Entre as brumas da memória: Não desistem, mas não vencerão

03-08-2010
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Em 50 cidades espanholas, realizar-se-ão hoje manifestações contra a modificação que o governo planeia introduzir na lei sobre IVG – as tais em que será exibido o cartaz que «denuncia» maior protecção para o lince do que para o homem. Entretanto, o governo explica que a nova lei não pretende facilitar mas sim regulamentar as práticas actuais, dando uma especial importância à prevenção de gravidezes não desejadas e à educação sexual.Tanto as autoridades eclesiásticas espanholas como o Vaticano apoiam as posições dos manifestantes de hoje – o contrário seria de estranhar.«El presidente de la Pontificia Academia para la Vida del Vaticano, Rino Fisichella, ha invitado este viernes a los obispos a "combatir en primera persona la legislación abortista del Gobierno español" y ha asegurado que tanto ellos como los demás creyentes tienen que "hacerse oír" y "manifestarse públicamente", porque "el cristiano es siempre una persona pública".»Por estas, e por muitas outras, não consigo entender, nem com muito esforço, os que recentemente defenderam que o papa falava apenas para os católicos quando condenou o uso do preservativo. Se se trata de uma questão interna, que sejam utilizadas as igrejas e os seus canais próprios – não a rua nem, muito menos, a luta contra leis que são para todos. Nenhuma lei «obriga» os católicos a abortar.


Em 50 cidades espanholas, realizar-se-ão hoje manifestações contra a modificação que o governo planeia introduzir na lei sobre IVG – as tais em que será exibido o cartaz que «denuncia» maior protecção para o lince do que para o homem. Entretanto, o governo explica que a nova lei não pretende facilitar mas sim regulamentar as práticas actuais, dando uma especial importância à prevenção de gravidezes não desejadas e à educação sexual.Tanto as autoridades eclesiásticas espanholas como o Vaticano apoiam as posições dos manifestantes de hoje – o contrário seria de estranhar.«El presidente de la Pontificia Academia para la Vida del Vaticano, Rino Fisichella, ha invitado este viernes a los obispos a "combatir en primera persona la legislación abortista del Gobierno español" y ha asegurado que tanto ellos como los demás creyentes tienen que "hacerse oír" y "manifestarse públicamente", porque "el cristiano es siempre una persona pública".»Por estas, e por muitas outras, não consigo entender, nem com muito esforço, os que recentemente defenderam que o papa falava apenas para os católicos quando condenou o uso do preservativo. Se se trata de uma questão interna, que sejam utilizadas as igrejas e os seus canais próprios – não a rua nem, muito menos, a luta contra leis que são para todos. Nenhuma lei «obriga» os católicos a abortar.

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