A esperança por um Obama português, isto é, por alguém que nos concite a confiança não porque convictamente minta muito, tenha uma indústria paga a peso de ouro para o ajudar mentir e a dobrar a seu favor os factos adversos todos os dias; para tentar vender convictas certezas falsas que desafiam todas as probabilidades e evidências quotidianas, não por isto, mas porque no-la oferece dentro da e com a verdade do prometido e do cumprido, do dito e depois verificado, da sensibilidade social anunciada e praticada, essa esperança portuguesa está morta. Se há quem nos desmobilize e deprima é a classe política, assim como os papagaios Júdice-opinadores-Rangel e jornalistas-tantos que o Poder tem ao seu serviço para não levantarem ondas e não exercerem de modo isento o múnus de informar acerca dos factos puros e duros das administrações danosas por sistema em Portugal, e se há quem nos encoraje a emigrar e não fazer a nossa parte são alguns líderes políticos porque sugaram tudo o que puderam ao longo das décadas de liberdade distraída e traída. Carregaram forte em classes profissionais de valor axial numa sociedade saudável, os médicos, os professores, mobilizaram o primarismo da demais sociedade e orientara a sua inveja natural injustificada contra os alvos fáceis que lhes convinham. Enquanto isso, enquanto a Opinião Pública se distraía e encontrava o seu saco de pancada e o seu bode expiatório, a clientela política do Poder estabelecido não cessou de, na penumbra, se cevar de legislatura em legislatura, mormente nesta, já que, apesar de tantos cortes na FP, a despesa disparou brutal. Tal casta de devoradores sugou e suga Portugal até ao tutano. Fala-se em reformas, mas escamoteia-se que reformar basicamente tem significado esmifrar os funcionários púlbicos, assediá-los com agruras burocráticas e angustiá-los com perdas de direitos e benefícios, alijá-los do sistema o mais rapidamente possível, enquanto, pela sombra, a clientelada se faz pagar e reformar com números que insultam cada um dos portugueses que trabalha e faz por sobreviver no seu país, números tão obscenos e incomportáveis para um país como o nosso e que superam os números praticados em Países bem mais sérios e bem mais ricos que o nosso. Os analistas internacionais reconhecem isto e riem de nós por um lado com um riso de compaixão e por outro com um riso amarelo para com os que nos tutelam e mentem. Além de um Governador do Banco de Portugal que não se manca, temos em Portugal, graças a si mesmo, ao mérito de todo se fazer crosta e simulacro, um actual PM igualmente condenado aos ovos e aos tomates pútridos, caso ousasse, e não ousa!, imitar Barack Obama: desfilar quinhentos metros entre S. Bento e uma esquina qualquer seria uma vergonha para si. Poderia até ser injusto e uma crueldade servida pela Crise Externa, se não se desse o caso de as munições desculpabilizadoras se terem esgotado [o governo Santana Lopes, os comunistas, sempre os comunistas, os sindicatos!], se não se desse o caso de as asneiras sobejarem, de a insensatez e a teimosia prevalecerem em detrimento de um recto juízo e de uma capacidade de ouvir e de acolher uma opinião claramente melhor que as próprias porque melhor e útil para Portugal. Ao contrário de Obama que feito metade do percurso entre o Capitólio e a Casa Branca na limusine blindada caminhou alguns metros a pé e foi recebido com gritos de entusiasmo por parte da multidão. Ainda é só a Esperança a falar, mas é fácil compreender porquê. lkj2. A propósito, João Pereira Coutinho, que quer sempre parecer tão inteligente e tão precoce quando submete a sua testa ampla e luzidia às câmeras da TV, conclui laborar já o recém-empossado num processo auto-mitificador ou mesmo mitómano ao ousar este colar-se, em todas as coisas de esta cerimóna, ao carisma e à herança do grande presidente Lincoln. Como não relevar a importância do simbólico e do exemplo de um Grande Norte-Americano e um grande e visionário cidadão do Mundo, como Lincoln?! Ou ainda como não olhar para a herança espiritual e a experiência de este homem uma rocha onde re-assentar continuamente os desígnios daquela nação e de um seu servidor eleito?! Pensar Obama mitómano é um claro exagero de João Pereira Coutinho, que aliás não cabe em si de tanto amor por si mesmo. Temos, pelo contrário, um bem à vista entre nós, que não se enxerga e que, esse, sim, pratica e cumpre a sua mitomania, isto é, a mentira sem freios. Há até quem pense que sequer o voto o impedirá, varrendo-o de cena, de levar a sua mitomania até às últimas consequências: alienar-nos a Espanha, em face de um desastre económico agudo anunciado. Um pouco como Salazar, o qual, envelhecendo com o seu Regime decrépito, suprimiu, porque a supria, a polifonia plural da Nação, esvaziou de iniciativa toda uma sociedade, estrangulando-lhe o contributo dos espíritos mais lúcidos e criativos, anulou-lhe o sentido crítico e a força reivindicativa, amputou-lhe a vontade, negou-lhe a esperança, adiou-lhe a expressão do seu pluralismo, permitiu que a Democracia, quando chegou, chegasse como uma fraude porque começo de um esbulho prolongado e imoral no cerne do Estado. Cuidado, Portugal. Todo o cuidado é pouco perante um aprendiz e zeloso praticante de este tipo de desastre 'determinado'.
