Regressado das terras descobertas por João Gonçalves Zarco, venho pasmo com as diferenças por demais evidentes entre a Madeira e a maior parte do Continente. Poder-se-á questionar o método político de Alberto João, poder-se-á até achar justo o corte que as regiões autónomas sofrerão financeiramente, no entanto, o uso desses dinheiros não poderá ser posto em causa. Quando se sabe que, todos os anos, Portugal devolve dinheiro de programas comunitários, que não gastou, à União Europeia, chegar à Madeira e ver aquele nível de desenvolvimento dá logo para perceber que ali houve investimento e aproveitamento real dos fundos comunitários. Investimento em infra-estruturas, em apoios sociais, na educação, no desporto, na cultura, na inovação, no Turismo e na promoção (exemplo disso os 10.000.000 € investidos no extraordinário fogo de artificio deste ano), em suma, investimento no futuro! Os Açores, e mesmo tendo em conta a dispersão do arquipélago, recebeu quantias semelhantes e os resultados não se vêem porque não existem!Poucos locais do Portugal “cubano” (o do rectângulo) funcionam de modo tão organizado em torno da promoção da terra e das suas tradições; a consciência da importância do Turismo para a sobrevivência daquela terra está patente em todos; todos, sem excepção, estão preparados para receber bem quem os visita, e todos sem excepção gostam da terra que habitam, independentemente da política que defendem (não deixou de ser curioso ver madeirenses amigos meus, socialistas dos sete costados, defenderem Alberto João!). Tivesse o continente metade do orgulho madeirense na sua terra e seria suficiente para reerguer o espírito e alma lusitana.Já nem vou falar na bandeira da Madeira (FLAMA à parte) e dos Açores, que têm mais a ver com as bandeiras e cores que sempre caracterizam Portugal até 1910 e que eram a representatividade de séculos de história. Não, não vou falar (mais) disso, vou falar do orgulho em promover também as raízes daquela terra, em não deixar esquecida a história de um povo, sem tentar apagar partes que não interessam e sem criar falsos mitos em volta de terroristas disfarçados. Nem mesmo Alberto João dá sinais do protagonismo que na realidade tem: pessoa simples e humilde e sem os sinais de ostentação que muitas vezes vimos nos governantes do rectângulo.Compreendo que para esta união dos madeirenses em torno da Madeira seja necessário um inimigo (no caso, o “Contenente”), que, por fictício que seja, dá a todos os madeirenses um sentimento de união em torno do que é deles (em termos futebolísticos, o Porto de Pinto da Costa cresceu nesta base; na base da imagem de que os resto do mundo estava contra o FCP e isso uniu os portistas em volta do clube e tornou-o na máquina que é hoje).E as ponchas e Nikitas (atenção: não se trata de nenhum conjunto de jovens raparigas, mas sim de uma tradicional bebida feita à base de espuma de cerveja e ananás) de Câmara de Lobos? E as espetadas de carne, o espada preto, os bifes de atum, o picadinho e as sandes de carne em vinha d’alhos? E o bolo do caco, esse belo bolo do caco? Resultado disto tudo foi o excesso de bagagem no avião (e não falo do peso das malas)!Mas nem tudo é bom na Madeira; lá conduz-se à moda da Tunísia! É um perigo até para mim que já atravessei o Marquês de Pombal sem parar nos semáforos (Não os vi! Peço, desde já, desculpa se algum leitor se encontrava nesta rotunda à hora em que passei e se for agente da autoridade estas são declarações falsas (artícios literários como compreenderá...) )! Eu que sou fã dos ralys e da fórmula 1 nunca vi coisa igual. Além das inerentes subidas e descidas de elevada graduação, há as curvas caracol, cotovelo (tudo o que de torcido lhes queiram chamar) e altíssima velocidade a que os madeirenses conduzem, seja nas (gratuitas) vias rápidas seja na ruela mais estreita e íngreme. E depois à aquelas entradas na via rápida que antecedem em 20 metros a saída da mesma… Uma verdadeira aventura! Mas estou de volta (são e salvo) e agradeço a nomeação do meu avô como figura calipolense do ano, feita pl' O Restaurador, a quem agradeço ainda o prémio de segundo melhor blogue calipolense concedido ao velhinho Aljubarrota é quando um homem quer! Entretanto, já votou no Palácio de Vila Viçosa para uma das 7 Maravilhas Nacionais?
