80 ANOS DE ZECA: José Afonso

28-05-2010
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por vezes um herói faz-se a cantarno espanto doce e levede iluminar a cidadee recordar tempo à vidaem acordes de esperançapor vezes ele é a dançaé a razão encantadade uma balada que abalao torpor em contradançapor vezes ele é sorrisoironia que desarmao medo de arma em ristesorriso que faz o tristeser alegre de coragemé a flauta encantadaé nau de outra viagemque traz ao povo a alegriade cantar em romariacom bandeiras desfraldadasbandeiras da paz - do pãoe do nome que ele temque um povo sem ter nomepode bem morrer à fomee há-de chamar-se Ninguémcântico a Catarinasuor e sangue num gritomenina que o medo matae que o vermelho desatanas papoilas da campinaou lagos de breu no céubairro negro do meninocom olhos de estrela de alvadeixai-o que é pequeninoZeca amigo está contigoum povo desperdiçadoque se perde em triste fadomas colhe em tua voz abrigoseja a voz de quem trabalhano som ritmado dos passos contra vampiros de palhanascente em vila morenaque entre nós criou laços de saber quem mais ordenade saber que vale a pena entrelaçar nossos braçosfazer da vida um poemadourado em Maio madurodentro de um coração purocheio de vida para dar... que por vezes um heróitambém se faz a cantar.- in Poemas de Menagem , de Jorge CastroNota dos editores do blogue:Por razões técnicas, não nos foi possível manter o aspecto gráfico conforme o seu autor idealizou, pelo que pedimos a melhor compreensão dos leitores. Mesmo assim, colocamos em imagem digitalizada o poema escrito em papel, cujo aspecto revela as intenções estéticas do poeta quanto ao seu texto.


por vezes um herói faz-se a cantarno espanto doce e levede iluminar a cidadee recordar tempo à vidaem acordes de esperançapor vezes ele é a dançaé a razão encantadade uma balada que abalao torpor em contradançapor vezes ele é sorrisoironia que desarmao medo de arma em ristesorriso que faz o tristeser alegre de coragemé a flauta encantadaé nau de outra viagemque traz ao povo a alegriade cantar em romariacom bandeiras desfraldadasbandeiras da paz - do pãoe do nome que ele temque um povo sem ter nomepode bem morrer à fomee há-de chamar-se Ninguémcântico a Catarinasuor e sangue num gritomenina que o medo matae que o vermelho desatanas papoilas da campinaou lagos de breu no céubairro negro do meninocom olhos de estrela de alvadeixai-o que é pequeninoZeca amigo está contigoum povo desperdiçadoque se perde em triste fadomas colhe em tua voz abrigoseja a voz de quem trabalhano som ritmado dos passos contra vampiros de palhanascente em vila morenaque entre nós criou laços de saber quem mais ordenade saber que vale a pena entrelaçar nossos braçosfazer da vida um poemadourado em Maio madurodentro de um coração purocheio de vida para dar... que por vezes um heróitambém se faz a cantar.- in Poemas de Menagem , de Jorge CastroNota dos editores do blogue:Por razões técnicas, não nos foi possível manter o aspecto gráfico conforme o seu autor idealizou, pelo que pedimos a melhor compreensão dos leitores. Mesmo assim, colocamos em imagem digitalizada o poema escrito em papel, cujo aspecto revela as intenções estéticas do poeta quanto ao seu texto.

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