AMBIENTE
Técnicos UTAD vão avaliar combate aos incêndios em Portugal.
Técnicos da Universidade de Vila Real vão avaliar, este Verão, o combate aos grandes fogos florestais para melhorar as estratégias de combate e reduzir a área ardida em Portugal.
«A nossa aposta é não termos incêndios», afirmou hoje o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, durante a assinatura do protocolo para a Avaliação das Operações de Ataque Ampliado a Incêndios Florestais entre a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Para reduzir os grandes incêndios em Portugal, os técnicos da UTAD, coordenados pelo investigador Hermínio Botelho, vão avaliar a actuação do dispositivo da ANPC e dos bombeiros nos incêndios com mais de oito horas que ocorram entre Julho e meados de Setembro.
Neste período mais crítico de incêndios florestais em Portugal, conhecido como a Fase Charlie, vão estar empenhados no combate aos incêndios florestais cerca de nove mil homens.
«Sabemos como se combate um grande incêndio. Mas também sabemos que há dificuldades e debilidades que precisamos de corrigir e é para essas que vamos ter que olhar», afirmou o secretário de Estado.
Ascenso Simões acrescentou que à medida que os técnicos forem avaliando vão ser introduzidas, imediatamente, as correcções através dos comandos distritais.
A maior parte dos incêndios é extinto logo nas primeiras horas, existindo, no entanto, um número de ignições que não são dominadas à nascença e se transformam em grandes incêndios.
É, a partir desse momento, que é preciso fazer um reforço do teatro de operações.
A UTAD destacará para a sede da ANPC dois colaboradores para tratamento de dados, definição de indicadores de gestão e preparação e elaboração de relatórios semanais de monitorização das operações de combate.
No terreno, técnicos e alunos da UTAD, vão fazer a monitorização dos incêndios, desde os meios colocados no terreno, da sua capacidade de intervenção, da logística agregada, da forma de ataque, dos recursos a técnicas de fogo controlado e de contra-fogo, à incorporação de analistas de incêndios para uma melhor leitura do teatro das operações.
«Vão avaliar um conjunto de indicadores que hoje são essenciais para não termos incêndios tão grandes», afirmou Ascenso Simões.
Em Outubro, disse, vai fazer-se uma «avaliação global» a partir da qual «serão promovidas as alterações mais estruturais que são necessárias introduzir no dispositivo do ano 2008».
O secretário de Estado sustenta também que o Governo está disponível para «alargar» o protocolo com a UTAD nos «próximos dois ou três anos», uma situação que será determinada mediante os resultados da investigação.
Salientou ainda que a academia transmontana foi a escolhida para a elaboração deste protocolo por ser «reconhecida», nacional e internacionalmente, pelo seu trabalho científico no estudo do comportamento dos fogos.
O departamento florestal da UTAD tem desenvolvido, nos últimos anos, um vasto trabalho de investigação, designadamente na criação e acompanhamento das equipas de fogos tácticos, em que se utiliza o contra-fogo como uma das formas de combater o incêndio.
Em 2006, os incêndios florestais queimaram 4.098 hectares no distrito de Vila Real, menos 87,7% do que em igual período do ano anterior (33.112 hectares).
Entre 1 de Janeiro e Domingo, dia 10 de Junho, os bombeiros registaram 232 incêndios no distrito e uma área ardida de 187,4 hectares.
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Técnicos UTAD vão avaliar combate aos incêndios em Portugal.
Técnicos da Universidade de Vila Real vão avaliar, este Verão, o combate aos grandes fogos florestais para melhorar as estratégias de combate e reduzir a área ardida em Portugal.
«A nossa aposta é não termos incêndios», afirmou hoje o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, durante a assinatura do protocolo para a Avaliação das Operações de Ataque Ampliado a Incêndios Florestais entre a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Para reduzir os grandes incêndios em Portugal, os técnicos da UTAD, coordenados pelo investigador Hermínio Botelho, vão avaliar a actuação do dispositivo da ANPC e dos bombeiros nos incêndios com mais de oito horas que ocorram entre Julho e meados de Setembro.
Neste período mais crítico de incêndios florestais em Portugal, conhecido como a Fase Charlie, vão estar empenhados no combate aos incêndios florestais cerca de nove mil homens.
«Sabemos como se combate um grande incêndio. Mas também sabemos que há dificuldades e debilidades que precisamos de corrigir e é para essas que vamos ter que olhar», afirmou o secretário de Estado.
Ascenso Simões acrescentou que à medida que os técnicos forem avaliando vão ser introduzidas, imediatamente, as correcções através dos comandos distritais.
A maior parte dos incêndios é extinto logo nas primeiras horas, existindo, no entanto, um número de ignições que não são dominadas à nascença e se transformam em grandes incêndios.
É, a partir desse momento, que é preciso fazer um reforço do teatro de operações.
A UTAD destacará para a sede da ANPC dois colaboradores para tratamento de dados, definição de indicadores de gestão e preparação e elaboração de relatórios semanais de monitorização das operações de combate.
No terreno, técnicos e alunos da UTAD, vão fazer a monitorização dos incêndios, desde os meios colocados no terreno, da sua capacidade de intervenção, da logística agregada, da forma de ataque, dos recursos a técnicas de fogo controlado e de contra-fogo, à incorporação de analistas de incêndios para uma melhor leitura do teatro das operações.
«Vão avaliar um conjunto de indicadores que hoje são essenciais para não termos incêndios tão grandes», afirmou Ascenso Simões.
Em Outubro, disse, vai fazer-se uma «avaliação global» a partir da qual «serão promovidas as alterações mais estruturais que são necessárias introduzir no dispositivo do ano 2008».
O secretário de Estado sustenta também que o Governo está disponível para «alargar» o protocolo com a UTAD nos «próximos dois ou três anos», uma situação que será determinada mediante os resultados da investigação.
Salientou ainda que a academia transmontana foi a escolhida para a elaboração deste protocolo por ser «reconhecida», nacional e internacionalmente, pelo seu trabalho científico no estudo do comportamento dos fogos.
O departamento florestal da UTAD tem desenvolvido, nos últimos anos, um vasto trabalho de investigação, designadamente na criação e acompanhamento das equipas de fogos tácticos, em que se utiliza o contra-fogo como uma das formas de combater o incêndio.
Em 2006, os incêndios florestais queimaram 4.098 hectares no distrito de Vila Real, menos 87,7% do que em igual período do ano anterior (33.112 hectares).
Entre 1 de Janeiro e Domingo, dia 10 de Junho, os bombeiros registaram 232 incêndios no distrito e uma área ardida de 187,4 hectares.