Acabo ver na SIC uma reportagem acerca de dois projectos para a construção de grandes parques de diversão temáticos sobre os descobrimentos para a zona da Ota a quem foi recusado o estatuto de PIN - Potencial Interesse Nacional. A justificação dada aos promotores foi "existir outro projecto semelhante para a mesma zona", chumbando ambos. Perante a insistência de um dos promotores, nasceram novas justificações para o chumbo, que passaram por se considerar que a obra não pode ser feita naqueles terrenos por questões ambientais. Acontece que os terrenos são os mesmos que ainda há bem pouco tempo estavam destinados ao aeroporto. Pelo meio, alega-se a existência de sobreiros que já não existem há mais de 30 anos, para reforçar o chumbo de um projecto que traria um investimento directo de centenas de milhões de euros e milhares de postos de trabalho.Porque será que me fica esta estranha sensação de que um destes projectos viria a ser aprovado por um Governo de Gestão, num despacho apressado em Conselho de Ministros no mesmo dia de uma reunião relâmpago num Ministério?E porque será que Basílio Horta, interrogado pela SIC sobre o assunto, se mostrou tão irritado e arrogante? Onde está o seu ar pungente quando ainda há umas semanas se mostrava "angustiado" com as consequências da crise para o investimento e para o emprego em Portugal?Bem vistas as coisas, Basílio Horta e o Governo têm razão, para que precisamos de um grande parque de diversões sobre os descobrimentos se já há quem tenha descoberto como se divertir tanto às nossas custas?
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Acabo ver na SIC uma reportagem acerca de dois projectos para a construção de grandes parques de diversão temáticos sobre os descobrimentos para a zona da Ota a quem foi recusado o estatuto de PIN - Potencial Interesse Nacional. A justificação dada aos promotores foi "existir outro projecto semelhante para a mesma zona", chumbando ambos. Perante a insistência de um dos promotores, nasceram novas justificações para o chumbo, que passaram por se considerar que a obra não pode ser feita naqueles terrenos por questões ambientais. Acontece que os terrenos são os mesmos que ainda há bem pouco tempo estavam destinados ao aeroporto. Pelo meio, alega-se a existência de sobreiros que já não existem há mais de 30 anos, para reforçar o chumbo de um projecto que traria um investimento directo de centenas de milhões de euros e milhares de postos de trabalho.Porque será que me fica esta estranha sensação de que um destes projectos viria a ser aprovado por um Governo de Gestão, num despacho apressado em Conselho de Ministros no mesmo dia de uma reunião relâmpago num Ministério?E porque será que Basílio Horta, interrogado pela SIC sobre o assunto, se mostrou tão irritado e arrogante? Onde está o seu ar pungente quando ainda há umas semanas se mostrava "angustiado" com as consequências da crise para o investimento e para o emprego em Portugal?Bem vistas as coisas, Basílio Horta e o Governo têm razão, para que precisamos de um grande parque de diversões sobre os descobrimentos se já há quem tenha descoberto como se divertir tanto às nossas custas?