Pode não se gostar do formato. Abominar os candidatos. Franzir o sobrolho quando se ouve o nome dos entrevistadores. Até bramir contra a política e os políticos. Mesmo preferir as novelas da TVI. Mas dificilmente se poderá dizer que os eleitores saem da série de dez debates pior do que entraram.Os debates, sejam em que formato forem, sejam “entrevistas paralelas”, diálogos acesos, cordatos ou ensosos, até soporíferos, têm sempre um valor acrescentado para uma eleição. Permitem que se fique mais esclarecido. Nem que seja por não termos vista esclarecida a resposta às questões que consideramos decisivas. E esse é um bem inestimável numa democracia que se alimenta da participação dos cidadãos e que tem em cada eleição um momento nobre e elevado.Nestas eleições tivémos dez debates na televisão. Tivémos confrontos com nomes do peso histórico de Mário Soares, Cavaco Silva ou Manuel Alegre. Com a preparação técnica de Francisco Louçã. Com a convicção de Jerónimo de Sousa. Defraudado? Defraudado ficou quem não os viu.Ganhou Soares? Ganhou Cavaco? Alegre? Louçã? Jerónimo? Quem ganhou foi a democracia.
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Pode não se gostar do formato. Abominar os candidatos. Franzir o sobrolho quando se ouve o nome dos entrevistadores. Até bramir contra a política e os políticos. Mesmo preferir as novelas da TVI. Mas dificilmente se poderá dizer que os eleitores saem da série de dez debates pior do que entraram.Os debates, sejam em que formato forem, sejam “entrevistas paralelas”, diálogos acesos, cordatos ou ensosos, até soporíferos, têm sempre um valor acrescentado para uma eleição. Permitem que se fique mais esclarecido. Nem que seja por não termos vista esclarecida a resposta às questões que consideramos decisivas. E esse é um bem inestimável numa democracia que se alimenta da participação dos cidadãos e que tem em cada eleição um momento nobre e elevado.Nestas eleições tivémos dez debates na televisão. Tivémos confrontos com nomes do peso histórico de Mário Soares, Cavaco Silva ou Manuel Alegre. Com a preparação técnica de Francisco Louçã. Com a convicção de Jerónimo de Sousa. Defraudado? Defraudado ficou quem não os viu.Ganhou Soares? Ganhou Cavaco? Alegre? Louçã? Jerónimo? Quem ganhou foi a democracia.