É o que se pode concluir dos últimos desenvolvimentos do caso Marcelo.Ontem, na audiência pedida pela Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), Marcelo afirmou "que o presidente da TVI, Miguel Paes do Amaral, lhe disse que era "inaceitável comentários sistematicamente anti-governamentais" naquela estação", desmentindo Paes do Amaral que na conversa entre os dois não se tinha referido o conteúdo dos comentários semanais do professor no Jornal Nacional da TVI. Marcelo esclareceu ainda que tinha decidiu esclarecer as dúvidas "porque as declarações de Paes do Amaral tinham sido "ofensivas" da sua honra e reputação", já que este insinuou que tudo não passaria de uma estratégia para preparar o lançamento de Marcelo na corrida às próximas eleições Presidenciais.Continua a notícia do Público com a reacção de Marcelo ao ataque do ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, aos seus comentários semanais no Jornal Nacional da TVI, que considerou ter sido ""uma pressão e condicionamento" sobre a estação e que a denúncia posterior feita pelo ministro de uma cabala involuntária do "Expresso", PÚBLICO e TVI contra o Governo "é uma ofensa à inteligência dos portugueses"".Depois, foi ver Marcelo a voltar com grande alegria, à força das perguntas dos membros da AACS, à sua posição de comentados político. Acabou ainda por fazer reparar ao (des)governo que também Santana foi comentador, da SIC, e "sem contraditório"!As reacções, essas, para (não) variar, não tardaram! A oposição expressou-se imediatamente indignada e PS, PCP e BE declararam como urgente e absolutamente necessária a convocação do plenário da Assemblei da República para a realização de um debate de urgência sobre "as graves ameaças que se afiguram à liberdade de expressão", nas palavras do deputado comunista António Filipe. Augusto Santos Silva, socialista, demonstrou o apoio a esta posição, devido à necessidade de o (des)governo se explicar, relativamente ao caso Marcelo. Francisco Louçã, para além de referir todos estes aspectos, acabou por afirmar que a oposição "sabe hoje por que é que a direita recusou ouvir Marcelo Rebelo de Sousa" no Parlamento, tendo ainda acusado o ministro Rui Gomes da Silva de estar envolvido nesta "estratégia da aranha", como lhe chamou. Na SIC Notícias, ouvi mesmo um comentador político a dizer que este era, obviamente, um caso para provocar a queda do (des)governo. No entanto, se é muito duvidoso que Santana estivesse a "dormir a sesta" quando a asneira foi feita, o ressonar proveniente de Belém inunda o país inteiro, e revolta a maioria portuguesa que não está, como Santana tão asquerosamente diz, do lado do (des)governo, mas sim contra ele!A maioria PSD-PP, no entanto, inviabilizou já, hoje, as audições no âmbito deste caso, afirmando ser necessário esperar pelas conclusões da AACS. Esconde-se, assim, detrás de supostas leis de moralidade e decência, para depois, quando bem lhe convém, as infringir e, pelo meio, prejudicar a grande fatia da população portuguesa, para proteger uns poucos que acham que ainda não trabalham suficientemente pouco, nem recebem o suficiente pelo quase nada que fazem!Face a tudo isto, concluo como comecei: temos cara de burros?É que, como já disse em tantas outras situações, se há coisa de que não gosto é que me tentem fazer passar por parvo quando não o sou!
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É o que se pode concluir dos últimos desenvolvimentos do caso Marcelo.Ontem, na audiência pedida pela Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), Marcelo afirmou "que o presidente da TVI, Miguel Paes do Amaral, lhe disse que era "inaceitável comentários sistematicamente anti-governamentais" naquela estação", desmentindo Paes do Amaral que na conversa entre os dois não se tinha referido o conteúdo dos comentários semanais do professor no Jornal Nacional da TVI. Marcelo esclareceu ainda que tinha decidiu esclarecer as dúvidas "porque as declarações de Paes do Amaral tinham sido "ofensivas" da sua honra e reputação", já que este insinuou que tudo não passaria de uma estratégia para preparar o lançamento de Marcelo na corrida às próximas eleições Presidenciais.Continua a notícia do Público com a reacção de Marcelo ao ataque do ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, aos seus comentários semanais no Jornal Nacional da TVI, que considerou ter sido ""uma pressão e condicionamento" sobre a estação e que a denúncia posterior feita pelo ministro de uma cabala involuntária do "Expresso", PÚBLICO e TVI contra o Governo "é uma ofensa à inteligência dos portugueses"".Depois, foi ver Marcelo a voltar com grande alegria, à força das perguntas dos membros da AACS, à sua posição de comentados político. Acabou ainda por fazer reparar ao (des)governo que também Santana foi comentador, da SIC, e "sem contraditório"!As reacções, essas, para (não) variar, não tardaram! A oposição expressou-se imediatamente indignada e PS, PCP e BE declararam como urgente e absolutamente necessária a convocação do plenário da Assemblei da República para a realização de um debate de urgência sobre "as graves ameaças que se afiguram à liberdade de expressão", nas palavras do deputado comunista António Filipe. Augusto Santos Silva, socialista, demonstrou o apoio a esta posição, devido à necessidade de o (des)governo se explicar, relativamente ao caso Marcelo. Francisco Louçã, para além de referir todos estes aspectos, acabou por afirmar que a oposição "sabe hoje por que é que a direita recusou ouvir Marcelo Rebelo de Sousa" no Parlamento, tendo ainda acusado o ministro Rui Gomes da Silva de estar envolvido nesta "estratégia da aranha", como lhe chamou. Na SIC Notícias, ouvi mesmo um comentador político a dizer que este era, obviamente, um caso para provocar a queda do (des)governo. No entanto, se é muito duvidoso que Santana estivesse a "dormir a sesta" quando a asneira foi feita, o ressonar proveniente de Belém inunda o país inteiro, e revolta a maioria portuguesa que não está, como Santana tão asquerosamente diz, do lado do (des)governo, mas sim contra ele!A maioria PSD-PP, no entanto, inviabilizou já, hoje, as audições no âmbito deste caso, afirmando ser necessário esperar pelas conclusões da AACS. Esconde-se, assim, detrás de supostas leis de moralidade e decência, para depois, quando bem lhe convém, as infringir e, pelo meio, prejudicar a grande fatia da população portuguesa, para proteger uns poucos que acham que ainda não trabalham suficientemente pouco, nem recebem o suficiente pelo quase nada que fazem!Face a tudo isto, concluo como comecei: temos cara de burros?É que, como já disse em tantas outras situações, se há coisa de que não gosto é que me tentem fazer passar por parvo quando não o sou!