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Regressado das terras descobertas por João Gonçalves Zarco, venho pasmo com as diferenças por demais evidentes entre a Madeira e a maior parte do Continente. Poder-se-á questionar o método político de Alberto João, poder-se-á até achar justo o corte que as regiões autónomas sofrerão financeiramente, no entanto, o uso desses dinheiros não poderá ser posto em causa. Quando se sabe que, todos os anos, Portugal devolve dinheiro de programas comunitários, que não gastou, à União Europeia, chegar à Madeira e ver aquele nível de desenvolvimento dá logo para perceber que ali houve investimento e aproveitamento real dos fundos comunitários. Investimento em infra-estruturas, em apoios sociais, na educação, no desporto, na cultura, na inovação, no Turismo e na promoção (exemplo disso os 10.000.000 € investidos no extraordinário fogo de artificio deste ano), em suma, investimento no futuro! Os Açores, e mesmo tendo em conta a dispersão do arquipélago, recebeu quantias semelhantes e os resultados não se vêem porque não existem!Poucos locais do Portugal “cubano” (o do rectângulo) funcionam de modo tão organizado em torno da promoção da terra e das suas tradições; a consciência da importância do Turismo para a sobrevivência daquela terra está patente em todos; todos, sem excepção, estão preparados para receber bem quem os visita, e todos sem excepção gostam da terra que habitam, independentemente da política que defendem (não deixou de ser curioso ver madeirenses amigos meus, socialistas dos sete costados, defenderem Alberto João!). Tivesse o continente metade do orgulho madeirense na sua terra e seria suficiente para reerguer o espírito e alma lusitana.Já nem vou falar na bandeira da Madeira (FLAMA à parte) e dos Açores, que têm mais a ver com as bandeiras e cores que sempre caracterizam Portugal até 1910 e que eram a representatividade de séculos de história. Não, não vou falar (mais) disso, vou falar do orgulho em promover também as raízes daquela terra, em não deixar esquecida a história de um povo, sem tentar apagar partes que não interessam e sem criar falsos mitos em volta de terroristas disfarçados. Nem mesmo Alberto João dá sinais do protagonismo que na realidade tem: pessoa simples e humilde e sem os sinais de ostentação que muitas vezes vimos nos governantes do rectângulo.Compreendo que para esta união dos madeirenses em torno da Madeira seja necessário um inimigo (no caso, o “Contenente”), que, por fictício que seja, dá a todos os madeirenses um sentimento de união em torno do que é deles (em termos futebolísticos, o Porto de Pinto da Costa cresceu nesta base; na base da imagem de que os resto do mundo estava contra o FCP e isso uniu os portistas em volta do clube e tornou-o na máquina que é hoje).E as ponchas e Nikitas (atenção: não se trata de nenhum conjunto de jovens raparigas, mas sim de uma tradicional bebida feita à base de espuma de cerveja e ananás) de Câmara de Lobos? E as espetadas de carne, o espada preto, os bifes de atum, o picadinho e as sandes de carne em vinha d’alhos? E o bolo do caco, esse belo bolo do caco? Resultado disto tudo foi o excesso de bagagem no avião (e não falo do peso das malas)!Mas nem tudo é bom na Madeira; lá conduz-se à moda da Tunísia! É um perigo até para mim que já atravessei o Marquês de Pombal sem parar nos semáforos (Não os vi! Peço, desde já, desculpa se algum leitor se encontrava nesta rotunda à hora em que passei e se for agente da autoridade estas são declarações falsas (artícios literários como compreenderá...) )! Eu que sou fã dos ralys e da fórmula 1 nunca vi coisa igual. Além das inerentes subidas e descidas de elevada graduação, há as curvas caracol, cotovelo (tudo o que de torcido lhes queiram chamar) e altíssima velocidade a que os madeirenses conduzem, seja nas (gratuitas) vias rápidas seja na ruela mais estreita e íngreme. E depois à aquelas entradas na via rápida que antecedem em 20 metros a saída da mesma… Uma verdadeira aventura! Mas estou de volta (são e salvo) e agradeço a nomeação do meu avô como figura calipolense do ano, feita pl' O Restaurador, a quem agradeço ainda o prémio de segundo melhor blogue calipolense concedido ao velhinho Aljubarrota é quando um homem quer! Entretanto, já votou no Palácio de Vila Viçosa para uma das 7 Maravilhas Nacionais?