O bombardeamento israelita à localidade palestina de Beit Hanoun, na Faixa de Gaza, em Novembro de 2006, pode constituir "crime de guerra", segundo o relatório de uma missão de investigação da ONU liderada pelo arcebispo sul-africano e Prémio Nobel da Paz, Desmond Tutu.A missão, que visitou Gaza em Maio, apresentará na próxima quinta-feira perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU o seu relatório sobre o bombardeamento, que matou 19 civis – entre eles, sete crianças e seis mulheres – e dezenas de feridos, a maioria de uma mesma família."Na ausência de uma explicação bem fundamentada por parte dos militares israelitas (os únicos na posse dos factos relevantes), a missão deve concluir de que existe a possibilidade de que o bombardeamento de Beit Hanoun constituía um crime de guerra como o define o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional", diz o texto.Os autores, que falaram com sobreviventes e testemunhas dos factos, descrevem cenas dantescas que aconteceram em Beit Hanoun, localidade de 35 mil habitantes, a maioria dos quais refugiados, na madrugada de 8 de Novembro de 2006.Expondo as dificuldades impostas pelas autoridades israelitas que controlam o posto de passagem de Eretz em permitir o transporte de alguns feridos graves para Israel, assim como a recusa das ambulâncias deste país em levá-los "sem prévio pagamento"."Dinheiro posteriormente reembolsado pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha", diz o documento.O relatório lamenta a recusa de Israel em cooperar na elaboração do mesmo, criticando ainda terem as autoridades israelitas invocado que, os resultados da investigação interna aberta a respeito deste incidente, seria um “segredo militar”, que os culpados não tenham sido processados e pedindo ao Estado de Israel que pague uma indemnização às vitimas.
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O bombardeamento israelita à localidade palestina de Beit Hanoun, na Faixa de Gaza, em Novembro de 2006, pode constituir "crime de guerra", segundo o relatório de uma missão de investigação da ONU liderada pelo arcebispo sul-africano e Prémio Nobel da Paz, Desmond Tutu.A missão, que visitou Gaza em Maio, apresentará na próxima quinta-feira perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU o seu relatório sobre o bombardeamento, que matou 19 civis – entre eles, sete crianças e seis mulheres – e dezenas de feridos, a maioria de uma mesma família."Na ausência de uma explicação bem fundamentada por parte dos militares israelitas (os únicos na posse dos factos relevantes), a missão deve concluir de que existe a possibilidade de que o bombardeamento de Beit Hanoun constituía um crime de guerra como o define o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional", diz o texto.Os autores, que falaram com sobreviventes e testemunhas dos factos, descrevem cenas dantescas que aconteceram em Beit Hanoun, localidade de 35 mil habitantes, a maioria dos quais refugiados, na madrugada de 8 de Novembro de 2006.Expondo as dificuldades impostas pelas autoridades israelitas que controlam o posto de passagem de Eretz em permitir o transporte de alguns feridos graves para Israel, assim como a recusa das ambulâncias deste país em levá-los "sem prévio pagamento"."Dinheiro posteriormente reembolsado pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha", diz o documento.O relatório lamenta a recusa de Israel em cooperar na elaboração do mesmo, criticando ainda terem as autoridades israelitas invocado que, os resultados da investigação interna aberta a respeito deste incidente, seria um “segredo militar”, que os culpados não tenham sido processados e pedindo ao Estado de Israel que pague uma indemnização às vitimas.