"Para mim (com este processo da Acrópole XXI) a única coisa que ficou clara é que a politica está a ter a sua "CRISE", tal como o sistema financeiro mundial a teve e tem.
Por estes tempos vulgarizou-se o hábito de desvalorizar os meios em função dos fins. Se os resultados de um exercício financeiro não são os pretendidos, recorre-se à "engenharia financeira" e comemoramos com um jantar, ou vamos para "umas férias de sonho". Na política, mesmo que todos saibam e reafirmem em todas as ocasiões que sem participação não há legitimidade, que sem o envolvimento dos cidadãos não é possível promover mudanças com um mínimo de equilíbrio,(só os terramotos e outros fenómenos da natureza são alheios às opinião das pessoas), mesmo sabendo tudo isto, num projecto como a Acrópole XXI, a "engenharia politica" toma os prazos, o processo burocrático, os negócios pessoais e institucionais, como prioridade e manda a participação dos cidadãos para o tal sitio do voto no dia das eleições. Depois não sei se vão jantar, de férias, ou dormir descansados... porque nos dias seguintes é preciso continuar a dizer que "as pessoas são o mais importante", a participação das populações é indispensável...etc.
Terá esta "engenharia politica" resultados da mesma dimensão que resultou das grandes e continuadas "engenharias financeiras"? A questão é que quando os bancos faliram ou ficaram com problemas chamaram-se os Estados para intervir. E neste caso, se a credibilidade politica estiver em causa, quem chamamos a intervir? Os cidadãos que agora são arredados? À semelhança da "gracinha" dos que defendiam menos Estado e reorganizaram em poucos dias o discurso para passarem a defender a intervenção do mesmo? Os mesmos que enterram agora o que resta da credibilidade do sistema politico? Vai ser interessante acompanhar.
Manuelinha
18 Dezembro, 2009 08:24"
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"Para mim (com este processo da Acrópole XXI) a única coisa que ficou clara é que a politica está a ter a sua "CRISE", tal como o sistema financeiro mundial a teve e tem.
Por estes tempos vulgarizou-se o hábito de desvalorizar os meios em função dos fins. Se os resultados de um exercício financeiro não são os pretendidos, recorre-se à "engenharia financeira" e comemoramos com um jantar, ou vamos para "umas férias de sonho". Na política, mesmo que todos saibam e reafirmem em todas as ocasiões que sem participação não há legitimidade, que sem o envolvimento dos cidadãos não é possível promover mudanças com um mínimo de equilíbrio,(só os terramotos e outros fenómenos da natureza são alheios às opinião das pessoas), mesmo sabendo tudo isto, num projecto como a Acrópole XXI, a "engenharia politica" toma os prazos, o processo burocrático, os negócios pessoais e institucionais, como prioridade e manda a participação dos cidadãos para o tal sitio do voto no dia das eleições. Depois não sei se vão jantar, de férias, ou dormir descansados... porque nos dias seguintes é preciso continuar a dizer que "as pessoas são o mais importante", a participação das populações é indispensável...etc.
Terá esta "engenharia politica" resultados da mesma dimensão que resultou das grandes e continuadas "engenharias financeiras"? A questão é que quando os bancos faliram ou ficaram com problemas chamaram-se os Estados para intervir. E neste caso, se a credibilidade politica estiver em causa, quem chamamos a intervir? Os cidadãos que agora são arredados? À semelhança da "gracinha" dos que defendiam menos Estado e reorganizaram em poucos dias o discurso para passarem a defender a intervenção do mesmo? Os mesmos que enterram agora o que resta da credibilidade do sistema politico? Vai ser interessante acompanhar.
Manuelinha
18 Dezembro, 2009 08:24"