A Cinco Tons: Um homem só e zangado

05-08-2010
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José Ernesto, o presidente da Câmara de Évora, na entrevista que deu ao Registo desta semana, mostrou-se zangado com os entrevistadores, com o PCP, com os agentes culturais. Com os entrevistadores porque ouvem quem o critica e à Câmara e porque lhe fizeram perguntas incómodas, como se esperasse que eles fossem amplificadores das suas posições; com o PCP a quem acusa de impedir que a Câmara tome decisões e insinua estar por detrás de uma poderosa central de contra-informação, como se não fosse oposição, que diz que não devia existir nos executivos municipais; com os agentes culturais, a quem acusa de engrossarem o coro da negação, das forças negras, que só dizem mal, como se tivessem cometido um crime por reclamarem o pagamento dos apoios acordados e em dívida e a definição dos apoios a conceder este ano (que já vai a meio… ).
Quanto à obra realizada e a realizar até ao fim deste mandato zanga-se também ao compará-la com a da CDU e justifica o que não fez e prometeu desde início com o facto da CDU também não ter feito.
Zanga-se ainda quando lhe perguntam se não existirá falta de transparência, afirmando que “O que há é uma central poderosa de contra-informação”, tal como em relação à situação financeira, em que afirma não haver problema se tiver fazer um contrato de saneamento financeiro porque isso já foi feito no tempo da CDU.
Apesar de afirmar que “o apoio da população continua a ser uma constante na minha vida, ando pela rua, vou ao supermercado e aquilo que ouço é apoio, estímulo, palavras de conforto”, José Ernesto mostra-se, ao longo da entrevista, um homem só, zangado, parecendo sentir-se acossado e revoltado e com muitos fantasmas do passado, que não terá conseguido ainda exorcizar.


José Ernesto, o presidente da Câmara de Évora, na entrevista que deu ao Registo desta semana, mostrou-se zangado com os entrevistadores, com o PCP, com os agentes culturais. Com os entrevistadores porque ouvem quem o critica e à Câmara e porque lhe fizeram perguntas incómodas, como se esperasse que eles fossem amplificadores das suas posições; com o PCP a quem acusa de impedir que a Câmara tome decisões e insinua estar por detrás de uma poderosa central de contra-informação, como se não fosse oposição, que diz que não devia existir nos executivos municipais; com os agentes culturais, a quem acusa de engrossarem o coro da negação, das forças negras, que só dizem mal, como se tivessem cometido um crime por reclamarem o pagamento dos apoios acordados e em dívida e a definição dos apoios a conceder este ano (que já vai a meio… ).
Quanto à obra realizada e a realizar até ao fim deste mandato zanga-se também ao compará-la com a da CDU e justifica o que não fez e prometeu desde início com o facto da CDU também não ter feito.
Zanga-se ainda quando lhe perguntam se não existirá falta de transparência, afirmando que “O que há é uma central poderosa de contra-informação”, tal como em relação à situação financeira, em que afirma não haver problema se tiver fazer um contrato de saneamento financeiro porque isso já foi feito no tempo da CDU.
Apesar de afirmar que “o apoio da população continua a ser uma constante na minha vida, ando pela rua, vou ao supermercado e aquilo que ouço é apoio, estímulo, palavras de conforto”, José Ernesto mostra-se, ao longo da entrevista, um homem só, zangado, parecendo sentir-se acossado e revoltado e com muitos fantasmas do passado, que não terá conseguido ainda exorcizar.

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