IÉ-IÉ: AS CHEIAS DE NOVEMBRO DE 1967

01-10-2009
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No dia das cheias de 1967 - elas ocorreram na madrugada de 25 para 26 de Novembro - e no dia seguinte (27) ainda foi possível falar do número de mortos na primeira página. Depois, a Censura começou a intervir e a moldar a informação.O "Diário Popular", na 3ª edição do dia 26 de Novembro, fala em manchete em 200 mortos (porque era o balanço oficial) e no dia seguinte, mas já não em manchete, refere 250 mortos.Nos dias 28 e 29 não há informação sobre o número de mortos e só no dia 30, na página 9 se fala em "443 corpos recolhidos". Depois só se fala no dia 02 de Dezembro (451 mortos), no dia 05 (462) e, finalmente, no dia 09 (470, tratando este número como, praticamente, um "balanço definitivo"), assim tragicamente distribuídos:Alenquer - 54Arruda dos Vinhos - 14Loures - 127Oeiras - 33Sintra - 18Sobral de Monte Agraço - 3Vila Franca de Xira - 221Neste mesmo dia 09, o Ministério do Interior fez publicar uma extensíssima nota oficiosa onde, com um malabarismo notável, não fala no número de mortos, mas sim no número de casas para reconstruir ou reparar.


No dia das cheias de 1967 - elas ocorreram na madrugada de 25 para 26 de Novembro - e no dia seguinte (27) ainda foi possível falar do número de mortos na primeira página. Depois, a Censura começou a intervir e a moldar a informação.O "Diário Popular", na 3ª edição do dia 26 de Novembro, fala em manchete em 200 mortos (porque era o balanço oficial) e no dia seguinte, mas já não em manchete, refere 250 mortos.Nos dias 28 e 29 não há informação sobre o número de mortos e só no dia 30, na página 9 se fala em "443 corpos recolhidos". Depois só se fala no dia 02 de Dezembro (451 mortos), no dia 05 (462) e, finalmente, no dia 09 (470, tratando este número como, praticamente, um "balanço definitivo"), assim tragicamente distribuídos:Alenquer - 54Arruda dos Vinhos - 14Loures - 127Oeiras - 33Sintra - 18Sobral de Monte Agraço - 3Vila Franca de Xira - 221Neste mesmo dia 09, o Ministério do Interior fez publicar uma extensíssima nota oficiosa onde, com um malabarismo notável, não fala no número de mortos, mas sim no número de casas para reconstruir ou reparar.

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