A propósito dos insultos de José Eduardo Martins a Afonso Candal, deputados do PSD e PS, respectivamente:O primeiro chamou (a parte mais audível) cobarde ao segundo. Um grave insulto, é certo. Mais tarde, pediu desculpas ao Parlamento por ter insultado o colega de hemiciclo, eleito como ele.Isto provoca urticária na minha noção de coragem. Para mim, um gajo corajoso - deputado ou não - assumia o insulto e não pedia desculpas a ninguém (nem que se demitisse) ou incluía o insultado no pedido de desculpas. Não o fazendo, mais não é que a demonstração de pruridos para com a instituição Assembleia da República, que deveria ter os mesmos critérios de urticária e não permitir desculpas hipócritas.Desculpa pede-se ao Homem, não à instituição. Ou então é-se corajoso e mantém-se o insulto.
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A propósito dos insultos de José Eduardo Martins a Afonso Candal, deputados do PSD e PS, respectivamente:O primeiro chamou (a parte mais audível) cobarde ao segundo. Um grave insulto, é certo. Mais tarde, pediu desculpas ao Parlamento por ter insultado o colega de hemiciclo, eleito como ele.Isto provoca urticária na minha noção de coragem. Para mim, um gajo corajoso - deputado ou não - assumia o insulto e não pedia desculpas a ninguém (nem que se demitisse) ou incluía o insultado no pedido de desculpas. Não o fazendo, mais não é que a demonstração de pruridos para com a instituição Assembleia da República, que deveria ter os mesmos critérios de urticária e não permitir desculpas hipócritas.Desculpa pede-se ao Homem, não à instituição. Ou então é-se corajoso e mantém-se o insulto.