No Cesto da Gávea: Israel libertou 198 prisioneiros palestinos. Faltam mais de 11.000.

18-12-2009
marcar artigo


A libertação dos 198 prisioneiros – menos de 2% dos prisioneiros palestinos – pode ser considerada um pequeno passo para a Paz, mas é decididamente fruto da pressão de Bush para que Israel, chegue a um acordo com a Autoridade Nacional Palestina, até ao fim do seu mandato.A libertação dos prisioneiros, principalmente de dois, (a frieza dos números: 2 em 198, cerca de 1%), que estiveram envolvidos na morte de israelitas, são eles Mohammed Ibrahim Abu Ali, preso desde 1980 – 28 anos –, e Said al-Attaba, desde 1977 – 31 anos – naturalmente gerou polémica em Israel.Os partidos de “direita” declararam que a libertação dos prisioneiros é "um ato de fraqueza, que vai incentivar ainda mais o terrorismo" e a organização “Vítimas do Terror” entregou um recurso no Supremo Tribunal de Justiça Israelita, contra a libertação dos prisioneiros, mas o recurso foi rejeitado pelo tribunal.No entanto existem cada vez mais israelitas que apoiam os caminhos da Paz, mesmo tendo sido vítimas de tais atentados.É o que nos conta a BBC, ao relatar o caso da professora de Literatura, na Universidade de Tel Aviv, Nurit Peled Elhanan, que perdeu a sua filha, Smadar, de 14 anos, num atentado suicida cometido em Jerusalém, em 1997.Nurit Peled ElhananApesar disso, Elhanan, hoje com 59 anos, apoia a libertação dos prisioneiros palestinos.Elhanan afirmou que "esse discurso contra libertar prisioneiros com as 'mãos manchadas de sangue' é um absurdo". "Milhares de israelitas que serviram no Exército têm as mãos manchadas de sangue de palestinos e não foram julgados, nem mesmo interrogados", disse."Tenho uma amiga palestina, Salwa Aramin, que está numa situação intolerável", contou. "A sua filha, Abir, de 10 anos, foi morta por um soldado israelita há um ano.""Abir foi assassinada, com um tiro na cabeça, quando saía da escola, em Anata (Jerusalém Oriental). O soldado nem foi interrogado. A queixa da família foi arquivada", disse."No nosso caso, o assassino de Smadar suicidou-se, mas no caso de Abir, o assassino continua livre, impune. Tanto nós, as mães israelitas que perderam os seus filhos, como as mães palestinas somos vítimas da ocupação.""Nós, os civis, somos todos vítimas dessa política cínica", afirmou Elhanan.Os prisioneiros foram entregues à Autoridade Nacional Palestina no ponto de controlo próximo à cidade de Ramallah, na Cisjordânia.O gabinete do primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, divulgou uma nota afirmando que "os prisioneiros libertados pertencem a facções que apoiam o presidente palestino Mahmoud Abbas e a libertação é um gesto para intensificar o diálogo com parceiros que tem um compromisso com a diplomacia e se opõem ao terrorismo"."A libertação dos prisioneiros demonstra a disposição por parte de Israel de fazer concessões dolorosas a fim de promover as negociações de paz", concluiu a declaração de Olmert.O ministro da Autoridade Palestina, Ashraf El Ajami, responsável pela questão dos prisioneiros, declarou, por sua vez, que "a libertação é um passo positivo".Esperemos é que a esse pequeno passo, muitos outros sejam dados. Outras fontes: Público


A libertação dos 198 prisioneiros – menos de 2% dos prisioneiros palestinos – pode ser considerada um pequeno passo para a Paz, mas é decididamente fruto da pressão de Bush para que Israel, chegue a um acordo com a Autoridade Nacional Palestina, até ao fim do seu mandato.A libertação dos prisioneiros, principalmente de dois, (a frieza dos números: 2 em 198, cerca de 1%), que estiveram envolvidos na morte de israelitas, são eles Mohammed Ibrahim Abu Ali, preso desde 1980 – 28 anos –, e Said al-Attaba, desde 1977 – 31 anos – naturalmente gerou polémica em Israel.Os partidos de “direita” declararam que a libertação dos prisioneiros é "um ato de fraqueza, que vai incentivar ainda mais o terrorismo" e a organização “Vítimas do Terror” entregou um recurso no Supremo Tribunal de Justiça Israelita, contra a libertação dos prisioneiros, mas o recurso foi rejeitado pelo tribunal.No entanto existem cada vez mais israelitas que apoiam os caminhos da Paz, mesmo tendo sido vítimas de tais atentados.É o que nos conta a BBC, ao relatar o caso da professora de Literatura, na Universidade de Tel Aviv, Nurit Peled Elhanan, que perdeu a sua filha, Smadar, de 14 anos, num atentado suicida cometido em Jerusalém, em 1997.Nurit Peled ElhananApesar disso, Elhanan, hoje com 59 anos, apoia a libertação dos prisioneiros palestinos.Elhanan afirmou que "esse discurso contra libertar prisioneiros com as 'mãos manchadas de sangue' é um absurdo". "Milhares de israelitas que serviram no Exército têm as mãos manchadas de sangue de palestinos e não foram julgados, nem mesmo interrogados", disse."Tenho uma amiga palestina, Salwa Aramin, que está numa situação intolerável", contou. "A sua filha, Abir, de 10 anos, foi morta por um soldado israelita há um ano.""Abir foi assassinada, com um tiro na cabeça, quando saía da escola, em Anata (Jerusalém Oriental). O soldado nem foi interrogado. A queixa da família foi arquivada", disse."No nosso caso, o assassino de Smadar suicidou-se, mas no caso de Abir, o assassino continua livre, impune. Tanto nós, as mães israelitas que perderam os seus filhos, como as mães palestinas somos vítimas da ocupação.""Nós, os civis, somos todos vítimas dessa política cínica", afirmou Elhanan.Os prisioneiros foram entregues à Autoridade Nacional Palestina no ponto de controlo próximo à cidade de Ramallah, na Cisjordânia.O gabinete do primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, divulgou uma nota afirmando que "os prisioneiros libertados pertencem a facções que apoiam o presidente palestino Mahmoud Abbas e a libertação é um gesto para intensificar o diálogo com parceiros que tem um compromisso com a diplomacia e se opõem ao terrorismo"."A libertação dos prisioneiros demonstra a disposição por parte de Israel de fazer concessões dolorosas a fim de promover as negociações de paz", concluiu a declaração de Olmert.O ministro da Autoridade Palestina, Ashraf El Ajami, responsável pela questão dos prisioneiros, declarou, por sua vez, que "a libertação é um passo positivo".Esperemos é que a esse pequeno passo, muitos outros sejam dados. Outras fontes: Público

marcar artigo