Foto António Carrapato
O presente é um momento de passagem
como se de águas vindas de montantes fosse,
violentando margens as águas
ou as águas violentando margens.
Nós somos essas margens.
Ou, então, momentos raros,
desejados por avaros, sentidos alongados
como águas espraiando-se por planas margens
e as margens saboreando as doces águas,
em momentos irrepetíveis de prazeres diferentes indizíveis,
em prazeres de infiltração profunda
em areias de purificação como em adulta iniciação.
O presente é o olhar e o cuidar desse correr das águas
e o desejo sedento de cristalinas as beber de um só trago
ou bem devagarinho, virgens.
O presente é o movimento sentido das águas
no seu eterno caminhar para um mar.
Não há presente com águas paradas.
É na foz do futuro que as águas desaguam no infinito.
Noutros mares, talvez com outros ares,
continuarão depois as águas a caminhar para outro mar…
Évora, 2010-06-28
J. Rodrigues Dias
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Foto António Carrapato
O presente é um momento de passagem
como se de águas vindas de montantes fosse,
violentando margens as águas
ou as águas violentando margens.
Nós somos essas margens.
Ou, então, momentos raros,
desejados por avaros, sentidos alongados
como águas espraiando-se por planas margens
e as margens saboreando as doces águas,
em momentos irrepetíveis de prazeres diferentes indizíveis,
em prazeres de infiltração profunda
em areias de purificação como em adulta iniciação.
O presente é o olhar e o cuidar desse correr das águas
e o desejo sedento de cristalinas as beber de um só trago
ou bem devagarinho, virgens.
O presente é o movimento sentido das águas
no seu eterno caminhar para um mar.
Não há presente com águas paradas.
É na foz do futuro que as águas desaguam no infinito.
Noutros mares, talvez com outros ares,
continuarão depois as águas a caminhar para outro mar…
Évora, 2010-06-28
J. Rodrigues Dias