Entre as brumas da memória: África perdeu um velho aliado – morreu Basil Davidson

05-08-2010
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Basil Davidson, «jornalista radical na grande tradição anti-imperial» e historiador britânico, dedicou alguns anos da sua vida à luta pela independência das antigas colónias portuguesas em África. Foi o primeiro repórter a acompanhar a guerrilha contra Portugal, em Angola e na Guiné-Bissau, e a chamar assim a atenção do mundo para uma realidade então praticamente desconhecida.
No jornal Guardian, pode ser lido um longo resumo biográfico. Num blogue de Moçambique, recorda-se a dívida daquele país para com Basil Davidson:
«Era igualmente um revolucionário, usando o seu saber e influência para denunciar e atacar as más concepções que a velha Europa tinha sobre o Continente Africano, bem como a opressão a que alguns sujeitavam os seus povos, dentro do próprio velho continente. Foi dos mais destacados membros de um movimento de solidariedade europeu a favor da liberdade que muitos de nós ainda procuravam nos anos 1960. Particularmente no caso de Moçambique, Davidson foi um apoiante fervoroso e incondicional da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que em 1964 começou com a guerra que dez anos depois iria aniquilar o colonialismo no nosso país.(…)“Apesar de ter sido conhecido como um historiador dedicado à causa de África, Basil Davidson era solidário com todos os povos que lutavam pela liberdade em todo o mundo. No caso das antigas colónias portuguesas, sobretudo nós e os nossos irmãos de Angola e da Guiné (Bissau), foi um grande amigo e camarada”, comentou Marcelino dos Santos, que conheceu o falecido historiador na casa deste em Londres, antes do início da luta armada que a FRELIMO desencadeou para demover o colonialismo em Moçambique desenvolvia.»
P.S. - Leitura imprescindível....

Basil Davidson, «jornalista radical na grande tradição anti-imperial» e historiador britânico, dedicou alguns anos da sua vida à luta pela independência das antigas colónias portuguesas em África. Foi o primeiro repórter a acompanhar a guerrilha contra Portugal, em Angola e na Guiné-Bissau, e a chamar assim a atenção do mundo para uma realidade então praticamente desconhecida.
No jornal Guardian, pode ser lido um longo resumo biográfico. Num blogue de Moçambique, recorda-se a dívida daquele país para com Basil Davidson:
«Era igualmente um revolucionário, usando o seu saber e influência para denunciar e atacar as más concepções que a velha Europa tinha sobre o Continente Africano, bem como a opressão a que alguns sujeitavam os seus povos, dentro do próprio velho continente. Foi dos mais destacados membros de um movimento de solidariedade europeu a favor da liberdade que muitos de nós ainda procuravam nos anos 1960. Particularmente no caso de Moçambique, Davidson foi um apoiante fervoroso e incondicional da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que em 1964 começou com a guerra que dez anos depois iria aniquilar o colonialismo no nosso país.(…)“Apesar de ter sido conhecido como um historiador dedicado à causa de África, Basil Davidson era solidário com todos os povos que lutavam pela liberdade em todo o mundo. No caso das antigas colónias portuguesas, sobretudo nós e os nossos irmãos de Angola e da Guiné (Bissau), foi um grande amigo e camarada”, comentou Marcelino dos Santos, que conheceu o falecido historiador na casa deste em Londres, antes do início da luta armada que a FRELIMO desencadeou para demover o colonialismo em Moçambique desenvolvia.»
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