Entre as brumas da memória: Balanços de uma noite quase de Verão

03-08-2010
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A vida normal deste país está suspensa desde há algumas semanas e regressará talvez lá por volta das férias do Natal. Se era já esperado que isso acontecesse, tudo se tornou mais evidente ontem à noite: seguem-se duas campanhas complicadíssimas e de desfechos cada vez mais imprevisíveis e o que está em causa não é apenas o que se passará por cá mas, também e muito, o ritmo a que as soluções para a crise evoluírem e o que resultar da recomposição do Parlamento Europeu.Já tanta gente falou de vencedores e de vencidos que «passo à frente». Mas há duas realidades que parecem ter vindo para ficar: ninguém terá maioria absoluta na próxima legislatura e, pela primeira vez na história da democracia portuguesa, um partido à esquerda do PS iguala, ou ultrapassa mesmo, a votação do PCP. Realidades cruas e extremamente duras para muitos, que não para mim. Mas hoje é tudo menos dia próprio para embandeirar em arco o que quer que seja, quando a direita encheu as urnas por essa Europa fora e também de certo modo em Portugal. O problema é que continua a não ser possível mudar de povos…


A vida normal deste país está suspensa desde há algumas semanas e regressará talvez lá por volta das férias do Natal. Se era já esperado que isso acontecesse, tudo se tornou mais evidente ontem à noite: seguem-se duas campanhas complicadíssimas e de desfechos cada vez mais imprevisíveis e o que está em causa não é apenas o que se passará por cá mas, também e muito, o ritmo a que as soluções para a crise evoluírem e o que resultar da recomposição do Parlamento Europeu.Já tanta gente falou de vencedores e de vencidos que «passo à frente». Mas há duas realidades que parecem ter vindo para ficar: ninguém terá maioria absoluta na próxima legislatura e, pela primeira vez na história da democracia portuguesa, um partido à esquerda do PS iguala, ou ultrapassa mesmo, a votação do PCP. Realidades cruas e extremamente duras para muitos, que não para mim. Mas hoje é tudo menos dia próprio para embandeirar em arco o que quer que seja, quando a direita encheu as urnas por essa Europa fora e também de certo modo em Portugal. O problema é que continua a não ser possível mudar de povos…

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