Hiperactividade: 40 mil crianças e adolescentes portugueses são hiperactivos
Dificuldade em esperar, não parar de mexer os pés, não reflectir antes de agir são características da perturbação de hiperactividade.
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Quem tem este distúrbio - Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA), muitas vezes, acaba por viver sentimentos de injustiça, pois os demais tomam-nos por mal-educados, impacientes e impulsivos.Sensibilizar a comunidade educativa pais e professores para a importância do diagnóstico precoce da PHDA nas crianças e adolescentes é o objectivo do projecto Estar Atento é Crescer Melhor.Esta iniciativa da Associação Portuguesa da Criança Hiperactiva (APCH) não surge por acaso...Existem aproximadamente entre 35 a 50 mil crianças e adolescentes no nosso País afectados pela perturbação de hiperactividade com défice de atenção. Estes estudantes apresentam, em consequência, dificuldades a nível da leitura, ortografia, escrita, matemática e linguagem, problemas estes que têm uma incidência que oscila entre os 35 e os 50%.Acontece que muitos casos não estão diagnosticados e quem desse mal sofre acaba por ser incompreendido pelos demais.É, ainda, importante não esquecer que este distúrbio pode ser a génese do insucesso escolar e da difícil integração social.Desta forma, e atenta a esta problemática, a APCH começou a realizar acções de sensibilização nas escolas portuguesas que manifestem interesse nesse sentido.A primeira sessão de Estar Atento é Crescer Melhor teve lugar na Escola Secundária D. Carlos I, em Sintra, e a oradora foi a Prof.ª Doutora Ana Rodrigues, professora auxiliar do Departamento de Educação Especial e Reabilitação da Faculdade de Motricidade Humana e coordenadora técnico-científica do Núcleo de PHDA do Cadin Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil.As crianças com perturbação de hiperactividade com défice de atenção são geralmente vistas como mal-educadas, impacientes, desconcentradas e impulsivas.»«Por vezes, apresentam resultados fracos nas avaliações. Porém, não é a sua inteligência que está em causa, mas sim o facto de o seu tempo de concentração ser inferior à média», acrescentou Ana Rodrigues.«Estas crianças», continuou, «vivem sentimentos de injustiça, porque sabem perfeitamente aquilo que devem fazer, mas não conseguem, porque têm dificuldade em gerir o tempo, em organizarem-se ou em estarem atentas.»«Muitas desistem de lutar contra a falta de atenção e, por isso, sofrem consequências negativas.»E deu um exemplo: «A impulsividade é uma das características que faz com que os outros colegas se afastem. São crianças facilmente excluídas e não são protegidas como o são aquelas que sofrem de alguma deficiência física.»«Mas as crianças e adolescentes com PHDA têm um défice. Apenas não é visível. Por tudo isto, podem surgir problemas de integração social e consequentemente podem optar por caminhos menos felizes, como a marginalidade.»
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Hiperactividade: 40 mil crianças e adolescentes portugueses são hiperactivos
Dificuldade em esperar, não parar de mexer os pés, não reflectir antes de agir são características da perturbação de hiperactividade.
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Quem tem este distúrbio - Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA), muitas vezes, acaba por viver sentimentos de injustiça, pois os demais tomam-nos por mal-educados, impacientes e impulsivos.Sensibilizar a comunidade educativa pais e professores para a importância do diagnóstico precoce da PHDA nas crianças e adolescentes é o objectivo do projecto Estar Atento é Crescer Melhor.Esta iniciativa da Associação Portuguesa da Criança Hiperactiva (APCH) não surge por acaso...Existem aproximadamente entre 35 a 50 mil crianças e adolescentes no nosso País afectados pela perturbação de hiperactividade com défice de atenção. Estes estudantes apresentam, em consequência, dificuldades a nível da leitura, ortografia, escrita, matemática e linguagem, problemas estes que têm uma incidência que oscila entre os 35 e os 50%.Acontece que muitos casos não estão diagnosticados e quem desse mal sofre acaba por ser incompreendido pelos demais.É, ainda, importante não esquecer que este distúrbio pode ser a génese do insucesso escolar e da difícil integração social.Desta forma, e atenta a esta problemática, a APCH começou a realizar acções de sensibilização nas escolas portuguesas que manifestem interesse nesse sentido.A primeira sessão de Estar Atento é Crescer Melhor teve lugar na Escola Secundária D. Carlos I, em Sintra, e a oradora foi a Prof.ª Doutora Ana Rodrigues, professora auxiliar do Departamento de Educação Especial e Reabilitação da Faculdade de Motricidade Humana e coordenadora técnico-científica do Núcleo de PHDA do Cadin Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil.As crianças com perturbação de hiperactividade com défice de atenção são geralmente vistas como mal-educadas, impacientes, desconcentradas e impulsivas.»«Por vezes, apresentam resultados fracos nas avaliações. Porém, não é a sua inteligência que está em causa, mas sim o facto de o seu tempo de concentração ser inferior à média», acrescentou Ana Rodrigues.«Estas crianças», continuou, «vivem sentimentos de injustiça, porque sabem perfeitamente aquilo que devem fazer, mas não conseguem, porque têm dificuldade em gerir o tempo, em organizarem-se ou em estarem atentas.»«Muitas desistem de lutar contra a falta de atenção e, por isso, sofrem consequências negativas.»E deu um exemplo: «A impulsividade é uma das características que faz com que os outros colegas se afastem. São crianças facilmente excluídas e não são protegidas como o são aquelas que sofrem de alguma deficiência física.»«Mas as crianças e adolescentes com PHDA têm um défice. Apenas não é visível. Por tudo isto, podem surgir problemas de integração social e consequentemente podem optar por caminhos menos felizes, como a marginalidade.»