FML2002: Manif 5ª feira

04-07-2005
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A nossa faculdade tem uma tradição algo estranha nestes eventos. O ano passado - salvo erro- a AEFML não entrou "oficialmente" numa das manifestações contra o aumento das propinas organizada pela FCUL devido ao grandioso argumento:"Eles são comunistas." (ler com uma entoação de enjoo) Da nossa faculadade valeu-nos a presença de 15, 20 dissidentes. Alguém está a pensar ir? Sim? Não? E sobretudo...PORQUÊ? - 1º ponto: Propinas. Estamos, actualmente, a levar no pêlo uma extorsão anual de uma maquia astronómica de 880Eur. Temos então uma nova lei do financiamento, medida que tem em vista, entre outras coisas, uma "actualização" do valor das propinas que já não era feita desde os anos 40, tempos aúreos esses em que a educação universitária era fenómeno minoritário perpetuador das elites, e, a estabilidade politico-económica tão prezada pelo actual governo era uma das mais-valias do grandioso império luso. (Saudosismo ou social-fascismo?) Face a esta lei, a oligarquia docente da FML com a já costumeira anuência colaboracionista dos "representantes" dos alunos fixou a propina máxima com o argumento e a "palavra de honra" (sic) de que iria haver uma melhoria das condições e qualidade de ensino. Se alguém já reparou nalguma das ditas melhorias pede-se o favor de a referir neste blog. - 2º ponto: Acção social. - 3º ponto: Orgãos de gestão. O governo pretende diminuir a partcipação dos estudantes nestes orgãos académicos retirando-lhes a paridade (50/50) que tinham até agora e desde... o 25 de Abril de 1974. É curioso reparar que até os métodos de persuasão também deixam uma leve sensação de déjà vu. Em relação a esta política só podemos fazer a mesma coisa de duas maneiras: ou fechamos os olhos a bem com a fabulosa propaganda do ensino de qualidade ou fechamo-los a mal com borrifadelas de gás pimenta como aconteceu em Coimbra, há duas semanas e... em 1969. No meio de tudo isto, e na lógica da proporção propina-qualidade propõe-se um pequeno exercício mental: se com 880Eur temos o que temos, mal podemos imaginar as terriveis, deterioradas e terceiro-mundistas condições de ensino das licenciaturas dos nossos colegas dinamarqueses, finlandeses ou alemães uma vez que estão isentos de pagar qualquer propina.Por tudo isto e muito mais, pensamos que faria bem uma lufada de ar fresco no meio de todo o espírito reaccionário, conformista e amedrontado que já é quase apanágio dos estudantes da FML, participarmos em massa e com o entusiasmo necessário para responder à situação absurda a que se chegou!QUINTA-FEIRA DIA 4 TODOS À MANIF!Manuel NevesAndré AlmeidaRafael Costa

A nossa faculdade tem uma tradição algo estranha nestes eventos. O ano passado - salvo erro- a AEFML não entrou "oficialmente" numa das manifestações contra o aumento das propinas organizada pela FCUL devido ao grandioso argumento:"Eles são comunistas." (ler com uma entoação de enjoo) Da nossa faculadade valeu-nos a presença de 15, 20 dissidentes. Alguém está a pensar ir? Sim? Não? E sobretudo...PORQUÊ? - 1º ponto: Propinas. Estamos, actualmente, a levar no pêlo uma extorsão anual de uma maquia astronómica de 880Eur. Temos então uma nova lei do financiamento, medida que tem em vista, entre outras coisas, uma "actualização" do valor das propinas que já não era feita desde os anos 40, tempos aúreos esses em que a educação universitária era fenómeno minoritário perpetuador das elites, e, a estabilidade politico-económica tão prezada pelo actual governo era uma das mais-valias do grandioso império luso. (Saudosismo ou social-fascismo?) Face a esta lei, a oligarquia docente da FML com a já costumeira anuência colaboracionista dos "representantes" dos alunos fixou a propina máxima com o argumento e a "palavra de honra" (sic) de que iria haver uma melhoria das condições e qualidade de ensino. Se alguém já reparou nalguma das ditas melhorias pede-se o favor de a referir neste blog. - 2º ponto: Acção social. - 3º ponto: Orgãos de gestão. O governo pretende diminuir a partcipação dos estudantes nestes orgãos académicos retirando-lhes a paridade (50/50) que tinham até agora e desde... o 25 de Abril de 1974. É curioso reparar que até os métodos de persuasão também deixam uma leve sensação de déjà vu. Em relação a esta política só podemos fazer a mesma coisa de duas maneiras: ou fechamos os olhos a bem com a fabulosa propaganda do ensino de qualidade ou fechamo-los a mal com borrifadelas de gás pimenta como aconteceu em Coimbra, há duas semanas e... em 1969. No meio de tudo isto, e na lógica da proporção propina-qualidade propõe-se um pequeno exercício mental: se com 880Eur temos o que temos, mal podemos imaginar as terriveis, deterioradas e terceiro-mundistas condições de ensino das licenciaturas dos nossos colegas dinamarqueses, finlandeses ou alemães uma vez que estão isentos de pagar qualquer propina.Por tudo isto e muito mais, pensamos que faria bem uma lufada de ar fresco no meio de todo o espírito reaccionário, conformista e amedrontado que já é quase apanágio dos estudantes da FML, participarmos em massa e com o entusiasmo necessário para responder à situação absurda a que se chegou!QUINTA-FEIRA DIA 4 TODOS À MANIF!Manuel NevesAndré AlmeidaRafael Costa

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