Sol

10-06-2007
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O coordenador do estudo sobre o ordenamento do futuro aeroporto da Ota, Augusto Mateus, afirmou numa entrevista publicada hoje no Semanário Económico, que Alcochete seria uma solução mais flexível para construção do futuro aeroporto, podendo entrar em funcionamento mais rapidamente.

O antigo ministro socialista da Economia disse que a carreira de tiro de Alcochete «pode vir a ser estudada», justificando que «tem dimensão mais do que suficiente para se fazer algo mais flexível comparando com a Ota» e «onde eventualmente poderá ser possível oferecer, antes de 2017, uma primeira alternativa».

Em declarações hoje à Lusa, Francisco Ferreira da Quercus disse que «apesar de não estar excluída a hipótese de construção do aeroporto em Alcochete, essa solução é praticamente inviável».

A associação ambientalista considera que «antes de se avançar para uma solução na margem Sul tem de se passar por uma avaliação ambiental da Ota - que pode ser negativa - e pela chamada `opção zero´, uma avaliação pela continuação do aeroporto da Portela com um segundo aeroporto».

No entender de Francisco Ferreira, a margem sul aparece como a última hipótese a ser considerada por razões de ordenamento do território e por questões ambientais.

«A margem sul aparece como última hipótese depois de avaliada a Ota e a 'opção zero'», adiantou o ambientalista, frisando que «o campo de tiro de Alcochete está rodeado de zonas de grande importância ambiental como a reserva natural do Estuário do Tejo».

A Quercus considera que a margem Sul encerra problemas ambientais relevantes que tornam praticamente impossível a localização, como o ordenamento do território, proximidade das reservas naturais do Sado e Tejo e preservação do aquífero.

Para a associação ambientalista, a «reavaliação deverá estar dependente de opiniões fundamentadas das entidades oficiais e da inviabilização de todas as outras alternativas», como uma «avaliação muito negativa da Ota em termos ambientais concluída pelo novo estudo de impacte e impossibilidade de continuação da Portela, mesmo com outro aeroporto de apoio».

Em entrevista ao Semanário Económico, Augusto Mateus, que está a coordenar um estudo sobre o ordenamento das actividades na envolvente do novo aeroporto de Lisboa, considerou «redutora» a decisão do Governo de só ter estudado a localização da futura infra-estrutura na Ota e em Rio Frio.

«Outras potenciais localizações, algumas de utilização militar, não foram estudadas e podem sê-lo facilmente. Podemos vir a descobrir que temos uma localização melhor que a Ota, que pode custar menos dinheiro, que permite fazer uma coisa mais flexível, faseada, com mais oportunidades de expansão em caso de sucesso total», salientou.

Augusto Mateus sublinhou que um estudo sobre novas localizações «não demoraria um ano», ao contrário do que o Governo tem referido.

Lusa/SOL

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Em declarações hoje à Lusa, Francisco Ferreira da Quercus disse que «apesar de não estar excluída a hipótese de construção do aeroporto em Alcochete, essa solução é praticamente inviável».

A associação ambientalista considera que «antes de se avançar para uma solução na margem Sul tem de se passar por uma avaliação ambiental da Ota - que pode ser negativa - e pela chamada `opção zero´, uma avaliação pela continuação do aeroporto da Portela com um segundo aeroporto».

No entender de Francisco Ferreira, a margem sul aparece como a última hipótese a ser considerada por razões de ordenamento do território e por questões ambientais.

«A margem sul aparece como última hipótese depois de avaliada a Ota e a 'opção zero'», adiantou o ambientalista, frisando que «o campo de tiro de Alcochete está rodeado de zonas de grande importância ambiental como a reserva natural do Estuário do Tejo».

A Quercus considera que a margem Sul encerra problemas ambientais relevantes que tornam praticamente impossível a localização, como o ordenamento do território, proximidade das reservas naturais do Sado e Tejo e preservação do aquífero.

Para a associação ambientalista, a «reavaliação deverá estar dependente de opiniões fundamentadas das entidades oficiais e da inviabilização de todas as outras alternativas», como uma «avaliação muito negativa da Ota em termos ambientais concluída pelo novo estudo de impacte e impossibilidade de continuação da Portela, mesmo com outro aeroporto de apoio».

Em entrevista ao Semanário Económico, Augusto Mateus, que está a coordenar um estudo sobre o ordenamento das actividades na envolvente do novo aeroporto de Lisboa, considerou «redutora» a decisão do Governo de só ter estudado a localização da futura infra-estrutura na Ota e em Rio Frio.

«Outras potenciais localizações, algumas de utilização militar, não foram estudadas e podem sê-lo facilmente. Podemos vir a descobrir que temos uma localização melhor que a Ota, que pode custar menos dinheiro, que permite fazer uma coisa mais flexível, faseada, com mais oportunidades de expansão em caso de sucesso total», salientou.

Augusto Mateus sublinhou que um estudo sobre novas localizações «não demoraria um ano», ao contrário do que o Governo tem referido.

Lusa/SOL

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