O CACIMBO: Quadras sábias

08-07-2009
marcar artigo


Forçam-me, mesmo velhote,de vez em quando, a beijara mão que brande o chicoteque tanto me faz penar.Porque o mundo me empurrou,caí na lama, e entãotomei-lhe a cor, mas não soua lama que muitos são.Eu não tenho vistas largas,nem grande sabedoria,mas dão-me as horas amargaslições de filosofia.Que importa perder a vidaem luta contra a traição,se a Razão mesmo vencida,não deixa de ser Razão?P'ra mentira ser segurae atingir profundidade,tem que trazer à misturaqualquer coisa de verdade.Sei que pareço um ladrão...mas há muitos que eu conheçoque, não parecendo o que são,são aquilo que eu pareço.Enquanto o homem pensarque vale mais que outro homem,são como os cães a ladrar,não deixam comer, nem comem.Eu já não sei o que façap'ra juntar algum dinheiro;se se vendesse a desgraçajá hoje eu era banqueiro.António Aleixo


Forçam-me, mesmo velhote,de vez em quando, a beijara mão que brande o chicoteque tanto me faz penar.Porque o mundo me empurrou,caí na lama, e entãotomei-lhe a cor, mas não soua lama que muitos são.Eu não tenho vistas largas,nem grande sabedoria,mas dão-me as horas amargaslições de filosofia.Que importa perder a vidaem luta contra a traição,se a Razão mesmo vencida,não deixa de ser Razão?P'ra mentira ser segurae atingir profundidade,tem que trazer à misturaqualquer coisa de verdade.Sei que pareço um ladrão...mas há muitos que eu conheçoque, não parecendo o que são,são aquilo que eu pareço.Enquanto o homem pensarque vale mais que outro homem,são como os cães a ladrar,não deixam comer, nem comem.Eu já não sei o que façap'ra juntar algum dinheiro;se se vendesse a desgraçajá hoje eu era banqueiro.António Aleixo

marcar artigo