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Educação: Investigadores desvendam "arqueologia" das aprendizagens no Alandroal
Alandroal, Évora, 15 Fev (Lusa) - Investigadores da Universidade de Évora vão assumir o papel de arqueólogos e "desvendar" as ofertas de aprendizagem disponíveis na última década no Alandroal, que tem das mais elevadas taxas de analfabetismo nacionais, e como foram aproveitadas pela população.
O estudo faz parte do projecto de investigação "`Arqueologia` das Aprendizagens no Concelho do Alandroal", a apresentar sábado na vila alentejana, promovido pelo Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora (CIEP-UE).
Os "arqueólogos" vão dispor de três anos para apurar que aprendizagens estiveram disponíveis no Alandroal (Évora) entre 1997 e 2007 e o que foi aprendido, em contextos formais e não-formais, nesse período temporal.
"É um exercício de reconstrução do que aconteceu em termos de educação, numa década. É uma viagem ao passado para compreender o que esteve disponível para as pessoas aprenderem", explicou hoje à agência Lusa José Bravo Nico, o investigador responsável.
Numa primeira fase, os investigadores vão inquirir todas as pessoas colectivas com número fiscal (instituições e restaurantes, entre outras) e, numa segunda fase, toda a população do Alandroal.
"Pretende-se avaliar a importância relativa que os contextos formais e não-formais de aprendizagem assumem nos conjuntos individual e comunitário de aprendizagens", acrescentou José Bravo Nico.
Depois, já no terreno dos impactos, a investigação pretende descobrir o que mudou na vida das pessoas e da comunidade, fruto das aprendizagens recebidas, e avaliar também os efeitos do investimento efectuado na Formação e Educação no concelho do Alandroal.
A escolha deste concelho para aplicar a pesquisa deve-se, por um lado, ao facto do Alandroal possuir uma das mais elevadas taxas de analfabetismo do Alentejo Central e de Portugal e, por outro, por apresentar uma baixa taxa de qualificação.
De acordo com dados dos últimos Censos (2001), a taxa de analfabetismo do Alandroal atingia os 21 por cento, sendo que a do Alentejo Central era de 14,8 por cento e a do país nove por cento.
Como em Portugal existem outras realidades semelhantes à do Alandroal, é objectivo da equipa científica "projectar este tipo de estudo noutros concelhos e contextos territoriais com características idênticas", adiantou o responsável pela investigação.
Segundo José Bravo Nico, "o mesmo tipo de investigação está a ser replicada no concelho de Gavião", distrito de Portalegre.
A "`Arqueologia` das Aprendizagens no Concelho do Alandroal" tem como parceiros da "escavação" a Câmara Municipal e as juntas de freguesia locais, Direcção Regional de Educação, Delegação do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Suão - Associação para o Desenvolvimento Comunitário e o jornal Diário do Sul.
O projecto é financiado com 69.542 euros pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
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Educação: Investigadores desvendam "arqueologia" das aprendizagens no Alandroal
Alandroal, Évora, 15 Fev (Lusa) - Investigadores da Universidade de Évora vão assumir o papel de arqueólogos e "desvendar" as ofertas de aprendizagem disponíveis na última década no Alandroal, que tem das mais elevadas taxas de analfabetismo nacionais, e como foram aproveitadas pela população.
O estudo faz parte do projecto de investigação "`Arqueologia` das Aprendizagens no Concelho do Alandroal", a apresentar sábado na vila alentejana, promovido pelo Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora (CIEP-UE).
Os "arqueólogos" vão dispor de três anos para apurar que aprendizagens estiveram disponíveis no Alandroal (Évora) entre 1997 e 2007 e o que foi aprendido, em contextos formais e não-formais, nesse período temporal.
"É um exercício de reconstrução do que aconteceu em termos de educação, numa década. É uma viagem ao passado para compreender o que esteve disponível para as pessoas aprenderem", explicou hoje à agência Lusa José Bravo Nico, o investigador responsável.
Numa primeira fase, os investigadores vão inquirir todas as pessoas colectivas com número fiscal (instituições e restaurantes, entre outras) e, numa segunda fase, toda a população do Alandroal.
"Pretende-se avaliar a importância relativa que os contextos formais e não-formais de aprendizagem assumem nos conjuntos individual e comunitário de aprendizagens", acrescentou José Bravo Nico.
Depois, já no terreno dos impactos, a investigação pretende descobrir o que mudou na vida das pessoas e da comunidade, fruto das aprendizagens recebidas, e avaliar também os efeitos do investimento efectuado na Formação e Educação no concelho do Alandroal.
A escolha deste concelho para aplicar a pesquisa deve-se, por um lado, ao facto do Alandroal possuir uma das mais elevadas taxas de analfabetismo do Alentejo Central e de Portugal e, por outro, por apresentar uma baixa taxa de qualificação.
De acordo com dados dos últimos Censos (2001), a taxa de analfabetismo do Alandroal atingia os 21 por cento, sendo que a do Alentejo Central era de 14,8 por cento e a do país nove por cento.
Como em Portugal existem outras realidades semelhantes à do Alandroal, é objectivo da equipa científica "projectar este tipo de estudo noutros concelhos e contextos territoriais com características idênticas", adiantou o responsável pela investigação.
Segundo José Bravo Nico, "o mesmo tipo de investigação está a ser replicada no concelho de Gavião", distrito de Portalegre.
A "`Arqueologia` das Aprendizagens no Concelho do Alandroal" tem como parceiros da "escavação" a Câmara Municipal e as juntas de freguesia locais, Direcção Regional de Educação, Delegação do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Suão - Associação para o Desenvolvimento Comunitário e o jornal Diário do Sul.
O projecto é financiado com 69.542 euros pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).