No Cesto da Gávea: Jovem com doença terminal suicida-se

22-05-2009
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Leio no Público a história do jovem Rémy Salvat (23 anos) e pergunto-me porque se continua a negar o Direito a morrer com dignidade.“Estou proibido de morrer e de me libertar do meu sofrimento. Sei que em França os médicos são proibidos de praticar a eutanásia. Isso impede-me de viver em paz. É preciso alterar a lei. Peço-vos para que deixe de lado as suas convicções pessoais e que deixe de ser surdo aos apelos”Estas são as palavras que endereçou ao Presidente Nicolas Sarkozy, em Maio passado, numa carta onde descrevia como sofria, desde os seis anos, com uma doença degenerativa, que se encontrava já num estado muito avançado, e que desejava morrer em casa, em Valmondois, nos arredores de Paris, da maneira mais doce possível, recorrendo ao suicídio assistido por um médico.A 6 de Agosto recebeu a resposta de Sarcozy:“Por razões filosóficas pessoais, acredito que não nos assiste o direito de interromper voluntariamente a vida. Mas não vou fugir às minhas responsabilidades. Privilegiarei o diálogo entre os doentes os médicos e as famílias de modo a que se encontre uma resposta adaptada a cada caso.”Um “Não!” transvertido em “Nim”.Rémy Salvat escolheu o suicídio, porque não lhe deixaram a alternativa da dignidade.O seu suicídio não foi a fuga envergonhada da vida. Antes um clamoroso grito de revolta.Numa mensagem sonora que gravou, Rémy pediu aos pais para que continuem a luta que iniciou pela eutanásia e pede para que seja lançado o debate público sobre o direito à eutanásia e ao suicídio assistido.O seu último sopro, não foi o apagar de uma vida, mas o sopro que alimenta o fogo da luta pelo direito a morrer com dignidade.


Leio no Público a história do jovem Rémy Salvat (23 anos) e pergunto-me porque se continua a negar o Direito a morrer com dignidade.“Estou proibido de morrer e de me libertar do meu sofrimento. Sei que em França os médicos são proibidos de praticar a eutanásia. Isso impede-me de viver em paz. É preciso alterar a lei. Peço-vos para que deixe de lado as suas convicções pessoais e que deixe de ser surdo aos apelos”Estas são as palavras que endereçou ao Presidente Nicolas Sarkozy, em Maio passado, numa carta onde descrevia como sofria, desde os seis anos, com uma doença degenerativa, que se encontrava já num estado muito avançado, e que desejava morrer em casa, em Valmondois, nos arredores de Paris, da maneira mais doce possível, recorrendo ao suicídio assistido por um médico.A 6 de Agosto recebeu a resposta de Sarcozy:“Por razões filosóficas pessoais, acredito que não nos assiste o direito de interromper voluntariamente a vida. Mas não vou fugir às minhas responsabilidades. Privilegiarei o diálogo entre os doentes os médicos e as famílias de modo a que se encontre uma resposta adaptada a cada caso.”Um “Não!” transvertido em “Nim”.Rémy Salvat escolheu o suicídio, porque não lhe deixaram a alternativa da dignidade.O seu suicídio não foi a fuga envergonhada da vida. Antes um clamoroso grito de revolta.Numa mensagem sonora que gravou, Rémy pediu aos pais para que continuem a luta que iniciou pela eutanásia e pede para que seja lançado o debate público sobre o direito à eutanásia e ao suicídio assistido.O seu último sopro, não foi o apagar de uma vida, mas o sopro que alimenta o fogo da luta pelo direito a morrer com dignidade.

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