Quem passar agora junto à torre dos clérigos terá que assistir a este triste espectáculo. Em troca do patrocínio da obra de restauração da igreja dos clérigos, no valor de 25 mil euros, a Central de Cervejas ganhou o direito de tapar o principal monumento da cidade durante os próximos seis meses, embora a referida obra dure apenas três meses.Afirma a Câmara do Porto que este género de contratos de mecenato são imprescindíveis para conseguir levar a cabo necessárias obras de restauro de monumentos e edifícios históricos, devido à falta de meios financeiros. No entanto, nunca pareceu faltar dinheiro para as obras inúteis que desfiguram a cidade. Não houve falta de meios para concretizar o Túnel de Ceuta, cuja utilidade é duvidosa, ou a envolvente do Museu Soares dos Reis, que creio que será o único passeio pedonal no mundo no qual passarão carros. Não houve necessidade de remexer os cofres públicos para reconverter os Aliados num tapete de granito pouco convidativo. Não se sentiu a necessidade de tapar a cidade com painéis publicitários para criar uma pista de corridas de carros que apenas foi utilizada uma vez ou um corredor para o metro que pode nunca vir a ser utilizado, na Avenida da Boavista.Com esta atitude, a Câmara do Porto demonstrou uma vez mais como não tem respeito quer pela sua cidade quer pelos respectivos habitantes. Com este negócio vergonhoso, apenas fica a ganhar a Central de Cervejas. Afinal, 25 mil euros para colocar um tapume com cerca de 50 metros de altura no topo da colina mais alta no centro da cidade é uma bagatela.
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Quem passar agora junto à torre dos clérigos terá que assistir a este triste espectáculo. Em troca do patrocínio da obra de restauração da igreja dos clérigos, no valor de 25 mil euros, a Central de Cervejas ganhou o direito de tapar o principal monumento da cidade durante os próximos seis meses, embora a referida obra dure apenas três meses.Afirma a Câmara do Porto que este género de contratos de mecenato são imprescindíveis para conseguir levar a cabo necessárias obras de restauro de monumentos e edifícios históricos, devido à falta de meios financeiros. No entanto, nunca pareceu faltar dinheiro para as obras inúteis que desfiguram a cidade. Não houve falta de meios para concretizar o Túnel de Ceuta, cuja utilidade é duvidosa, ou a envolvente do Museu Soares dos Reis, que creio que será o único passeio pedonal no mundo no qual passarão carros. Não houve necessidade de remexer os cofres públicos para reconverter os Aliados num tapete de granito pouco convidativo. Não se sentiu a necessidade de tapar a cidade com painéis publicitários para criar uma pista de corridas de carros que apenas foi utilizada uma vez ou um corredor para o metro que pode nunca vir a ser utilizado, na Avenida da Boavista.Com esta atitude, a Câmara do Porto demonstrou uma vez mais como não tem respeito quer pela sua cidade quer pelos respectivos habitantes. Com este negócio vergonhoso, apenas fica a ganhar a Central de Cervejas. Afinal, 25 mil euros para colocar um tapume com cerca de 50 metros de altura no topo da colina mais alta no centro da cidade é uma bagatela.