Uma professora, depois da minha pergunta sobre o que pensava ela fazer da avaliação de alguns dos meus colegas de grupo devido à minha ausência (em lazer a bem da verdade, coisa que nem me apeteceu justificar dada a animosidade existente), acusou-me a mim e aos outros de sermos activos contribuintes para o agravamento do défice. "Vocês faltam às aulas que o Estado anda a pagar bla bla bla eu venho cá cumprir as minhas funções bla bla bla vocês andam a roubar dinheiro ao Estado! bla bla bla é por causa de gente como vocês que isto anda mal bla bla bla até me apetecia excluí-los já, mas mais uma vez, bla bla, lá tenho eu de ser condescendente bla bla sim, sim, que era o que vocês mereciam bla bla bla não irão a lado nenhum, garanto-vos."Senhora Professora poupava-me as lições de moral. Vindas de alguém que em vez de ecologia humana e de uma análise alargada e isenta da componente socio-urbana, andou a pedir resumos do novo programa eleitoral do governo, "como ideia de planeamento", e pior ainda, a tentar convencer que a insegurança era só (segundo ela) fruto do medo e do preconceito inflamado pelos media, não me merece propriamente um sentimento de culpa. A excelentíssima desnudou o seu pensar quando afirmou algures, sem fundamentar (ora pois…) "Muitas vezes são os jovens filhos de pais de classe média-alta e alta que causam conflitos, ao contrário do que se ouve por aí", e não sem antes ter dito “A maior parte das ideias provêm de preconceitos infundados e tendenciosos”. Um must de lógica. Não ando a pagar propinas para me tentarem convencer a filiar num partido. Afinal, quem é que está a roubar mais dinheiro ao Estado? Ainda sou eu? Estava a esquecer-me da parte melhor. Ela queria levar a turma inteira à Cova da Moura. Para acabar com os mal entendidos. Mas isto do senso-comum está demasiado entranhado e vejam lá como o preconceito conduziu à insegurança que me fez faltar às aulas para roubar dinheiros públicos, prejudicando o apoio aos bairros PER e impedindo a felicidade da Nação. Terrível, o preconceito. É verdade. Tenho um terrível preconceito para com esta mulher. Bolas.
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Uma professora, depois da minha pergunta sobre o que pensava ela fazer da avaliação de alguns dos meus colegas de grupo devido à minha ausência (em lazer a bem da verdade, coisa que nem me apeteceu justificar dada a animosidade existente), acusou-me a mim e aos outros de sermos activos contribuintes para o agravamento do défice. "Vocês faltam às aulas que o Estado anda a pagar bla bla bla eu venho cá cumprir as minhas funções bla bla bla vocês andam a roubar dinheiro ao Estado! bla bla bla é por causa de gente como vocês que isto anda mal bla bla bla até me apetecia excluí-los já, mas mais uma vez, bla bla, lá tenho eu de ser condescendente bla bla sim, sim, que era o que vocês mereciam bla bla bla não irão a lado nenhum, garanto-vos."Senhora Professora poupava-me as lições de moral. Vindas de alguém que em vez de ecologia humana e de uma análise alargada e isenta da componente socio-urbana, andou a pedir resumos do novo programa eleitoral do governo, "como ideia de planeamento", e pior ainda, a tentar convencer que a insegurança era só (segundo ela) fruto do medo e do preconceito inflamado pelos media, não me merece propriamente um sentimento de culpa. A excelentíssima desnudou o seu pensar quando afirmou algures, sem fundamentar (ora pois…) "Muitas vezes são os jovens filhos de pais de classe média-alta e alta que causam conflitos, ao contrário do que se ouve por aí", e não sem antes ter dito “A maior parte das ideias provêm de preconceitos infundados e tendenciosos”. Um must de lógica. Não ando a pagar propinas para me tentarem convencer a filiar num partido. Afinal, quem é que está a roubar mais dinheiro ao Estado? Ainda sou eu? Estava a esquecer-me da parte melhor. Ela queria levar a turma inteira à Cova da Moura. Para acabar com os mal entendidos. Mas isto do senso-comum está demasiado entranhado e vejam lá como o preconceito conduziu à insegurança que me fez faltar às aulas para roubar dinheiros públicos, prejudicando o apoio aos bairros PER e impedindo a felicidade da Nação. Terrível, o preconceito. É verdade. Tenho um terrível preconceito para com esta mulher. Bolas.