Crónica de Vítor Diasno Semanário de 28.6.97É certo que muitos outros embarcaram nesta onda feita em partes iguais de espuma e falsidade, mas talvez nada exprima melhor a reverente e imerecida promoção de Sérgio Sousa Pinto a respeito das uniões de facto do que as trinta e cinco palavras que, no passado sábado, foram publicadas pela revista do «Expresso», na sua «Antevisão» da semana.[da autoria do jornalista Manuel António Magalhães].Essas trinta e cinco palavras, que merecem de facto ser guardadas para a antologia histórica das deformações não inocentes que os «media» projectam da vida política, rezavam assim quanto a dia 25 : «Sérgio Sousa Pinto volta esta tarde à ribalta parlamentar. O líder da JS avança com a equiparação legal entre as uniões de facto e o casamento, um projecto que também agrada aos Verdes e comunistas».Agora é só confrontar estas trinta e cinco palavras com a indiscutível verdade dos factos que consiste muito simplesmente em que os únicos projectos realmente apresentados na AR sobre uniões de facto pertenciam aos Verdes e ao PCP, em que não deu entrada naquele órgão de soberania qualquer projecto do deputado Sousa Pinto sobre a matéria, e em que a sua grande contribuição para conquistar notícias sobre si próprio foi a elaboração de um anteprojecto que, segundo os noticiários da TSF na manhã de 25, só naquele dia - o dia do debate na AR - ia ser entregue ... aos deputados do PS.Assim sendo, as trinta e cinco palavras do «Expresso» são verdadeiramente uma deslumbrante maravilha.Porque, segundo elas, «regressa à ribalta parlamentar» quem afinal não tem projecto em discussão, «avança com a equiparação legal entre uniões de facto e casamento» quem, institucionalmente, não avançou com coisa nenhuma e - mais escandaloso que tudo o mais- os Verdes e o PCP que trabalharam primeiro e falaram depois, que realmente apresentaram e avançaram com projectos, e por isso deviam ter direito à ribalta, são remetidos para o papel subalterno de terem agrado pelo projecto (inexistente) do deputado Sérgio Sousa Pinto.(...)
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Crónica de Vítor Diasno Semanário de 28.6.97É certo que muitos outros embarcaram nesta onda feita em partes iguais de espuma e falsidade, mas talvez nada exprima melhor a reverente e imerecida promoção de Sérgio Sousa Pinto a respeito das uniões de facto do que as trinta e cinco palavras que, no passado sábado, foram publicadas pela revista do «Expresso», na sua «Antevisão» da semana.[da autoria do jornalista Manuel António Magalhães].Essas trinta e cinco palavras, que merecem de facto ser guardadas para a antologia histórica das deformações não inocentes que os «media» projectam da vida política, rezavam assim quanto a dia 25 : «Sérgio Sousa Pinto volta esta tarde à ribalta parlamentar. O líder da JS avança com a equiparação legal entre as uniões de facto e o casamento, um projecto que também agrada aos Verdes e comunistas».Agora é só confrontar estas trinta e cinco palavras com a indiscutível verdade dos factos que consiste muito simplesmente em que os únicos projectos realmente apresentados na AR sobre uniões de facto pertenciam aos Verdes e ao PCP, em que não deu entrada naquele órgão de soberania qualquer projecto do deputado Sousa Pinto sobre a matéria, e em que a sua grande contribuição para conquistar notícias sobre si próprio foi a elaboração de um anteprojecto que, segundo os noticiários da TSF na manhã de 25, só naquele dia - o dia do debate na AR - ia ser entregue ... aos deputados do PS.Assim sendo, as trinta e cinco palavras do «Expresso» são verdadeiramente uma deslumbrante maravilha.Porque, segundo elas, «regressa à ribalta parlamentar» quem afinal não tem projecto em discussão, «avança com a equiparação legal entre uniões de facto e casamento» quem, institucionalmente, não avançou com coisa nenhuma e - mais escandaloso que tudo o mais- os Verdes e o PCP que trabalharam primeiro e falaram depois, que realmente apresentaram e avançaram com projectos, e por isso deviam ter direito à ribalta, são remetidos para o papel subalterno de terem agrado pelo projecto (inexistente) do deputado Sérgio Sousa Pinto.(...)