Flash: NÃO FICARIAM MAL UNS SINAIZITOS DE ESQUERDA...

20-07-2009
marcar artigo


esquerda? O velhinho está xoné! Só pode!....Recentemente, Pio Abreu, num artigo ("Uma verdade evidente") reflectia:“As regras de Bruxelas vão no sentido da liberalização. O projecto, para os Estados soberanos, é emagrecer e reduzir o controlo sobre as actividades económicas".O que, relativamente à situação de Portugal, Agostinho Lopes (Público QI 20DEZ07/Opinião/“Outro rumo, nova política”) resumia, em termos pouco brandos: “Há quem no PS se afadigue a convencer os portugueses de que são a esquerda moderna. Mas a sua “modernidade” é a da convergência com os partidos à sua direita em torno da agenda neoliberal do consenso de Washington e as diversas agendas neoliberais de Bruxelas. Os factos e as políticas aí estão, como o recente OE demonstra, para cortar cerce qualquer veleidade de tingir de esquerda o que é retintamente de direita”.Assim, o busílis da questão está no seguinte: quem manda, de facto, em Portugal?Entrosando a tal recente reflexão de PA, no jornal de distribuição gratuita “Destak”, com a de ontem, de AL, poderia talvez resumir-se a nossa situação no seguinte:“Os cidadãos [escrevia PA] elegem os políticos, mas não os empresários. E estes vão-se apoderando de todos os recursos, pelo que a riqueza ou a miséria dos cidadãos depende deles.” Depois, o nosso “espírito crítico é informado (e torturado)” e deformado “pelos media que, por sua vez, são controlados por grupos económicos”, na permanente mira dos quais estão os políticos que elegemos, que não os empresários.Para AL a problemática não é assim tão diferente quanto isso: “o eleitorado escolhe quem ocupa o poder”, no entanto, quem dita a sua acção são os mercados financeiros.Mas algo se deve poder fazer para atenuar tal quadro e evitar que a um país pobre se exija como se fora rico, por um lado, e por outro para não agravar a situação social no nosso país que caminha velozmente para o insuportável.E que algo é possível fazer confirmou-o o recente conselho de Mário Soares para que este PS se voltasse “um bocadinho mais para a esquerda”, por mor das inegáveis “desigualdades sociais e a pobreza”.Corroborou, de facto, a possibilidade de uma diferente política, Mário Soares, mas foi de extraordinária benevolência: ao sugerir que este PS se voltasse “um bocadinho mais para a esquerda”, estava complacentemente a admitir que nessa política já haveria algo de esquerda.Mário Soares é muito dado a deslizes... Ou então foi uma blague. Mas de mau gosto, temos de convir.Acreditamos que não se trate nem de uma nem de outra coisa.Vamos acreditar que Mário Soares apenas quis lembrar que a um governo PS não ficariam mal uns sinaizitos de esquerda...


esquerda? O velhinho está xoné! Só pode!....Recentemente, Pio Abreu, num artigo ("Uma verdade evidente") reflectia:“As regras de Bruxelas vão no sentido da liberalização. O projecto, para os Estados soberanos, é emagrecer e reduzir o controlo sobre as actividades económicas".O que, relativamente à situação de Portugal, Agostinho Lopes (Público QI 20DEZ07/Opinião/“Outro rumo, nova política”) resumia, em termos pouco brandos: “Há quem no PS se afadigue a convencer os portugueses de que são a esquerda moderna. Mas a sua “modernidade” é a da convergência com os partidos à sua direita em torno da agenda neoliberal do consenso de Washington e as diversas agendas neoliberais de Bruxelas. Os factos e as políticas aí estão, como o recente OE demonstra, para cortar cerce qualquer veleidade de tingir de esquerda o que é retintamente de direita”.Assim, o busílis da questão está no seguinte: quem manda, de facto, em Portugal?Entrosando a tal recente reflexão de PA, no jornal de distribuição gratuita “Destak”, com a de ontem, de AL, poderia talvez resumir-se a nossa situação no seguinte:“Os cidadãos [escrevia PA] elegem os políticos, mas não os empresários. E estes vão-se apoderando de todos os recursos, pelo que a riqueza ou a miséria dos cidadãos depende deles.” Depois, o nosso “espírito crítico é informado (e torturado)” e deformado “pelos media que, por sua vez, são controlados por grupos económicos”, na permanente mira dos quais estão os políticos que elegemos, que não os empresários.Para AL a problemática não é assim tão diferente quanto isso: “o eleitorado escolhe quem ocupa o poder”, no entanto, quem dita a sua acção são os mercados financeiros.Mas algo se deve poder fazer para atenuar tal quadro e evitar que a um país pobre se exija como se fora rico, por um lado, e por outro para não agravar a situação social no nosso país que caminha velozmente para o insuportável.E que algo é possível fazer confirmou-o o recente conselho de Mário Soares para que este PS se voltasse “um bocadinho mais para a esquerda”, por mor das inegáveis “desigualdades sociais e a pobreza”.Corroborou, de facto, a possibilidade de uma diferente política, Mário Soares, mas foi de extraordinária benevolência: ao sugerir que este PS se voltasse “um bocadinho mais para a esquerda”, estava complacentemente a admitir que nessa política já haveria algo de esquerda.Mário Soares é muito dado a deslizes... Ou então foi uma blague. Mas de mau gosto, temos de convir.Acreditamos que não se trate nem de uma nem de outra coisa.Vamos acreditar que Mário Soares apenas quis lembrar que a um governo PS não ficariam mal uns sinaizitos de esquerda...

marcar artigo