Em Évora os ânimos ainda estão muito ao rubro sobre as questões relacionadas com a qualidade da água na Barragem do Monte Novo e com o corte no abastecimento público decidido na noite de terça-feira. Há momentos atrás, uma fonte devidamente identificada e com ligações a este processo prestou alguns esclarecimentos que considero prementes serem divulgados no acincotons. Assim, foi-me dito:
1) O problema reside na albufeira de Monte Novo, onde de facto a água bruta tem elevados teores de alumínio. Esse facto deve-se a que as lamas provenientes dos tratamentos da água (parte do tratamento é feito à base de alumínio) tenham, ao longo de décadas - desde que a ETA está em funcionamento - sido acumulados perto das margens o que, com as chuvas fortes, tem provocado escorrências para a albufeira e conduziu aos altos teores de alumínio observados na água, quase o dobro do legalmente estabelecido.
2) O sistema de tratamento da ETA não é eficaz para tratar estas altas quantidades de alumínio e de outros metais contidos na água bruta.
3)Neste momento o Hospital de Évora, que tem na sua posse as análises à água, não estará a utilizar a água da rede de abastecimento público, mas ainda a recorrer aos auto-tanques (esta tarde esteve lá um de Estremoz a despejar água). A água dos autotanques estará a entrar na rede do hospital através do sistema de combate a incêndios - foi dito ao acincotons. A mesma fonte, especialmente bem informada sobre o que se passa no Hospital, disse ao acincotons que o problema dos metais na água da barragem do Monte Novo já tinha sido detectado há algum tempo e que nada foi feito para resolver a situação. E, mais grave, quando o problema ganhou alguma dimensão, a Câmara terá contactado, nalguns casos uma semana antes, as principais unidades hoteleiras - nomeadamente o Convento do Espinheiro - dizendo que havia alteração na qualidade da água e que o abastecimento poderia ser cortado, enquanto que o Hospital foi avisado apenas uma hora antes do corte da passada terça-feira.
São informações que me foram prestadas por fonte idónea, bem informada e cujo testemunho não ponho em dúvida e que podem ajudar a esclarecer alguns pormenores menos claros em todo este processo- por isso, as partilho com os leitores do acincotons. Só que continua a não se perceber porque é que a Câmara de Évora não tem sido mais transparente em todo este processo, nomeadamente quando tenta branquear as responsabilidades da AdCA na não resolução de um problema que já estaria identificado há bastante tempo e que esta empresa, apesar de pública, nunca tentou resolver: a acumulação de alumínio nas margens e na própria albufeira da barragem do Monte Novo.
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Em Évora os ânimos ainda estão muito ao rubro sobre as questões relacionadas com a qualidade da água na Barragem do Monte Novo e com o corte no abastecimento público decidido na noite de terça-feira. Há momentos atrás, uma fonte devidamente identificada e com ligações a este processo prestou alguns esclarecimentos que considero prementes serem divulgados no acincotons. Assim, foi-me dito:
1) O problema reside na albufeira de Monte Novo, onde de facto a água bruta tem elevados teores de alumínio. Esse facto deve-se a que as lamas provenientes dos tratamentos da água (parte do tratamento é feito à base de alumínio) tenham, ao longo de décadas - desde que a ETA está em funcionamento - sido acumulados perto das margens o que, com as chuvas fortes, tem provocado escorrências para a albufeira e conduziu aos altos teores de alumínio observados na água, quase o dobro do legalmente estabelecido.
2) O sistema de tratamento da ETA não é eficaz para tratar estas altas quantidades de alumínio e de outros metais contidos na água bruta.
3)Neste momento o Hospital de Évora, que tem na sua posse as análises à água, não estará a utilizar a água da rede de abastecimento público, mas ainda a recorrer aos auto-tanques (esta tarde esteve lá um de Estremoz a despejar água). A água dos autotanques estará a entrar na rede do hospital através do sistema de combate a incêndios - foi dito ao acincotons. A mesma fonte, especialmente bem informada sobre o que se passa no Hospital, disse ao acincotons que o problema dos metais na água da barragem do Monte Novo já tinha sido detectado há algum tempo e que nada foi feito para resolver a situação. E, mais grave, quando o problema ganhou alguma dimensão, a Câmara terá contactado, nalguns casos uma semana antes, as principais unidades hoteleiras - nomeadamente o Convento do Espinheiro - dizendo que havia alteração na qualidade da água e que o abastecimento poderia ser cortado, enquanto que o Hospital foi avisado apenas uma hora antes do corte da passada terça-feira.
São informações que me foram prestadas por fonte idónea, bem informada e cujo testemunho não ponho em dúvida e que podem ajudar a esclarecer alguns pormenores menos claros em todo este processo- por isso, as partilho com os leitores do acincotons. Só que continua a não se perceber porque é que a Câmara de Évora não tem sido mais transparente em todo este processo, nomeadamente quando tenta branquear as responsabilidades da AdCA na não resolução de um problema que já estaria identificado há bastante tempo e que esta empresa, apesar de pública, nunca tentou resolver: a acumulação de alumínio nas margens e na própria albufeira da barragem do Monte Novo.