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A esperança por um Obama português, isto é, por alguém que nos concite a confiança não porque convictamente minta muito, tenha uma indústria paga a peso de ouro para o ajudar mentir e a dobrar a seu favor os factos adversos todos os dias; para tentar vender convictas certezas falsas que desafiam todas as probabilidades e evidências quotidianas, não por isto, mas porque no-la oferece dentro da e com a verdade do prometido e do cumprido, do dito e depois verificado, da sensibilidade social anunciada e praticada, essa esperança portuguesa está morta. Se há quem nos desmobilize e deprima é a classe política, assim como os papagaios Júdice-opinadores-Rangel e jornalistas-tantos que o Poder tem ao seu serviço para não levantarem ondas e não exercerem de modo isento o múnus de informar acerca dos factos puros e duros das administrações danosas por sistema em Portugal, e se há quem nos encoraje a emigrar e não fazer a nossa parte são alguns líderes políticos porque sugaram tudo o que puderam ao longo das décadas de liberdade distraída e traída. Carregaram forte em classes profissionais de valor axial numa sociedade saudável, os médicos, os professores, mobilizaram o primarismo da demais sociedade e orientara a sua inveja natural injustificada contra os alvos fáceis que lhes convinham. Enquanto isso, enquanto a Opinião Pública se distraía e encontrava o seu saco de pancada e o seu bode expiatório, a clientela política do Poder estabelecido não cessou de, na penumbra, se cevar de legislatura em legislatura, mormente nesta, já que, apesar de tantos cortes na FP, a despesa disparou brutal. Tal casta de devoradores sugou e suga Portugal até ao tutano. Fala-se em reformas, mas escamoteia-se que reformar basicamente tem significado esmifrar os funcionários púlbicos, assediá-los com agruras burocráticas e angustiá-los com perdas de direitos e benefícios, alijá-los do sistema o mais rapidamente possível, enquanto, pela sombra, a clientelada se faz pagar e reformar com números que insultam cada um dos portugueses que trabalha e faz por sobreviver no seu país, números tão obscenos e incomportáveis para um país como o nosso e que superam os números praticados em Países bem mais sérios e bem mais ricos que o nosso. Os analistas internacionais reconhecem isto e riem de nós por um lado com um riso de compaixão e por outro com um riso amarelo para com os que nos tutelam e mentem. Além de um Governador do Banco de Portugal que não se manca, temos em Portugal, graças a si mesmo, ao mérito de todo se fazer crosta e simulacro, um actual PM igualmente condenado aos ovos e aos tomates pútridos, caso ousasse, e não ousa!, imitar Barack Obama: desfilar quinhentos metros entre S. Bento e uma esquina qualquer seria uma vergonha para si. Poderia até ser injusto e uma crueldade servida pela Crise Externa, se não se desse o caso de as munições desculpabilizadoras se terem esgotado [o governo Santana Lopes, os comunistas, sempre os comunistas, os sindicatos!], se não se desse o caso de as asneiras sobejarem, de a insensatez e a teimosia prevalecerem em detrimento de um recto juízo e de uma capacidade de ouvir e de acolher uma opinião claramente melhor que as próprias porque melhor e útil para Portugal. Ao contrário de Obama que feito metade do percurso entre o Capitólio e a Casa Branca na limusine blindada caminhou alguns metros a pé e foi recebido com gritos de entusiasmo por parte da multidão. Ainda é só a Esperança a falar, mas é fácil compreender porquê. lkj2. A propósito, João Pereira Coutinho, que quer sempre parecer tão inteligente e tão precoce quando submete a sua testa ampla e luzidia às câmeras da TV, conclui laborar já o recém-empossado num processo auto-mitificador ou mesmo mitómano ao ousar este colar-se, em todas as coisas de esta cerimóna, ao carisma e à herança do grande presidente Lincoln. Como não relevar a importância do simbólico e do exemplo de um Grande Norte-Americano e um grande e visionário cidadão do Mundo, como Lincoln?! Ou ainda como não olhar para a herança espiritual e a experiência de este homem uma rocha onde re-assentar continuamente os desígnios daquela nação e de um seu servidor eleito?! Pensar Obama mitómano é um claro exagero de João Pereira Coutinho, que aliás não cabe em si de tanto amor por si mesmo. Temos, pelo contrário, um bem à vista entre nós, que não se enxerga e que, esse, sim, pratica e cumpre a sua mitomania, isto é, a mentira sem freios. Há até quem pense que sequer o voto o impedirá, varrendo-o de cena, de levar a sua mitomania até às últimas consequências: alienar-nos a Espanha, em face de um desastre económico agudo anunciado. Um pouco como Salazar, o qual, envelhecendo com o seu Regime decrépito, suprimiu, porque a supria, a polifonia plural da Nação, esvaziou de iniciativa toda uma sociedade, estrangulando-lhe o contributo dos espíritos mais lúcidos e criativos, anulou-lhe o sentido crítico e a força reivindicativa, amputou-lhe a vontade, negou-lhe a esperança, adiou-lhe a expressão do seu pluralismo, permitiu que a Democracia, quando chegou, chegasse como uma fraude porque começo de um esbulho prolongado e imoral no cerne do Estado. Cuidado, Portugal. Todo o cuidado é pouco perante um aprendiz e zeloso praticante de este tipo de desastre 'determinado'.