Não sei se se lembram de uma reportagem que deu na Sic há muitos muitos anos. Passava-se em África, num país qualquer, e abordava o tema das crianças limitadas pela fome, pela probreza e pela guerra.Nessa altura eu deveria ter uns 16 ou 17 anos e recordo-me de começar a rir quando um dos miúdos entrevistados diz qualquer coisa do género:"Agora não posso morrer porque estou a viver",acrescentando ainda..."Nunca Sonhei porque não é fácil"...Claro que a história contada por mim teria muito mais graça porque ainda hoje consigo imitar na perfeição o sotaque africano das frases proferidas.Naquela altura deu-me graça, mas hoje, ao lembrar-me delas, achei que fariam algum sentido!Temos de ser nós a decidir que não queremos morrer! Claro que não depende apenas de nós, mas se não o quisermos, acabaremos finalmente mortos. Mortos. Mortos de verdade ou a fingir. Mortos enterrados bem debaixo da terra ou mortos na vida por não querermos mais nada dela.Depois os sonhos, a dificuldade de sonhar... quantas vezes acabamos por não sonhar com medo de o fazer? Ou só por acharmos que não o conseguimos fazer?!Sim. Afinal as frases tinham sentido. Afinal aquele miúdo, daquele país africano perdido por aí, tinha razão: Sonhar não é assim tão fácil como parece!
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Não sei se se lembram de uma reportagem que deu na Sic há muitos muitos anos. Passava-se em África, num país qualquer, e abordava o tema das crianças limitadas pela fome, pela probreza e pela guerra.Nessa altura eu deveria ter uns 16 ou 17 anos e recordo-me de começar a rir quando um dos miúdos entrevistados diz qualquer coisa do género:"Agora não posso morrer porque estou a viver",acrescentando ainda..."Nunca Sonhei porque não é fácil"...Claro que a história contada por mim teria muito mais graça porque ainda hoje consigo imitar na perfeição o sotaque africano das frases proferidas.Naquela altura deu-me graça, mas hoje, ao lembrar-me delas, achei que fariam algum sentido!Temos de ser nós a decidir que não queremos morrer! Claro que não depende apenas de nós, mas se não o quisermos, acabaremos finalmente mortos. Mortos. Mortos de verdade ou a fingir. Mortos enterrados bem debaixo da terra ou mortos na vida por não querermos mais nada dela.Depois os sonhos, a dificuldade de sonhar... quantas vezes acabamos por não sonhar com medo de o fazer? Ou só por acharmos que não o conseguimos fazer?!Sim. Afinal as frases tinham sentido. Afinal aquele miúdo, daquele país africano perdido por aí, tinha razão: Sonhar não é assim tão fácil como parece!