No Cesto da Gávea: 1.º de Maio de 2009

18-12-2009
marcar artigo


Ou a intentona da “mala suspeita caída na Rua das Pretas” que fez parar o cortejo da UGT durante 40 minutos, segundo a Lusa, 5 minutos segundo a jornalista da RTP1, nesta peça, apresentada no Telejornal do dia 1 de Maio.A intentona da “mala suspeita caída na Rua das Pretas” faz-me lembrar a história dos pregos espalhados pela Av. da Liberdade, para furar pneus, e assim criar o caos, na greve geral de 11 de Maio de 1982, e que afinal eram cavilhas grossas da construção civil, que só com muita sorte poderiam furar um pneu, pela sua dimensão.Mas José Ângelo Ferreira Correia, então Ministro da Administração Interna do VIII Governo Constitucional, uma coligação PPD/CDS chefiada por Pinto Balsemão, que durou 21, desastrosos, meses, logo “antecipou” na televisão um golpe de Estado, com base nesses tais pregos, cavilhas diria eu, e em meia-dúzia de armas encontradas num carro, que se viria depois a confirmar serem pertença de uns caçadores. Um golpe de Estado … com os culpados do costume: os sindicalistas e os comunistas.Em ano de todas as eleições parece que a estratégia vai pelo mesmo caminho, com a nuance da auto-vitimização, e os culpados de sempre.Vejamos o que declara João Proença, Secretário-Geral da UGT, no seu comício de 1.º de Maio, (transcrição a partir do momento 1:13 da peça da RTP apresentada no dia 1 de Maio no telejornal das 20:00, já acima indicada):“… tudo nos aconteceu. Hoje também tivemos uma ameaça de bomba. Também tivemos ameaças no dia de ontem relativamente à manifestação”.Ora sendo João Proença, Presidente da Tendência Sindical Socialista e membro do Conselho Geral do Partido Socialista, partido que lidera o actual Governo, não vejo qual o interesse e o objectivo de enfatizar o caso da “mala suspeita caída na Rua das Pretas” como uma “ameaça de bomba”.Entendo que, para o Governo do seu partido, dar ideia da existência de uma ainda maior insegurança, em plena campanha eleitoral, não será a melhor ajuda. Mas sei eu lá...E por outro lado, poderá ainda de ter de se sujeitar ao vexame das conclusões de uma possível investigação jornalística que pretenda aprofundar o estranho caso da “mala suspeita caída na Rua das Pretas”.Já agora espero que João Proença, tendo a UGT recebido alegadas “ameaças” no dia anterior, como afirmou, tenha tido o cuidado de fazer a respectiva participação às competentes autoridades, que por certo terão o respectivo registo, porque senão... das duas uma:Ou é incompetente e inconsciente porque não cuidou da protecção das pessoas que iriam estar presentes na manifestação. (E não há desculpa. Em caso de ameaça pública a mesma deve ser prontamente denunciada, cabendo aos organismos especializados avaliarem o risco e tomarem as medidas que entenderem por convenientes);Ou então tudo não passou de “show off” para efeitos mediáticos.


Ou a intentona da “mala suspeita caída na Rua das Pretas” que fez parar o cortejo da UGT durante 40 minutos, segundo a Lusa, 5 minutos segundo a jornalista da RTP1, nesta peça, apresentada no Telejornal do dia 1 de Maio.A intentona da “mala suspeita caída na Rua das Pretas” faz-me lembrar a história dos pregos espalhados pela Av. da Liberdade, para furar pneus, e assim criar o caos, na greve geral de 11 de Maio de 1982, e que afinal eram cavilhas grossas da construção civil, que só com muita sorte poderiam furar um pneu, pela sua dimensão.Mas José Ângelo Ferreira Correia, então Ministro da Administração Interna do VIII Governo Constitucional, uma coligação PPD/CDS chefiada por Pinto Balsemão, que durou 21, desastrosos, meses, logo “antecipou” na televisão um golpe de Estado, com base nesses tais pregos, cavilhas diria eu, e em meia-dúzia de armas encontradas num carro, que se viria depois a confirmar serem pertença de uns caçadores. Um golpe de Estado … com os culpados do costume: os sindicalistas e os comunistas.Em ano de todas as eleições parece que a estratégia vai pelo mesmo caminho, com a nuance da auto-vitimização, e os culpados de sempre.Vejamos o que declara João Proença, Secretário-Geral da UGT, no seu comício de 1.º de Maio, (transcrição a partir do momento 1:13 da peça da RTP apresentada no dia 1 de Maio no telejornal das 20:00, já acima indicada):“… tudo nos aconteceu. Hoje também tivemos uma ameaça de bomba. Também tivemos ameaças no dia de ontem relativamente à manifestação”.Ora sendo João Proença, Presidente da Tendência Sindical Socialista e membro do Conselho Geral do Partido Socialista, partido que lidera o actual Governo, não vejo qual o interesse e o objectivo de enfatizar o caso da “mala suspeita caída na Rua das Pretas” como uma “ameaça de bomba”.Entendo que, para o Governo do seu partido, dar ideia da existência de uma ainda maior insegurança, em plena campanha eleitoral, não será a melhor ajuda. Mas sei eu lá...E por outro lado, poderá ainda de ter de se sujeitar ao vexame das conclusões de uma possível investigação jornalística que pretenda aprofundar o estranho caso da “mala suspeita caída na Rua das Pretas”.Já agora espero que João Proença, tendo a UGT recebido alegadas “ameaças” no dia anterior, como afirmou, tenha tido o cuidado de fazer a respectiva participação às competentes autoridades, que por certo terão o respectivo registo, porque senão... das duas uma:Ou é incompetente e inconsciente porque não cuidou da protecção das pessoas que iriam estar presentes na manifestação. (E não há desculpa. Em caso de ameaça pública a mesma deve ser prontamente denunciada, cabendo aos organismos especializados avaliarem o risco e tomarem as medidas que entenderem por convenientes);Ou então tudo não passou de “show off” para efeitos mediáticos.

marcar artigo