoso novo passo a dar
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Eu canto para ti Lisboa à tua esperateu nome escrito com ternura sobre as águase o teu retrato em cada rua onde não passastrazendo no sorriso a flor do mês de MaioPraça da Canção, Canção com Lágrimas e Sol, Manuel Alegreo que sei de abril em nós Inão há razões perfeitas nem este é um mundo completodesconheço amor onde o afecto igualmente se mantenhanem sei de horários sempre desejáveiso que sei é um saber de coisas por saber lançadas na minha descobertapor isso hoje em abril na escola alfredo da silvacom a arma das palavras e o sentido da cantigarecordo o tempo em que esperava ver surgir esta naçãoIIviemos expor-nos nas palavras e traçar o quadro do percursometeoritos descendo sobre a terra e produzindo rápida claridadeviemos de passagem falámos da viagemnem todas as fontes iniciam rios mas todos os rios nascem de uma fonteimportante é que deixem no seu rasto de águas renovadaso caminho vegetal da alegriaassim em abril as coisas acontecem além das intenções epensar que é possível parar o movimento é comotapar com panos pretos as janelaspara cortar o diaque a revolução é sentimento de mudançahá muito arquitectada no coração das gentesmais que um corpo é paixãomais descoberta que semprequero dizerfazer a revolução é diferente de criar uma liturgiaque em abril semente de actos novos em campos de imprevistonão se admitem tréguas nem hipótesesmas um corpo de mulher por sobre as ondaspara o qual as nossas vidas tendemIIIsuponhamos que num acaso que nada deve ao acasose abriam nas janelas rasgos de verdades e deslumbradosnos olhos surgia uma cidade que sendo a mesma outra transpareciapensemos um dia em que por cima do sorrisoos homens prolongassem em festa a primavera que andava recolhidae súbita rebentasse em seiva de florespor sobre os açosimaginemos o momento de tudo ser possívelmesmo a bandeira do vento no rubro da paixãoentãoera uma vez um povo com um rio carregado de tristezaera uma vez uma pátria de marinheiros e sem naviosque plantara uma praia inteirinha de viúvas com olhos de gaivotase coração de rochaera uma vez um povo com a noite sobre a nucaera uma vez um frioIVnão há razões perfeitas nem este é um mundo completoe estamos de passagemsó o povo flui constantemente se conserva e é diferentenós somos uma parte da viagemum porto a encontrarjuntos aqui em abril tentemoso novo passo a dar