O vencedor da edição 2008 da Bolsa Ernesto de Sousa é anunciado dia 15, terça-feira, no Espaço Avenida, em Lisboa, num evento de comemoração dos 15 anos da iniciativa.Na ocasião será apresentado o site dedicado ao artista (www.ernestodesousa.com), inaugurada a programação que até ao dia 19 apresentará instalações, vídeos concertos e performances de criadores anteriormente premiados, e lançado o livro "15 anos da Bolsa Ernesto de Sousa".A Bolsa Ernesto de Sousa (BES) realizada com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e da Fundação Calouste Gulbenkian, destina-se a premiar um projecto inédito no âmbito da arte experimental intermedia, proporcionando um estágio para investigação e experimentação na Experimental Intermedia Foundation sob a orientação de Phill Niblock. Considera-se uma "criação experimental intermedia" toda a proposta que de alguma forma associe imagem, som e movimento, numa perspectiva de pesquisa e inovação e tendo como finalidade a apresentação de um espectáculo.Já foram galardoados com este prémio, artistas como João Paulo Feliciano, Rafael Toral, Manuel Mota, Paulo Raposo, David Maranha, Adriana Sá, Sónia Rodrigues, João Castro Pinto, Margarida Garcia, André Gonçalves, Daniela Abelaira Roxo, Luís Miguel Girão e o micaelense Ruben Verdadeiro.Este ano, o júri - composto por, além de Isabel Alves (viúva de Ernesto de Sousa e mentora da bolsa) e Phill Niblock que preside, Thomas Ankersmit (artista intermedia e saxofonista), Manuel Costa Cabral (artista plástico, em representação da Fundação Gulbenkian), Rui Eduardo Paes (crítico musical e representante da FLAD), Emanuel Dimas Pimenta (arquitecto e compositor) e Margarida Garcia (artista intermedia e contrabaixista) - apreciará 14 candidaturas....Ernesto de Sousa (1921 - 1988) personalidade criativa com interesses transdisciplinares, deixou uma vasta obra criativa nas áreas da fotografia, cinema, música, fez também crítica de arte, dedicou-se à historiografia e à intervenção intermedia.Ao longo dos anos 60 e 70, em ruptura com a geração e as sensibilidades do seu próprio tempo, assumiu uma imagem de artista agitador e de utopista, uma espécie de «consciência crítica» do universo cultural, à semelhança do que fora Almada Negreios, personalidade que estudou e admirou.José Ernesto de Sousa foi também o iniciador do movimento cineclubista em Portugal, dedicando toda a sua vida ao estudo das artes visuais, mas também desenvolvendo actividades nas áreas do teatro, do jornalismo, crítica e ensaio.
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O vencedor da edição 2008 da Bolsa Ernesto de Sousa é anunciado dia 15, terça-feira, no Espaço Avenida, em Lisboa, num evento de comemoração dos 15 anos da iniciativa.Na ocasião será apresentado o site dedicado ao artista (www.ernestodesousa.com), inaugurada a programação que até ao dia 19 apresentará instalações, vídeos concertos e performances de criadores anteriormente premiados, e lançado o livro "15 anos da Bolsa Ernesto de Sousa".A Bolsa Ernesto de Sousa (BES) realizada com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e da Fundação Calouste Gulbenkian, destina-se a premiar um projecto inédito no âmbito da arte experimental intermedia, proporcionando um estágio para investigação e experimentação na Experimental Intermedia Foundation sob a orientação de Phill Niblock. Considera-se uma "criação experimental intermedia" toda a proposta que de alguma forma associe imagem, som e movimento, numa perspectiva de pesquisa e inovação e tendo como finalidade a apresentação de um espectáculo.Já foram galardoados com este prémio, artistas como João Paulo Feliciano, Rafael Toral, Manuel Mota, Paulo Raposo, David Maranha, Adriana Sá, Sónia Rodrigues, João Castro Pinto, Margarida Garcia, André Gonçalves, Daniela Abelaira Roxo, Luís Miguel Girão e o micaelense Ruben Verdadeiro.Este ano, o júri - composto por, além de Isabel Alves (viúva de Ernesto de Sousa e mentora da bolsa) e Phill Niblock que preside, Thomas Ankersmit (artista intermedia e saxofonista), Manuel Costa Cabral (artista plástico, em representação da Fundação Gulbenkian), Rui Eduardo Paes (crítico musical e representante da FLAD), Emanuel Dimas Pimenta (arquitecto e compositor) e Margarida Garcia (artista intermedia e contrabaixista) - apreciará 14 candidaturas....Ernesto de Sousa (1921 - 1988) personalidade criativa com interesses transdisciplinares, deixou uma vasta obra criativa nas áreas da fotografia, cinema, música, fez também crítica de arte, dedicou-se à historiografia e à intervenção intermedia.Ao longo dos anos 60 e 70, em ruptura com a geração e as sensibilidades do seu próprio tempo, assumiu uma imagem de artista agitador e de utopista, uma espécie de «consciência crítica» do universo cultural, à semelhança do que fora Almada Negreios, personalidade que estudou e admirou.José Ernesto de Sousa foi também o iniciador do movimento cineclubista em Portugal, dedicando toda a sua vida ao estudo das artes visuais, mas também desenvolvendo actividades nas áreas do teatro, do jornalismo, crítica e ensaio.