80 ANOS DE ZECA: Para José Afonso

28-05-2010
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O canto que se erguiana tua voz de ventoera de sangue e oiroe um astro insubmissoque era menino e homemfulgurava nas águasentre fogos silvestres.Cantavas para todosos acordes da terra,os obscuros gritose os delírios e as fúriasde uma revolta justacontra eternos vampiros.Que imensa a aventurada luz por entre as sombras!A vida convertia-senum rio incandescentee num prodígio brancoo canto sobre os barcos!E o desejo tão fundocentrava-se num pontoem que atingia o unoe a claridade intacta.O canto era caríciapara uma ferida extremaque era de todos nósna angústia insustentável.Mas ressurgia delaa mais fina energiaressuscitando o serem plenitude de águae de um fogo amoroso.É já manhã cantore o teu canto não cessaonde não há a mortee o coração começa.António Ramos Rosa


O canto que se erguiana tua voz de ventoera de sangue e oiroe um astro insubmissoque era menino e homemfulgurava nas águasentre fogos silvestres.Cantavas para todosos acordes da terra,os obscuros gritose os delírios e as fúriasde uma revolta justacontra eternos vampiros.Que imensa a aventurada luz por entre as sombras!A vida convertia-senum rio incandescentee num prodígio brancoo canto sobre os barcos!E o desejo tão fundocentrava-se num pontoem que atingia o unoe a claridade intacta.O canto era caríciapara uma ferida extremaque era de todos nósna angústia insustentável.Mas ressurgia delaa mais fina energiaressuscitando o serem plenitude de águae de um fogo amoroso.É já manhã cantore o teu canto não cessaonde não há a mortee o coração começa.António Ramos Rosa

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