Na passada terça-feira, numa entrevista à TVI, Manuela Ferreira Leite, presidente do PSD, disse aceitar as ligações homossexuais mas estar contra o seu reconhecimento como casamento.«Eu não sou suficientemente retrógrada para ser contra as ligações homossexuais, aceito-as …”“Pronuncio-me, sim, sobre o tentar atribuir o mesmo estatuto àquilo que é uma relação de duas pessoas do mesmo sexo igualmente ao estatuto de pessoas de sexo diferente”, disse.E eu fico sem perceber em que plano se situa a sua recusa.Ferreira Leite afirma aceitar as ligações homossexuais, donde retiro que aceita estas ligações, quer no plano afectivo, quer no plano sexual.Então o que resta? A questão contratual? O chamado casamento civil?Não entendo!Ferreira Leite se aceita o mais – a questão afectiva – porque não aceita o menos, o contrato civil, o casamento?Mas por fim deixa cair a máscara e mostra claramente a sua posição discriminatória, preconceituosa e homofóbica, quando declara que:“A sociedade está organizada e tem determinado tipo de privilégios, de regalias e até de medidas fiscais no sentido de promover a família como algo que tem por objectivo a procriação.”Esta declaração faz-me recordar Natália Correia e aquele seu tão genial repentismo, que dum nada, fez do Morgado um capado, poesia que irei publicar em post à parte já de seguida.Se ainda estivesse entre nós que diria Natália, a Ferreira Leite?Que as mulheres não são simples vacas parideiras e os homens touros de cobrição?E que a procriação é cada vez mais fruto dos afectos e da razão?Este foi mais um mau momento da entrevista de Manuela Ferreira Leite, numa sucessão de outros, que a desacreditaram como política, como economista e como ser humano, pela ignorância, pela falta de rigor e pela falta de seriedade como abordou esta questão e não só.Manuela Ferreira Leite demonstrou que desconhece:Que a Constituição da República, que o PPD/PSD, o partido de que é Presidente, proíbe explicitamente a discriminação com base na orientação sexual;Que a Lei da União de Facto (Lei n.º 772001, de 11 de Maio, equipara para efeitos fiscais os casais do mesmo sexo aos casais heterossexuais, não fazendo assim sentido a comparação de "medidas fiscais", como e bem, referiu a ILGA.Ver mais no Público.
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Na passada terça-feira, numa entrevista à TVI, Manuela Ferreira Leite, presidente do PSD, disse aceitar as ligações homossexuais mas estar contra o seu reconhecimento como casamento.«Eu não sou suficientemente retrógrada para ser contra as ligações homossexuais, aceito-as …”“Pronuncio-me, sim, sobre o tentar atribuir o mesmo estatuto àquilo que é uma relação de duas pessoas do mesmo sexo igualmente ao estatuto de pessoas de sexo diferente”, disse.E eu fico sem perceber em que plano se situa a sua recusa.Ferreira Leite afirma aceitar as ligações homossexuais, donde retiro que aceita estas ligações, quer no plano afectivo, quer no plano sexual.Então o que resta? A questão contratual? O chamado casamento civil?Não entendo!Ferreira Leite se aceita o mais – a questão afectiva – porque não aceita o menos, o contrato civil, o casamento?Mas por fim deixa cair a máscara e mostra claramente a sua posição discriminatória, preconceituosa e homofóbica, quando declara que:“A sociedade está organizada e tem determinado tipo de privilégios, de regalias e até de medidas fiscais no sentido de promover a família como algo que tem por objectivo a procriação.”Esta declaração faz-me recordar Natália Correia e aquele seu tão genial repentismo, que dum nada, fez do Morgado um capado, poesia que irei publicar em post à parte já de seguida.Se ainda estivesse entre nós que diria Natália, a Ferreira Leite?Que as mulheres não são simples vacas parideiras e os homens touros de cobrição?E que a procriação é cada vez mais fruto dos afectos e da razão?Este foi mais um mau momento da entrevista de Manuela Ferreira Leite, numa sucessão de outros, que a desacreditaram como política, como economista e como ser humano, pela ignorância, pela falta de rigor e pela falta de seriedade como abordou esta questão e não só.Manuela Ferreira Leite demonstrou que desconhece:Que a Constituição da República, que o PPD/PSD, o partido de que é Presidente, proíbe explicitamente a discriminação com base na orientação sexual;Que a Lei da União de Facto (Lei n.º 772001, de 11 de Maio, equipara para efeitos fiscais os casais do mesmo sexo aos casais heterossexuais, não fazendo assim sentido a comparação de "medidas fiscais", como e bem, referiu a ILGA.Ver mais no Público.