O Cachimbo de Magritte: CDS-PP: crise ou recessão?

24-12-2009
marcar artigo


Para quem tenha assistido ao debate entre Paulo Portas (PP) e José Ribeiro e Castro, há uma pergunta que não pode deixar de ser feita: se PP assume como premeditada e intencional a sua falta de intervenção parlamentar durante estes dois anos (por não querer entrar em contradição com o Presidente do Partido), porque é que se manteve como Deputado? PP assumiu-se, sem querer, como dependendo duma actividade que não quis, afinal, exercer.A confissão tem paralelo com a de outro líder, por coincidência ou não seu contemporâneo: Se bem me recordo, Santana Lopes disse também à Revista Única que pretendia cumprir o mandato até ao fim, apesar de não tencionar trabalhar muito...Esta afirmação de dependência (financeira ou outra) da política acaba por ser o reconhecimento mais sincero de fragilidade e a confissão mais assassina de credibilidade, sobretudo para quem se julgou livre da política e disponível para novos desafios. Visto deste ângulo o debate actual pode parecer mesquinho. E é na verdade: não há grandes diferenças nem de ideias, nem de posicionamento para o Partido (pelo menos a avaliar pelo que é dito). Para PP o que está em questão é uma matéria de estilos. Mas os estilos, tal como as pessoas, não são insubstituíveis. E não são sobretudo motivo suficiente para regressar... depois de ter partido.


Para quem tenha assistido ao debate entre Paulo Portas (PP) e José Ribeiro e Castro, há uma pergunta que não pode deixar de ser feita: se PP assume como premeditada e intencional a sua falta de intervenção parlamentar durante estes dois anos (por não querer entrar em contradição com o Presidente do Partido), porque é que se manteve como Deputado? PP assumiu-se, sem querer, como dependendo duma actividade que não quis, afinal, exercer.A confissão tem paralelo com a de outro líder, por coincidência ou não seu contemporâneo: Se bem me recordo, Santana Lopes disse também à Revista Única que pretendia cumprir o mandato até ao fim, apesar de não tencionar trabalhar muito...Esta afirmação de dependência (financeira ou outra) da política acaba por ser o reconhecimento mais sincero de fragilidade e a confissão mais assassina de credibilidade, sobretudo para quem se julgou livre da política e disponível para novos desafios. Visto deste ângulo o debate actual pode parecer mesquinho. E é na verdade: não há grandes diferenças nem de ideias, nem de posicionamento para o Partido (pelo menos a avaliar pelo que é dito). Para PP o que está em questão é uma matéria de estilos. Mas os estilos, tal como as pessoas, não são insubstituíveis. E não são sobretudo motivo suficiente para regressar... depois de ter partido.

marcar artigo