Joaquim BravoUma coisa parece óbvia: Évora está num processo de acentuado declínio. Demográfico, económico e social.Esta será a primeira década, desde o 25 de Abril, que Évora vê a sua população residente regredir, entrando na rampa descendente em que se encontram a maioria dos concelhos alentejanos. Note-se que Évora, devido à sua capacidade de atracção, foi um dos poucos concelhos alentejanos que soube resistir ao retrocesso demográfico que atingiu a nossa região. Agora, com a perda de capacidade de atracção, tudo se esvai.Évora é hoje uma cidade moribunda, sem rumo nem estratégia, que ignora e arruína as potencialidades endógenas da sua economia e, sobretudo, não valoriza as potencialidades económicas do seu reconhecido Valor Patrimonial.A ausência de uma política de valorização, preservação e animação do Centro Histórico (um dos principais factores de atracção do concelho) são incontestáveis. Ao invés, tudo parece fazer-se para o arruinar e menosprezar. Começou-se por deslocar o “centro”da Cidade para uma das suas pontas – o Parque Industrial –, sem ter em conta as consequências no tecido antigo nem nas condições de mobilidade e circulação. Agora, anunciam-se e promovem-se “novas centralidades” que “alongarão” a cidade por cerca de 15 Km, entre Santo Antonico (Novo Hospital) e a Herdade da Sousa da Sé (Estação do TGV), sem avaliar as repercussões na economia, na rentabilização dos investimentos, ou no agravamento nas já péssimas condições de transportes e mobilidade.Évora é hoje uma cidade decadente, com níveis de desemprego acima da média nacional, sobretudo entre os jovens licenciados. E não se vislumbra a mínima aposta nas potencialidades endógenas da região, seja na agricultura, seja nas indústrias agro-pecuárias. Também a aposta nos serviços é ignorada e apresentada como coisa de passado e sem futuro. Tudo parece girar ao redor de um mundo de fantasias e ilusões, onde não faltam condes dráculas e outros figurantes de terceira categoria.Évora entrou num processo de estagnação e desmotivação donde não vai ser fácil sair. Mas, não sendo fácil é possível. E a primeira coisa a fazer é mudar de protagonistas. Com os actuais só teremos mais estagnação e mais desmotivação.Anónimo Julho, 2010 12:12
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Joaquim BravoUma coisa parece óbvia: Évora está num processo de acentuado declínio. Demográfico, económico e social.Esta será a primeira década, desde o 25 de Abril, que Évora vê a sua população residente regredir, entrando na rampa descendente em que se encontram a maioria dos concelhos alentejanos. Note-se que Évora, devido à sua capacidade de atracção, foi um dos poucos concelhos alentejanos que soube resistir ao retrocesso demográfico que atingiu a nossa região. Agora, com a perda de capacidade de atracção, tudo se esvai.Évora é hoje uma cidade moribunda, sem rumo nem estratégia, que ignora e arruína as potencialidades endógenas da sua economia e, sobretudo, não valoriza as potencialidades económicas do seu reconhecido Valor Patrimonial.A ausência de uma política de valorização, preservação e animação do Centro Histórico (um dos principais factores de atracção do concelho) são incontestáveis. Ao invés, tudo parece fazer-se para o arruinar e menosprezar. Começou-se por deslocar o “centro”da Cidade para uma das suas pontas – o Parque Industrial –, sem ter em conta as consequências no tecido antigo nem nas condições de mobilidade e circulação. Agora, anunciam-se e promovem-se “novas centralidades” que “alongarão” a cidade por cerca de 15 Km, entre Santo Antonico (Novo Hospital) e a Herdade da Sousa da Sé (Estação do TGV), sem avaliar as repercussões na economia, na rentabilização dos investimentos, ou no agravamento nas já péssimas condições de transportes e mobilidade.Évora é hoje uma cidade decadente, com níveis de desemprego acima da média nacional, sobretudo entre os jovens licenciados. E não se vislumbra a mínima aposta nas potencialidades endógenas da região, seja na agricultura, seja nas indústrias agro-pecuárias. Também a aposta nos serviços é ignorada e apresentada como coisa de passado e sem futuro. Tudo parece girar ao redor de um mundo de fantasias e ilusões, onde não faltam condes dráculas e outros figurantes de terceira categoria.Évora entrou num processo de estagnação e desmotivação donde não vai ser fácil sair. Mas, não sendo fácil é possível. E a primeira coisa a fazer é mudar de protagonistas. Com os actuais só teremos mais estagnação e mais desmotivação.Anónimo Julho, 2010 12:12