A Cinco Tons: Aquilo soou-me mal. Isto soa-me bem.

05-08-2010
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No sábado fui a um casamento. Há anos que não ia a um. Foi em Porto Côvo, junto à praia, com a senhora do Registo Civil a "oficiar" virada para o mar. Houve algum sururu (uma parte significativa dos convidados eram juízes e advogados) quando a senhora que fazia o casório disse que "o casamento era um acto que ligava duas pessoas de sexo diferente". E, de facto, aquilo soou-me mal e soou-me a discriminação. Quem quiser que se case, independentemente de ser com uma pessoa do mesmo sexo ou não, até porque o contrato de casamento começa por ser, amor à parte, uma espécie de negócio e a construção de uma unidade económica. Não será assim? Por isso, hoje soou-me bem saber que a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo tinha sido promulgada por Cavaco Silva. É claro que eu, como muitos milhares de portugueses, estamo-nos "borrifando" para que o presidente não goste da lei. Está no seu direito. Mas promulgou, está promulgado.


No sábado fui a um casamento. Há anos que não ia a um. Foi em Porto Côvo, junto à praia, com a senhora do Registo Civil a "oficiar" virada para o mar. Houve algum sururu (uma parte significativa dos convidados eram juízes e advogados) quando a senhora que fazia o casório disse que "o casamento era um acto que ligava duas pessoas de sexo diferente". E, de facto, aquilo soou-me mal e soou-me a discriminação. Quem quiser que se case, independentemente de ser com uma pessoa do mesmo sexo ou não, até porque o contrato de casamento começa por ser, amor à parte, uma espécie de negócio e a construção de uma unidade económica. Não será assim? Por isso, hoje soou-me bem saber que a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo tinha sido promulgada por Cavaco Silva. É claro que eu, como muitos milhares de portugueses, estamo-nos "borrifando" para que o presidente não goste da lei. Está no seu direito. Mas promulgou, está promulgado.

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