mind this gap

04-07-2009
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Alexandra, Psicóloga social e das organizações, Luxemburgo Sou licenciada em Psicologia Social e das Organizações, pelo ISCTE (geração 1998-2002) e trabalho no Luxemburgo, no departamento de formação de uma multinacional de auditoria. Descobri este blog e resolvi partilhar a minha história também. Ainda na faculdade apaixonei-me pelo meu actual marido, e decidimos passar o resto da vida juntos. Quando acabámos os cursos, no mesmo ano, sentámo-nos a pensar: o que é que vamos fazer na/da nossa vida? E fizemos as seguintes escolhas:1. Trabalhar na área da nossa preferência, no meu caso RH/formação, no caso dele gestão.2. Ter 4 filhos, e estar presentes na educação deles3. Ter uma casa grande (não enorme, mas para 4 filhos, estão a ver...)4. Quando os putos estiverem criados e emancipados, trabalhar em fundações de desenvolvimento, ou (no meu caso) abrir um café.E estabelecemos metas temporais para estes objectivos, e definimos o que seria preciso para as atingir. Fizemos as clássicas análises swot e planeamentos a 5, 10 e 15 anos.Desta análise, tornou-se evidente que este país não servia - temos um dos piores desenvolvimentos económicos da Europa, salários muito abaixo da média europeia, um sistema administrativo, fiscal, de saúde e de educação muito mau, pouquíssimos apoios à família e à maternidade e um custo de vida elevado.Então pensámos, "onde é que vamos encontrar a antítese disto? Onde é que será fácil realizar estes objectivos ambiciosos?". Com o bendito espaço Schengen, a Europa é o nosso país!Voilá, no Luxemburgo, que tem os salários mais elevados da Europa, uma máquina administrativa simples e eficaz, um bom sistema público de saúde, enfim, resumindo, todos aqueles pontos atrás mencionados.E como é que chegamos lá? Pois, seria boa ideia arranjar emprego numa multinacional onde pudéssemos pedir transferência interna.E foi o que fizémos. E cá estamos.De ressalvar que quando saímos de Portugal tínhamos ambos uma situação profissional muito boa, comprámos casa, estávamos bem integrados socialmente, não estávamos desempregados nem com a corda na garganta.Mas queríamos mais e melhor, e por isso fomos para o Luxemburgo. Aqui vivemos melhor, com salários muito confortáveis e uma qualidade de vida sem comparação.E pronto, é isto. Acho que o que faz confusão às pessoas é o facto de a nossa cultura nacional ser tão avessa ao planeamento e à definição e prossecução de objectivos que até custa a crer numa história destas. aphneves@gmail.com


Alexandra, Psicóloga social e das organizações, Luxemburgo Sou licenciada em Psicologia Social e das Organizações, pelo ISCTE (geração 1998-2002) e trabalho no Luxemburgo, no departamento de formação de uma multinacional de auditoria. Descobri este blog e resolvi partilhar a minha história também. Ainda na faculdade apaixonei-me pelo meu actual marido, e decidimos passar o resto da vida juntos. Quando acabámos os cursos, no mesmo ano, sentámo-nos a pensar: o que é que vamos fazer na/da nossa vida? E fizemos as seguintes escolhas:1. Trabalhar na área da nossa preferência, no meu caso RH/formação, no caso dele gestão.2. Ter 4 filhos, e estar presentes na educação deles3. Ter uma casa grande (não enorme, mas para 4 filhos, estão a ver...)4. Quando os putos estiverem criados e emancipados, trabalhar em fundações de desenvolvimento, ou (no meu caso) abrir um café.E estabelecemos metas temporais para estes objectivos, e definimos o que seria preciso para as atingir. Fizemos as clássicas análises swot e planeamentos a 5, 10 e 15 anos.Desta análise, tornou-se evidente que este país não servia - temos um dos piores desenvolvimentos económicos da Europa, salários muito abaixo da média europeia, um sistema administrativo, fiscal, de saúde e de educação muito mau, pouquíssimos apoios à família e à maternidade e um custo de vida elevado.Então pensámos, "onde é que vamos encontrar a antítese disto? Onde é que será fácil realizar estes objectivos ambiciosos?". Com o bendito espaço Schengen, a Europa é o nosso país!Voilá, no Luxemburgo, que tem os salários mais elevados da Europa, uma máquina administrativa simples e eficaz, um bom sistema público de saúde, enfim, resumindo, todos aqueles pontos atrás mencionados.E como é que chegamos lá? Pois, seria boa ideia arranjar emprego numa multinacional onde pudéssemos pedir transferência interna.E foi o que fizémos. E cá estamos.De ressalvar que quando saímos de Portugal tínhamos ambos uma situação profissional muito boa, comprámos casa, estávamos bem integrados socialmente, não estávamos desempregados nem com a corda na garganta.Mas queríamos mais e melhor, e por isso fomos para o Luxemburgo. Aqui vivemos melhor, com salários muito confortáveis e uma qualidade de vida sem comparação.E pronto, é isto. Acho que o que faz confusão às pessoas é o facto de a nossa cultura nacional ser tão avessa ao planeamento e à definição e prossecução de objectivos que até custa a crer numa história destas. aphneves@gmail.com

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