Entre as brumas da memória: As Isildas não desistem

03-08-2010
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Não há dia em que não se leia uma ou outra notícia sobre pressões para que Bagão Félix concorra às presidenciais. Hoje fala-se de 100 mulheres católicas que «ficaram sem candidato» desde que Cavaco Silva promulgou a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Por que razão a identidade de género é para aqui chamada é para mim um mistério, mas adiante porque, em iniciativas que incluam a drª Isilda Pegado, há sempre algo que me transcende.)
Recorde-se também o desagrado do cardeal de Lisboa pelo mesmo acto de Cavaco e afirmações suas mais recentes: «É impressionante verificar a pouca importância que a dimensão ética tem nas escolhas políticas. (…) Não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo, construtor de barreiras à inspiração cristã», etc., etc.
Gravíssima a promulgação do diploma sem devolução à Assembleia da República e única razão para todo este burburinho? Nada mais em causa para além das presidenciais de 2011? Acredite quem quiser. Aparentemente, está à vista apenas a ponta de um iceberg onde se consolida uma movimentação crescente dos conservadores católicos que estão a organizar-se a diferentes níveis, entre outras razões porque até os partidos da direita são considerados demasiado liberais em matéria de costumes e de família.
«Sabe-se», «diz-se», «dizem-me» que o próprio Policarpo terá feito agora afirmações menos cordatas e um tanto mais hostis do que é habitual, por um lado como resultado de grandes pressões, por outro para travar eventuais posições públicas mais agressivas e menos razoáveis. Com fundamento ou resultado de puras conjecturas, o que parece certo é que o bater de asas das borboletas espanholas está a fazer-se sentir - devagar, devagarinho porque desde lado tudo é mais manso, mas…
A ler: A contagem de crucifixos....

Não há dia em que não se leia uma ou outra notícia sobre pressões para que Bagão Félix concorra às presidenciais. Hoje fala-se de 100 mulheres católicas que «ficaram sem candidato» desde que Cavaco Silva promulgou a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Por que razão a identidade de género é para aqui chamada é para mim um mistério, mas adiante porque, em iniciativas que incluam a drª Isilda Pegado, há sempre algo que me transcende.)
Recorde-se também o desagrado do cardeal de Lisboa pelo mesmo acto de Cavaco e afirmações suas mais recentes: «É impressionante verificar a pouca importância que a dimensão ética tem nas escolhas políticas. (…) Não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo, construtor de barreiras à inspiração cristã», etc., etc.
Gravíssima a promulgação do diploma sem devolução à Assembleia da República e única razão para todo este burburinho? Nada mais em causa para além das presidenciais de 2011? Acredite quem quiser. Aparentemente, está à vista apenas a ponta de um iceberg onde se consolida uma movimentação crescente dos conservadores católicos que estão a organizar-se a diferentes níveis, entre outras razões porque até os partidos da direita são considerados demasiado liberais em matéria de costumes e de família.
«Sabe-se», «diz-se», «dizem-me» que o próprio Policarpo terá feito agora afirmações menos cordatas e um tanto mais hostis do que é habitual, por um lado como resultado de grandes pressões, por outro para travar eventuais posições públicas mais agressivas e menos razoáveis. Com fundamento ou resultado de puras conjecturas, o que parece certo é que o bater de asas das borboletas espanholas está a fazer-se sentir - devagar, devagarinho porque desde lado tudo é mais manso, mas…
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